𝗠𝗘𝗨 𝗗𝗘𝗧𝗘𝗧𝗜𝗩𝗘
"A justiça é a vingança do homem em sociedade,
especialmente para aquele que deseja ser o juiz."
Com que recheio você comeria o "pão que o diabo amassou"?
Que tipo de experiências desagradáveis você consegue tolerar?
Até on...
Abro os meus olhos lentamente após ouvir o sussurro da ventania contra as folhas das árvores. Na medida em que desperto, sinto um forte calafrio se espalhando por todo o meu corpo.
Olho para o céu, e a única coisa que enxergo em meio a tanta escuridão é o brilho das estrelas. Logo, reúno minhas forças e me levanto.
Fortes dores começam a surgir por todo o meu corpo, com isso, paro de prosseguir com o meu trajeto. Ergo a minha mão direita em direção a minha testa e toco - sem ver - em uma das feridas abertas, e me contorço pela dor agoniante.
━━ Como eu vim a me machucar tanto assim? Afinal, onde é que eu estou? ━━ Começo observar o cenário que está em minha volta. No entanto, o lugar não me é familiar.
É um ambiente cercado por árvores secas, e a intensidade do ar é um pouco mais baixa que o normal. E não há muita umidade, pelo que sinto.
De fato, não sei como vim parar aqui e não me recordo muito bem dos acontecimentos anteriores, mas tenho a certeza de que a melhor a se fazer agora é sair daqui, antes que aconteça alguma coisa pior.
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Não tenho ideia de que horas são e muito menos a onde estou. Já faz alguns minutos que venho andando na procura de algum lugar ou alguém para me ajudar. Mas pelo que vejo, não estou chegando a lugar algum.
Nesse momento, o cansaço está se espalhando por todo meu corpo e as minhas pernas estão hesitando em falhar.
━━ Não posso parar agora, não agora. ━━ Tento apressar os meus passos, no entanto, sinto novamente as dores retornarem.
E por um breve descuido, tropeço em alguma coisa e caio de joelhos contra o solo áspero.
━━ Argh !!! ━━ Exclamei por conta da dor.
Naquele breve momento de agonia, a única coisa que posso fazer é ficar ali até a dor passar ou até encontrar ajuda.
Me sento no chão áspero e fecho os meus olhos por alguns miseráveis segundos. De repente, uma brisa leve bate contra o meu rosto e sinto algo que eu não sentia a muito tempo.
Sentimentos de culpa, agonia, medo, raiva, ansiedade, orgulho e vingança tomam conta de mim, em uma só vez. Olho para frente e em meio a escuridão, algo vem caminhando em minha direção. Posso ouvir os passos.
A lua que estava escondida por trás das nuvens escuras finalmente aparece, e com o seu pouco brilho ela clarea aquele ambiente escuro, e consigo ver claramente a tal figura desconhecida.
Não era o que e nem algo, mas sim, uma pessoa. Sinto os meus batimentos cardíacos se intensificando dentro do meu peito. Então, tomo coragem e resolvo pedir ajuda.
━━ P-por favor, me ajude. Eu estou machucada e eu não me lemb... ━━ A figura para antes que eu complete a frase.
Ele parece que começa a me encarar, e eu passo a nota-lá com mais atenção e noto que o brilho da lua vai sumindo aos poucos.
