Capítulo 8

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Eu acordei com seu toque. Kalel fazia movimentos circulares com as pontas dos dedos em minha cabeça. Abri os olhos devagar e ele deu um sorriso preguiçoso.

— Bom dia, meu amor. — Disse com a voz rouca.

— Bom dia, meu amor. — Sorri voltando a fechar os olhos devido ao sono, aproveitando o toque dele.

Ele me deu um selinho e eu fechei ainda mais a boca quando sua língua tentou abri-la.

— Ainda não escovei os dentes. — Coloquei a mão na boca. Espreguicei-me e levantei a cabeça. — Vamos tomar café da manhã no quarto?

— Bem, eu — Ele beijou meu pescoço. — queria mesmo comer.

— Kalel! — O repreendi rindo.

— Os lobos! — Ele disse com um sorriso.

— Eu sei, mas a gente precisa de um banho, sabia? — Ele deu um sorriso malicioso. — Podia pedir para nos entregarem o café no quarto enquanto eu preparo o banho.

— Tudo bem, vou falar com ela. — Levantei-me preguiçosamente.

Coloquei o primeiro vestido que vi no closet. Um azul com alças finas. Entrei no banheiro apenas para escovar os dentes. Sai do quarto, mas não fui de encontro a Madu, fui direto a Elias e pedi alguma coisa para levar ao quarto. Ele preparou uma bandeja com algumas frutas, pães e queijos. Eu sorri sem graça e disse que Kalel me acompanharia. Ajeitei uma mecha de cabelo para detrás da orelha. Elias pousou os olhos sobre a mão que fez o ato, a esquerda, a mão da aliança. Elias sorriu abertamente e me entregou duas taças vazias, uma garrafa de vinho e queijo. "Juízo." Disse como um pai. Ri com aquilo e voltei aos meus aposentos.

— Olha só, já contou a Madu que nos casamos? — Ele disse ao pegar a garrafa da bandeja. Kalel já estava sem camisa, se colocou os sapatos para cruzar o caminho aos seus aposentos, então ele já os havia tirado.

— Não, eu fui direto à cozinha e Elias viu a aliança. — Coloquei a bandeja sobre a cama. — E espero que não exagere. — Arqueei uma sobrancelha.

— Não se preocupe. — Ele sorriu de canto. — Não tenho nenhuma mágoa nesse momento. — Sorri em resposta.

— Cadê nossos bebês? — Perguntei pelos lobos.

— Kiara e Kovu me disseram que queriam conhecer o quarto do papai. Esse daqui tinha muita gente. — Ele colocou a garrafa novamente sobre a bandeja. — E eu acho que eles comeram o jantar que eu trouxe ontem para nós dois. — Kalel se aproximou ainda mais de mim. — Desse vestido eu não sei se gostei. — Ele me rodeou, parando atrás de mim.

— Foi o primeiro que eu vi. — Tentei manter a voz baixa.

Kalel afastou meu cabelo do pescoço, colocando-o todo por cima de um só ombro. Eu fiquei arrepiada assim que seus lábios macios entraram em contato com meu ombro, então no ponto entre ele e meu pescoço. Subindo até pouco abaixo de minha orelha, finalizando com uma mordiscada no glóbulo dela. Ainda com a voz embargada pelo sono, ele sussurrou em meu ouvido:

— Posso ajudar a tirar se quiser. — E mais uma leve mordida. Em contrapasso, eu mordia meu lábio inferior para não deixar escapar o baixo gemido que emitia.

— E não deveríamos comer antes? — Eu ri enquanto ele segurava meu quadril, pressionando-me contra seu corpo.

— Podemos comer agora ou depois do banho. Admito que tenho o costume de me banhar antes. — Ele apoiou o queixo em meu ombro. — Porém, faço o que quiser.

— Então deveria estar tirando meu vestido. — Ele sorriu puxando o lábio inferior com os dentes.

— Gosta deste vestido? — Ele perguntou tirando a mão de meu quadril direito e colocando sobre o primeiro botão, o no topo de minhas costas.

Segredo de Estado (Coroa de Vênus - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora