Thinking about him ꧂

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Oie,

Antes de começar o capítulo eu quero esclarecer umas coisas já que vi que muita gente ficou com dúvida em relação ao George.

Eu indicaria pra vocês relerem o capítulo "eu tinha seis anos" para entenderem. Caso não queiram fica aqui meu breve resumo:

Durante a infância de Betty o Hal (seu pai) sempre fora louco e um serial killer, ele batia nela e na mãe. A Alice começou a se embebedar muito — por conta disso — e trair o Hal inúmeras vezes. Quando o Hal morreu, a Alice começou a se relacionar com o George.
Betty tem uma vaga lembrança de outro homem frenquentar sua casa mesmo que não lembre do rosto deste outro cara.
Alice engravidou de Cecilia e a partir daí George começou a abusar de Betty, o que aconteceu por 8 anos. Quando descobriram ele foi preso, mas alguém manipulou o juiz e pagou uma enorme quantia para libera-lo da cadeia além de tornar as informações do caso totalmente confidenciais.

É basicamente isso que vocês tem que lembrar, mas eu acharia ótimo que lessem o capítulo "eu tinha seis anos" e se atentassem aos detalhes para conseguirem entender tudo que vai acontecer com clareza.

Enfim eu escrevi esse capítulo bem grande mas cortei ele em partes, então logo logo posto outro.

boa leitura 💕

~~#~~

No momento em que Betty encarou George novamente ela perdeu todo o controle de seu corpo. Suas pernas fraquejaram e sua mente voltou à quase todas as noites dos longos 8 anos que havia sido molestada.

No mesmo momento que caiu Jughead veio ajudá-la sem nem pensar duas vezes, e por mais que ela não quisesse sua ajuda e ainda estivesse chateada com ele, o menino era a única pessoa capaz de fazê-la sentir segura.

Sentir seus braços envolvendo-a era a única coisa que dava esperança à Betty de ao menos salvar Jellybean.

Jellybean.

Betty nunca sentiu tanto medo na vida quanto sentia agora de George ter feito algo com ela.

Por mais difícil que fosse, Elizabeth não podia fraquejar, não podia mostrar que George ainda tinha poder sob ela. Que ela ainda tinha medo. Estava na hora de enfrentar seu passado e acabar com ele de uma vez por todas. Ela tinha de ser forte.

Se desvencilhou dos braços de Jughead e ergueu a cabeça. Mal teve tempo de fazer algo quando viu o garoto se descontrolar e partir para cima de George, seu tio.

Esse pensamento lhe deu um gosto amargo na boca. Jughead era sobrinho de George, seu abusador. Jughead era primo de Cecilia, sua irmã.

Jughead empurrou o tio contra a parede de Ferro do armazém, o prensando contra a mesma e prestes a lhe dar um belo soco na cara.

— O que você fez com minha irmã?! — O moreno gritava enquanto esmurrava George. — Desgraçado! O que você fez?! — Repetiu ainda lhe dando socos. Betty era capaz de ver sangue jorrar por todo lado.

Apesar de estar descontando toda sua raiva em George, A menina sabia que Jughead estava prestes a desmoronar. Seu olhar desviou-se para Toni que se encontrava  tão presa na cena da agressão. Betty percebeu que se quisesse ajudar Jughead teria que agir rapidamente e aproveitar esta oportunidade.

Elizabeth começou a subir as escadas do armazém discretamente para abrir a única porta que tinha localizado, a qual provavelmente Jellybean estava escondida. A última coisa que foi capaz de ouvi antes de sair foi a resposta sínica de George à Jughead.

— Com minha sobrinha? O que eu poderia fazer com ela senão cuida-lá muito bem?

Betty estava literalmente sendo movida pela força do ódio quando Toni à viu.

Ela teve plena certeza de que Jellybean estava atrás da porta pelo olhar de desespero de Toni, que subiu as outras escadas laterais correndo.

De lados opostos a única coisa que restava para Betty era correr e abrir a porta. Então, no mesmo momento que Toni, começou a correr.

A loira já nem sabia o que estava acontecendo em baixo de si, não podia parar para olhar. Apenas conseguia ouvir milhares de gritos e vozes se misturando, chegou à conclusão que os policiais já tinham entrado no armazém.

Betty sentia todos os músculos de seu corpo contraírem enquanto tentava correr mais rápido do que já havia imaginado que seria capaz de correr um dia. Quando enfim parou em frente à porta e  estava prestes a girar a maçaneta sentiu um forte impacto à jogando para fora da plataforma do segundo andar.

A garota nem teve tempo de pensar que estava caindo ou que morreria, apenas sentiu o impacto e ouviu o barulho de seus ossos chocando-se ao chão.

Estava imóvel, era difícil respirar e sua visão se tornava mais turva a cada segundo. Só foi capaz de ver a silhueta de George lhe apontando um revólver

Provavelmente George não teria escapatória e seria preso, talvez quisesse ter o último prazer da vida dele: Matar Elizabeth, destruir a vida dela de uma vez por todas.

Preparada para sentir a dor de um tiro e incapaz de fazer nada para impedir, apenas fechou os olhos e ouviu o barulho da arma atirando.

Mas nada acontecera com ela.

Com a visão praticamente escurecida Betty apenas viu uma silhueta ensanguentada caindo ao seu lado.

Ela não precisava enxergar. Sabia quem era. Sabia que era Jughead.

Nesse momento Elizabeth perdeu todas as forças e se entregou a dor que assolavam todo seu corpo. Sua última sensação foram as lágrimas queimando em seu rosto. Se entregando a morte.

Antes de apagar por completo Betty ouviu uma última coisa:

— O que você queria com isso George? Eu lhe paguei tudo que devia! Te tirei da cadeia e exclui sua ficha criminal. Não tinha nada para você aqui...

Betty reconheceu a voz de FP, mas seus sentidos iam morrendo a cada minuto. Parou de ouvir.

Então, finalmente fechou os olhos e se deixou levar à Jughead novamente, ela morreria assim. Pensando nele.

A babá - bugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora