☙ 𝓞 𝓙𝓪𝓻𝓭𝓲𝓶 𝓢𝓮𝓬𝓻𝓮𝓽𝓸 ☙

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POV TAEHYUNG

Viro-me de costas para ele, consigo sentir seu suspiro de longe, é desprezível a forma com que ele pensa que tudo tem que girar ao seu redor. Vejo-o me encarar ao longe como se seu olhar me perseguisse a cada paço que eu desse, é estranho a forma como me sinto perto dele é como se algo dentro do meu peito se apertasse toda vez que aquelas malditas covinhas ousassem se mexer.

- Taehyung? Está pensando o que? – minha mãe me devaneia por um instante.

- Quer tanto assim jantar aqui? – Olho para ela com solidariedade, ela se parece cada vez mais surpresa a medida que a serenidade em meu olhar permanece viva, a muito tempo não participava de uma ceia fora de meu comôdo.

- Filho, não quero obriga-lo a jantar fora com quem você desconhece... mas queria que você se entretece um pouco. – ela diz com compaixão.

- Pois ficaremos para a janta... – digo tentando esboçar um sorriso, por mais forçado que seja, já é o suficiente para convence-la de que estou entusiasmado.

Ela não diz nada, apenas escora a cabeça em meu peito como se estivesse se livrando de um grande problema.

- Vou dizer ao pai do JungKook que ficaremos o que acha? - aperto seus maxilares massageando suas bochechas com o polegar.

- Deixe isso comigo... vá se divertir. – ela segue seu rumo sem pestanejar, deve ser uma experiência nova para ela me vendo sair de casa.

Sigo em direção do bosque, sei que Jungkook adora aquele lago perto das orquídeas, não seria surpresa encontra-lo por lá, já que sua varanda é praticamente grudada ao aroma floreio.

As pétalas das flores de cerejeira já estavam em declínio por conta do inicio do outono, observo as pétalas das rosas já amareladas, era realmente uma bela estação, observo adiante uma figura quase impossível de ver-se a olho nú, meus olhos fixam-se na imagem prateada ao longe, era uma estátua, sempre me perguntei o por que todos os homens ricos desse estado necessitavam tanto assim de uma estatua como essa.

- Deve estar se perguntando sobre a estatua não é? – uma voz tímida surge atrás de mim.

- É uma assombração me perseguindo? – viro-me pra trás e dou de cara com JungKook.

- Talvez... se você pensa assim... – ele ri levando na esportiva.

- Hmm... você não é tão mal assim. – olho para ele envergonhado.

- Para um cangaceiro você é bem atrevido Kim Taehyung. – ele pestaneja movimentando os cílios de forma atrevida, como se me chamasse.

- Eu não roubo por diversão, ao contrario de certas pessoa eu não tive o êxito de nascer em um berço de ouro. – desvio o olhar que antes não conseguia parar de observar a movimentação dos seus carnudos lábios e me viro para a estatueta.

- Eu também não tive sorte, a vida de infante não é tão fácil igual você pensa. – ele se põe ao me lado, quase como se tocasse meus ombros.

- Te conheço desde a infância JungKook, desde que minha mãe começou a trabalhar para vossa alteza, sempre teve o que queria, como tem coragem de olhar nos meus olhos e dizer que sua vida é mais desprezível que a minha? – olho-o com desdém.

- Não disse que minha vida é mais fácil que a sua, disse que ambos temos problemas. – ele toca em meus ombro com a ponta dos dedos.

- Eu recebo um mínimo salário do seu pai, o homem mais rico da cidade e ainda diz que sua vida não é fácil? Compare seus problemas aos meus e pare de chorar porque vive dentro de uma mansão luxuosa e não em um barraco como o meu, você não passou um terço do que eu passei dentro daquele buraco. – meus lábios ficam secos e não consigo descrever em palavras o que sentir dele agora.

- Eu não faço ideia de como você deve ter sofrido, isso você tem razão, mas ainda sim eu vejo nos olhos de sua mãe que ela não está triste por receber o mínimo e nem por morar em um buraco, ela está desacordada, tudo que ela mais quer é que você pare de enxergar o mundo dessa forma. – ele diz com perseverança.

- JungKook... – olho para ele como se o admirasse.

- Por isso você tem que vir comigo... – ele toma conta de meu corpo e me leva até um jardim cheio de orquídeas e margaridas, as famosas orquídeas que ele tanto gostava.

- As orquídeas, porque gosta tanto delas? – olho-o curiosamente.

- Minha mãe... ela adorava esse tipo de flor, ela costumava dizer que representa a sexualidade feminina, beleza e luxuria.

- Hum... e é por isso que você gosta delas hein boiola. – rio para ele de forma contagiante e ele retribui o gesto.

- Você para Taehyung. – ele ri e me dá um soco no ombro.

- Ei, não me bate, você sabe que é verdade... – ele se cala. – mas e seu pai, o que ele pensa disso?

- Disso o que? – ele se faz de desentendido.

- Sobre você ser boiola. – dou um sorriso de canto de boca e o encaro esperando uma resposta.

- Eu não sou gay Taehyung!! – ele se estressa e se vira de costas pra mim.

- Hum... mas porque me olha daquele jeito? – me atrevo a provoca-lo.

- Q – Que jeito? – ele vira-se para mim novamente e se aproxima de mim curiosamente como se não soubesse.

- Daquele jeito Jungkook, você é bem sedentário.

- E – Eu não sou sedento, muito menos por você! – ele não esconde que está gostando do assunto.

- Nem se eu fizer isso... – me aproximo dele cuidadosamente e passo levemente as mãos por entre sua cintura, quase levando-o para um abraço carinhoso.

- E – Ei!! – ele resmunga porem não se deixa afastar.

- Calma, eu estava apenas brincando seu bobo, você se deixa levar muito fácil JungKook. – rio enquanto vejo que suas bochechas coraram imediatamente.

- Eu não me deixei levar, apenas fiquei paralisado com tanta impudência. – ele desvia o olhar como se quisesse me esconder algo.

- Porem admite que gostou? – sorrio vendo que o assunto o estressou.

- Não! Eu não gostei Tae. – ele gagueja.

- Agora já me chama pelo apelido? Vai gemer meu nome assim de noite também meu bem? – viro de costas para ele e saio rindo.

- E – Ei!! O que? Eu não vou gemer Taehyung! – ele vem atrás de mim como se rastejasse ate os meus pés.

- Ah não? A minutos atrás não era o que parecia. – digo quase sussurrando em seu ouvido.

- Eu não gosto de você! Vou parar de querer me defender, você é muito teimoso, vamos jantar vamos? – ele muda completamente o assunto.

- Hum... eu deixo passar dessa vez. – dou uma piscadela para ele e assumo a liderança guiando-o até a cozinha.

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