Capítulo 6- Memórias do passado

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O crepitar demoníaco das labaredas rosnava á sua volta, devorando a sala, grassando rumo á porta de saída numa tentativa de a bloquear. E um pequeno rapazinho loiro de olhos azuis arregalados envoltos em lagrimas jazia no canto, imóvel, petrificado até aos ossos. Ao seu lado, três corpos tombados de bruços deparavam-se, encharcados numa estranha poça crescente de um fluido rubro, um homem, uma mulher, uma criança. O que estava a acontecer? Papá? Mamã?

As chamas alastravam lentamente e a fumaça engolia já a pequena repariçao desfigurada, transbordando pelas janelas de vidros quebrados. O rapazinho fecha os olhos e empurra as pernas contra o seu corpo. Algo naquela criança de 5 anos dizia-lhe que ia ali morrer. Já não tinha forças para prosseguir, lágrimas para chorar, voz para gritar, coragem para se levantar. Era o seu fim... ali... Sozinho.... Abandonado.

Lyram acorda sobressaltado com a respiração ofegante e com um forte batimento de tambor no peito

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Lyram acorda sobressaltado com a respiração ofegante e com um forte batimento de tambor no peito. Fora só um sonho, só um pesadelo. Em seu redor os seus companheiros despertavam também ainda sonolentos. Ainda devia ser de noite, só mais horas e...

Subitamente, o Luxio e o Zorua saltam da cama e começam a latir descontroladamente em sinal de perigo. Lyram levanta-se ainda um pouco aturdido, mas depressa todos os seus sentidos se acendem em alerta. Que raio! Ao fundo do quarto, a estante de livros na parede fora empurrada para a esquerda, descobrindo uma passagem secreta. Alguém devia ter entrado ali enquanto dormia! Lyram avança vagarosamente em direção á nova repartição que se escondia por detrás do grande buraco circular na parede. Os seus pokémons acompanhavam-no rosnando agora baixinho. Algo estava ali dentro, dentro daquele quarto secreto que se mostrava cada vez mais próximo, mais proximo. Conseguia senti-lo. Lyram arruma-se á abertura na parede e espreita tensamente. ... .... ... Nada. Lyram descontrai ligeiramente. O que quer tivesse entrado não estava mais ali. Lyram corre até á porta da suite e apressa-se a trancá-la para ficar mais á vontade. Depois, ingressa na misteriosa saleta secreta.

Era uma divisão pequena com somente uma escrevaninha encostada á parede de madeira a descascar, um pequeno armário e, do lado direito, uma janela, fustigada pela tempestade que ainda dançava na noite lá fora.

Era uma divisão pequena com somente uma escrevaninha encostada á parede de madeira a descascar, um pequeno armário e, do lado direito, uma janela, fustigada pela tempestade que ainda dançava na noite lá fora

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Pokémon A Lenda de Lyram: Volume 1-  A escalada(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora