A babá - bughead

꧂ Dragon

"Bom dia filho, contratei a Babá. Achei interessante pois a mesma estuda na sua sala, assim vocês já devem se conhecer, o que facilitará a acomodação da menina. Ela se chama Elizabeth Cooper. Já passei toda a rotina de horários de Jellybean á ela, qualquer dúvida, fale com Marrie. Espero que já tenha contado a Jellybean sobre a babá e que vocês a recebam bem. Abraços."

Jughead respirou fundo e jogou o celular em sua cama assim que terminou de ler a mensagem. O garoto ainda estava inconformado com a decisão de seu pai.

Jughead tirou sua roupa, pendurando sua jaqueta dos bulldogs, e seguindo ao banheiro. Estava suado e imundo depois de um longo treino de futebol americano, pois o campeonato com o time adversário já estava próximo, e ele como líder, se preocupava com os mínimos detalhes.

Ao abrir o chuveiro mudou a temperatura para água fria, deixando que a água caísse em sua derme. Durante o banho tentou a todo custo lembrar de Alguma Elizabeth, mas era tão assediado pelas meninas, que já não era tão fácil lembrar de uma somente pelo nome.

Ao sair do banho vestiu uma calça de moletom e uma blusa branca, adiantou-se em calçar uma meia, afinal o chão estava sempre gelado – devido ao ar condicionado espalhado em cada canto da casa.

O mesmo foi até o quarto de Jellybean, que ainda estava dormindo. Os dois ficaram acordados até tarde na noite anterior, assistindo "My Little pony: a amizade é mágica".

Jughead nunca havia ficado tão entediado, quanto ficou, vendo esse desenho, mas sua irmã parecia ter amado, o que fez valer a pena — ou não.

Em dias normais, o mais velho deixaria sua irmã dormindo, pois a mesma faltaria de aula aquele dia — já que na sua escola teria uma apresentação de dia das mães, e jughead não queria tortura-lá vendo todos seus amiguinhos com suas mães, e ela não... — mas o mesmo precisava acorda-lá para contar sobre a babá, e arruma-lá para conhecer a mesma.

Jughead ficou parado um tempo, observando sua irmã dormir. Ele se perguntava como alguém poderia amar tanto outra pessoa. O menino a amava acima de qualquer coisa, até mais que sua própria vida.

Ela era tudo que ele tinha.

O mais velho se jogou ao lado da irmã. Jellybean parecia uma formiga naquela cama enorme.

– Jelly...

O mesmo prolongou o nome, enquanto acariciava os cabelos da mesma.

Sem resposta.

– Princesa, hora de levantar.

Sem resposta.

O mais velho suspirou, tentando mais uma vez.

- Eii, você precisa levantar.

Sem resposta novamente.

Então o garoto se levantou, abrindo as cortinas que chegavam até o chão — assim como as janelas.

O quarto de Jellybean era incrivelmente lindo, e assim como o de Jughead, ficava no quarto e último andar da casa.

O quarto andar era somente uma sala não muito grande, com um corredor e cinco quartos, todos com suíte. O último quarto era de FP, em seguida vinham o de Jughead e Jellybean — um de frente pro outro — o quarto ao lado do do menino seria o da babá, e o ao lado de Jellybean é uma brinquedoteca, feita para Jughead quando era criança, mas que agora era exclusivamente da mais nova.

Jellybean esfregou os olhos e resmungou, implorando alguns minutos à mais, que a foram negados.

– Eu nem vou na aula, não preciso acordar —Murmurou em tom de resmungo.

– Por mim você dormiria até a hora que quisesse, assim não encheria meu saco. — Brincou, sentando na bera da cama.

– Não vi graça nisso. — respondeu enquanto sentava, escorando-se na cabeceira.

Jughead riu vendo a expressão emburrada da irmã, em seguida deu um beijo em sua testa.

– O irmão precisa conversar com você.

– Desculpa Jug, eu Juro que quebrei o vaso sem querer, eu escondi debaixo da escada pra você e a Marrie não brigarem comig...

O menino franziu a testa.

– Como é?

Jellybean levou a mão no rosto, incrédula por ter dedurado a si própria.

– Não era isso?

– Jellybean, que vaso você quebrou? — Jughead perguntou, com uma expressão séria, enquanto a menina tentava desconversar.

– O que você quer falar? — a pequena desconversou.

Jughead suspirou.

– Ainda vamos falar sobre esse vaso. — Garantiu, continuando a falar.

– Jelly, você sabe o que é uma babá?

A menina apenas confirmou com a cabeça.

– Então, o papai ele achou uma menina muito legal pra cuidar de você, te ajudar a tomar banho, se arrumar...

– Mas eu sei fazer isso sozinha! — contestou.

– Eu sei meu amor, mas ela vai estar aqui sempre, pra te ajudar e orientar, entendeu?

– Mas eu tenho você.

Jughead soltou um suspiro. Ele concordava plenamente com sua irmã.

– Mas o irmão tem as coisas dele pra fazer também.

– Então é por que eu te atrapalho?

– Claro que não Jelly, não quero que pense isso.

– Então por que uma babá?

– Porque o papai quer, princesa.

– Mas eu não quero babá, eu quero você.

Jughead concordou mentalmente com ela mais uma vez.

– Vai ser bom, meu amor. Assim podemos fazer só coisas legais juntos.

– Mas ser irmão é fazer coisas chatas também.

Jughead suspirou, sabendo que não iria adiantar.

– Vamos nos arrumar, e conhecer ela tá? Eu vou continuar aqui pra tudo que você quiser. Ela só vai te ajudar com algumas coisas do dia a dia.

A mais nova olhou pra baixo, triste.

– Você quer se livrar de mim.

– E ficar sem minha princesa? Jamais.

– Princesa?! Eu sou é um dragão. — Jellybean disse enquanto imitava o barulho de um.

– Mas eu sou um dragão mais forte. — O garoto respondeu rindo enquanto a pegava no colo, correndo até o banheiro fingindo faze-la voar.