Capítulo 33

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Demorei mas  cheguei! Esse capítulo está muito forte e imperdível!

Meus últimos dias em Florais estavam se resumindo na continuação do livro de Clara. Mesmo já sabendo que a princípio o livro se tratava sobre uma protagonista que se envolvia com o sobrenatural, nunca imaginaria que a história seria tão boa e envolvente. Dante tinha razão sobre o dom de Clara, ela era verdadeiramente muito boa. Só de pensar na tragédia de sua vida sinto vontade de chorar, mesmo se não tivesse sido assasinada, Clara não estaria mais viva hoje, porém teria filhos e gosto de imaginar que realmente havia conseguido viver uma vida plena e feliz ao lado de Dante.

Quanto a história, estava conseguindo desenvolver bem e estava tão contente por isso! Parece que estar no porão da biblioteca de Florais, onde Clara também passava seus dias escrevendo, me fez conectar ainda mais a história, era como se ela tivesse ali do meu lado ajudando e sussurando em meu ouvido as palavras certas.

É quase fim de tarde quando subo a rampa para o salão principal da biblioteca, a luz do sol clareia o ambiente deixando as paredes alaranjadas. Amália está carregando uma caixa de livros na mão

- o pessoal estava empolgado pela leitura hoje, todos que vieram devolver os livros da semana passada, voltaram sedentos por arranjar novos! - ela diz

Amália coloca a caixa em um pequeno banco alto perto da parede.

- Ah Manu! Eu sentirei tanto a sua falta! Nem acredito que você se vai! - ela vem me abraçando

Aperto seu corpo contra o meu forte e fecho os olhos, Amália era tão querida para mim! Em pouco tempo se tornou uma grande amiga, quase uma irmã mais velha.

- eu vou voltar sempre, eu prometo a você

- tudo bem

Abro meus olhos e ainda abraçada a Amália percebo, pregrado na parede atrás de onde estávamos, um nome em um mapa antigo da cidade que já havia visto. Porém o nome Cachoeira da Alvorada brilha em minha frente como não havia  antes. Me desvincilho de Amália e chego mais perto da parede enquanto ela seca os olhos de lágrimas.

- Amália, essa cachoeira da Alvorada que está aqui no mapa, ela ainda existe aqui nas redondezas?

- Claro, só que agora é a Cachoeira da Arara Azul... confesso que gostava um pouco mais do outro nome - ela ri - não fica muito longe daqui nao, mas o pessoal vai pra lá só pra tirar foto. É meio alto e a queda é um pouco brusca

Sinto meu coraçao bater forte e flashes do meu sonho caindo em uma água gelada começam estampar minha mente. Balanço a cabeça levemente para espantar o frio que atravessa minha espinha

- algum problema manu?

- Não - sorrio a tranquilizando - é só curiosidade! Vou pegar minhas coisas lá em baixo

Saio apressada e desço para o porão, vou ate o prateleira com o fundo falso e pego a caixa com as cartas de Clara de la de dentro a colocando no chão em seguida.Com a outra mão livre, abro com cuidado as páginas do livro que Clara estava escrevendo, ate encontrar a escrita " me encontre na chachoeira da alvorada". Encontro a única carta de Dante na caixa e comparo as duas letras. Apesar de serem parecidas, as letras não eram a mesma. A letra da carta de Dante era mais desenhada e oval, enquanto a outra era levemente deitada e mais fina. Uma ideia toma minha mente de maneira rápida: E se o livro estivesse com Dante, e a pessoa que matou Clara tivesse descobrido pegado o livro e escrito essas palavras, devolvido a ela e fizesse parecer que fora Dante quem marcava o encontro na cachoeira para os dois fugirem do casamento arranjado? E se Marcos tivesse bolado isso? Atraído Clara e Dante e lá tivesse matado os dois? Uma vez que fora incriminado pelo assasinato de Clara, Dante tinha que estar na cena do crime!

Na linha do tempo ( Em Pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora