☾ 𝓙𝓾𝓵𝓰𝓪𝓶𝓮𝓷𝓽𝓸 𝓭𝓮 𝓣𝓪𝓮𝓱𝔂𝓾𝓷𝓰 ☽

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POV JK

Após ver seu rosto pela última vez entro em um deliro constante. A verdade é que por mais que me doesse eu sabia que não poderia fazer nada e ficava orgulhoso de mim por ter feito a minha parte, era tudo o que eu poderia fazer no momento.

Ao sair do tribunal dou de cara com a mãe de Taehyung que estava sendo carregada nos ombros de um cavaleiro muito bem equipado, ela esperneava como se fosse o último dia de sua vida, meus olhos vendo aquela situação novamente lacrimejaram, era tudo tão injusto, uma família tão pobre sendo julgados por crimes em que não foram encarregados. O que mais me doía era saber que meu amigo de infância iria ser esquartejado na minha frente e a visão da janela nunca mais seria a mesma, sempre que olhasse para ela novamente lembraria daquela cena sangrenta que me traumatizou durante dias, semanas e até meses... não consigo pensar positivamente nessa situação.

Sento-me em um banco próximo ao parque, quando vejo de relance uma jovem moça de cabelos platinos se aproximar de mim, ela tinha um vestido sedoso, aparentava ser camponesa, sentou-se do meu lado e me olhou com compaixão enquanto jogava sementes diversas para os pássaros que logo se aproximaram de nós para beliscar o alpiste.

- Você parece mal JungKook... – ela me olha desviando o olhar dos pombos.

- Eu estou passando por uma situação complicada. – digo sem olhar diretamente para ela.

- Pois bem... eu entendo sobre situações difíceis e você e o Taehyung são muito amigos não são? – ela sorri instintivamente para mim.

- Como você sabe disso? – olho-a surpresa, vendo em seu rosto se a reconhecia, mas nada me vem em mente.

- Ah não se preocupe com isso, eu sei que você o ama desde criança e anda escondendo isso... é fofo. – ela ri baixinho,

- M – Mas qual o seu nome? – fico assustada ao ver que não lembro do seu rosto. – Você parece jovem... nós nos conhecemos?

- Talvez em vidas passadas possamos ter nos conhecido quem sabe... agora porque você não para de pensar em mim e pensa nele hum? – ela olha diretamente para o tribunal se referindo ao que estava do lado de dentro, mais resumidamente, ao Taehyung. – Você é o príncipe e futuro rei desse estado, sabe que tem total direito para parar essa discussão, então porque não faz isso? Vai deixar tirar a vida de quem você ama para agradar a um medíocre, veja bem...

- M – Mas meu pai... – Falo relutante sabendo que ela daria uma resposta melhor do que a minha.

- Seu pai matou milhares de homens e mulheres na minha frente Jungkook e eu fiquei com a cabeça baixa me deixando levar pelo auto astral dele, não cometa os mesmos erros que eu um dia cometi, milhares de vidas poderiam ter sido salvas naquele dia, mas eu não consegui impedi-lo. – ela passa os polegares pelo meu rosto, se levanta sem dizer mais nada, me deixando sem palavras e sai andando pelo meio do bosque, acabo perdendo ela de vista no meio do matagal, penso que talvez tenha sido um sonho, ou talvez fruto da minha imaginação, mas não posso afirmar.

Sem pestanejar entro dentro do tribunal, eles ainda estavam discutindo. Os olhos do meu pai focam diretamente para mim.

- JungKook já não pedi para sair? – meu pai olha pra mim desafiante.

- Eu disse que não iria tira-lo de mim... é meu amigo e sei que é inocente, eu ordeno que pare o tribunal.

- Ordena? Quem é o rei aqui Jeon? – ele se levanta da cadeira e vem em minha direção violentamente martelando os pés até se encontrar cara a cara a mim.

- Sr.! – Taehyung grita quando vê meus olhos cheio de arrependimento.

- Disse para parar o tribunal. – continuo com o peito estufado, mesmo que estivesse com medo já era tarde demais para voltar com a minha palavra.

- Pois eu declaro o julgamento encerrado... – solto um suspiro quase se como tivesse tirado uma pedra de meu pulmão. – e Taehyung será exilado.

- O – O que? – olho para ele sem nem acreditar.

- Eu declaro exilio. – ele diz aproximando seu rosto do meu como se me provocasse.

- Suas ordens são leis majestade. – diz o Juiz batendo seu malhete na mesa.

Vejo novamente a visão de Taehyung sendo levado, isso me enche de desconforto.

- A mamãe... – digo, ao ver que ele já tinha tirado os olhos de mim. – ela me contou sobre o que fazia, por acaso a mesma cena presente nesse tribunal não é?

- Sua mãe? Sua mãe está morta... não venha com papos fajutos para tentar salvar seu amigo, já foi declarado...

- Minha mãe me mandou um sinal pai... eu tenho certeza disso, por favor deixe ele solto... E – Eu o amo. – digo a última frase tão baixo que quase não consigo ouvir minha própria voz.

- Você o que? – meu pai me olha com fúria, está esperando para que eu fale de novo.

- E – Eu o amo pai. – gaguejo, ele vê meus lábios se fecharem.

- Levem o garoto para o meu quarto, quero ter uma conversa com ele e você Jungkook é bom ficar bem longe.

- P – Pai não machuque ele, por favor...

- Não vou machuca-lo já que o ama, deixe-me dar a benção do matrimonio. – meu pai não estava falando sério, podia sentir em seu olhar, ele iria mata-lo a sangue frio e tudo seria novamente culpa minha, ele iria morrer de uma maneira pior do que a de antes, agora pelas mãos do homem de quem eu um dia chamei de meu pai.

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