꧂ A moving body that remains in motion

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Oie
Apareci!

Ontem foi meu aniversário e meu crush n me deu parabéns (por pura implicância pq nosso flerte é baseado em parecer 2 criança do maternal q se odeiam, mas ok)

ent eu vim escrever fic onde eu q decido os acontecimentos e ta td certo.
Lutemos!

Só por curiosidade, quantos anos vcs acham q eu tenho?
~~~#~~~

Inércia, força, massa, gravidade, aceleração... causa e efeito.

Há quase dois meses atrás Elizabeth estava sentada na sala de aula, tentando prestar atenção na explicação sobre as malditas leis de Newton enquanto seus pensamentos teimavam em pairar sobre seu novo trabalho.

Suas maiores preocupações não eram explicitamente o trabalho, a provável criança chata e mimada com que ela teria que lidar ou mesmo o milionário esnobe que seria seu chefe. E sim Jughead Jones, o garoto a qual ela repunava.

Um riquinho, esnobe, machista, que se achava superior à todos.

Mal sabia ela o quanto estava errada.

O quanto a provável criança chata e mimada era adoravelmente inteligente e cheia de bondade, ou que o riquinho esnobe era um garoto tão incrivelmente maravilhoso que, apenas não sabia lidar com os demônios de seu passado e principalmente com seus sentimentos.

Droga, onde ela havia se metido?

Por tanto tempo Elizabeth havia se fechado as pessoas - provavelmente resultado de sua traumatizada infância - com medo de amá-las, de se entregar, de sentir que ninguém iria gostar dela de verdade...

Todas as memórias que passaram por sua cabeça encharcaram o rosto da loira de lágrimas.

Jellybean oferecendo suas bonecas para Betty quando ela estava triste; Cheryl e Verônica á ajudando a escolher um biquíni; Jughead lhe jogando na piscina a força, lhe contando o significado de suas tatuagens, lhe prensando contra a porta e lhe dando um vestido...

Todas as memórias completamente bagunçadas e embaralhadas em sua cabeça, mas ao mesmo tempo tão vivas... tão reais.

Em dois meses Betty tinha sido mais feliz do que foi por toda sua vida e nem sequer percebeu.

Jellybean invadiu sua mente de novo, com aquele sorriso meigo e verdadeiro. Uma garota tão espontânea e carinhosa, a menina de 5 anos mais inteligente e esperta que poderia existir... que estava provavelmente muito machucada e com a pequena e curta vida em risco neste exato momento.

O barulho de FP pisando no acelerador do carro para correr ainda mais contra o tempo acordou Betty de seus devaneios.

Todos dentro do carro pareciam só pensar em Jellybean.

Betty olhou para trás e observou os carros pretos que os seguiam. Os policiais disfarçados de "pessoas  normais" prontos para invadir o balcão e prender Toni. Se tudo ocorresse como o planejado.

E de repente força, massa, inércia, gravidade, reações iguais porém opostas pareceram se encaixar perfeitamente em sua cabeça.

"Primeira lei de Newton:

Um corpo em repouso permanecerá em repouso e um corpo em movimento permanecerá em movimento a não ser que seja influenciado por uma força."

Uma força que pare o corpo em movimento ou que mova o corpo parado.

A loira encarou Jughead.

O garoto cujo o cabelo estava desgrenhado com rosto vermelho que fora molhado por lágrimas. Ele parecia estar completamente perdido em seus pensamentos, mas seus olhos claramente suplicavam por socorro.

Betty sentiu uma enorme vontade de abraçar o mesmo e segurar sua mão. Mas não podia, não depois de tudo que ele havia lhe dito no carro.

"EU NÃO PRECISO DA SUA AJUDA! eu não quero a ajuda de uma menina intrometida e interesseira."

"Como você é ridícula."

"Acha mesmo que eu não sei que você só se preocupa com Jellybean porque se algo acontecer com ela você está sem emprego?"

Aquelas palavras atingiram muito mais do que a mente de Cooper. Atingiram seu coração.

Uma facada doeria menos do que a voz do garoto ecoando a cada momento em seus pensamentos com aquelas palavras tão cruéis e mentirosas.

O garoto a qual ela mais amava. Que estava tão perto mas ao mesmo tempo tão distante.

Depois daquela noite tudo teria fim. Ela pediria demissão, se afastaria de Jughead e provavelmente a única coisa que lhe sobraria seria a bela amizade que tinha construído com Cheryl e Verônica.

ela sabia que tudo teria fim, da mesma forma que sabia que seu amor por Jughead excedia a palavra "tudo" e que este nunca teria fim.

Ela tinha certeza que o amava mais do que um dia se sentiu capaz de amar e sentia muito por a vida não ser um livro onde eles viveriam felizes para sempre.

E tinha Jellybean...

Betty também sabia que à amaria para sempre e lhe doía só de pensar que provavelmente a pequena nem iria lembrar dela quando crescesse, afinal era muito nova ainda.

Por mais que com o tempo Jellybean não lembre de Betty, a mesma nunca esqueceria desse pequeno anjo que iluminou sua vida em tão pouco tempo.

Betty lembraria de Jellybean todas as vezes que alguém pulasse o último degrau da escada; todas as vezes que visse alguém com uma manta roxa; todas as vezes que fizesse tranças ou que ouvisse falar algo de dragões.

Não importa o quanto aquilo tudo tivesse chegado ao fim, a memória de Betty em relação aos dois irmãos - que em dois meses marcaram sua vida mais que qualquer pessoa - jamais sumiria.

Ela tinha certeza disso.

Da mesma forma que tinha certeza de que não importavam às leis de Newton.

Para salvar Jellybean, Betty seria um corpo em
movimento que continuaria em movimento mesmo que fosse influenciado por uma força.

Ela salvaria aquela garotinha mesmo que precisasse passar por cima de tudo em seu caminho.

A babá - bugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora