— Merda.
Five sussurrou enquanto via o nome na ficha.
Kimi ??.
A garota do sobrenome desconhecido era o terror de todo o Oeste. Ele pressionou suas têmporas e respirou fundo. Não possuía foto, idade, parentescos, apenas uma descrição curta:
"PS: CUIDADO.
Não se deixe enganar pela cara inocente e gentil. Kimi é uma pessoa imprevisível, e normalmente, chama atençãoE extremante gata."
Riu pelo nariz ao ver a descrição feita pela mesma. Trabalhou pouco de uma ano com a comissão, com uma trabalho exclusivo, ninguém sabia de fato qual. Ela era misteriosa, conhecida apenas por poucos. Tendo em vista seu histórico — quase — limpo, era conhecida por ser A revolucionária. Ele teria de ir para os misteriosos desertos de Hainolu, e nada melhor que uma local para mostrá-lo ao redor. Ele não teria de matar a mesma, mas intrigava-se pelo fato da gestora ter escolhido especificamente ela como guia. Ele respirou fundo e juntou suas coisas, seriam longos dias a seguir.
~ ~ ~
TERRA DE NINGUÉM:
Lugar quase que apocalíptico, pequena população, terra dos ladrões, mal amados e daqueles que fogem por refúgio.
Um aviso para quem estiver pensando em ir: NÃO VÁ!Five respirou fundo enquanto lia a placa, provavelmente roubada, e trincou seu maxilar. Ela estava o esperando no bar próximo a estrada que foi deixado. O mesmo tinha trago apenas uma bagagem de mão com o necessário; água, comida enlatada, casacos e o que era preciso para sua missão. Escutou, de repente, gritos no bar. Decidiu finalmente o adentrar. Ao passar a vista no local, viu que não era tão mal quanto esperava. Bebidas e cachaças feitas em casas penduradas na parede, mesas, cadeiras e bêbados espalhados dentre elas, o cenário de Velho Oeste fortemente concentrado; porém nada de quem procurava.
— Com licença, bom senhor. — disse aproximando-se do homem servindo a alguém na bancada. — Você conhece a senhorita Kimi?
A pessoa a quem ele estava servindo, deu uma bufada e o olhou nos olhos.
— Ela vai subir na mesa em 3... 2...
Dito e feito, uma garota de cabelos tão curtos que mal passava de seu pescoço, subiu em cima de uma mesa, atraindo olhares, risadas e gritos de afirmação. Ela possuía olhos escuros e pele bronzeada. Trajava um pequeno top preto com apenas uma manga, um cinto preto, uma calça amarronzada com alguns rasgos e uma bota, também preta. Ela começou a rir e, ao recuperar-se, disse:
— Teve uma vez que esse cara, ele tentou me dizer "os homens podem trair, as mulheres não". — ela revirou seus olhos, com o dedo estendido. — Daí ele começou a me convidar pra sair e eu ri pra porra. — quase todos do bar começaram a rir, Cinco apenas a olhava, curioso. — "Se você é mulher, você foi feito para me dar prazer. Mas em público, esconda os ombros por baixo". — disse fazendo uma voz grossa e arrastada e uma onda de "uuh" foi arrastada no recinto. — Eu sei, né? — ela riu.
Ela parou de rir ao ver o que estava a sua espera, agradeceu a sua plateia puxando uma saia imaginária, recebendo uma chuva de aplausos, e desceu da mesa em direção ao menino.
— Estou procurando por Kimi.
— Eu sou a filha da puta.
Ele arqueou as sobrancelhas.
— Acredito que você seja o Number Four? — tentou lembrar seu nome com um sorriso sadio. — Não, isso não está certo. Three? Não, não é-
— Number Five. — disse rude, a interrompendo.
— Não acredito que depois de tanto tempo aquela idiota da gestora veio me procurar. Vamos, playboy? Isso vai ser interessante.
— Cuide bem da nossa menina, palerma. — disse o barman. — Sentiremos falta de seus shows, Mi.
— Não se preocupe, No. Voltaremos em breve.
— Assim espero. — encarou Five, que fez uma cara de "?".
— Vamos colocar algumas regras antes de irmos. A primeira, não quero ouvir chororô. Segundo, sempre esteja pronto para matar, não importa porquê ou onde. Terceiro, não se meta em meus negócios. — ela puxou o menino, com a gola de sua camisa. Ele tirou a mão dela de lá.
— Ok. Minha vez de ditar as regras. Primeira, não me toque, forasteira. Segun-
— "mimimi, não me toque." — ela riu, o interrompendo. — Aqui não é seu lugar de ditar regras, fofinho. A cidade? Pode até ser. Aqui, Number Five, ninguém sabe de seus poderes ou de seu "título de super herói". — afinou a voz ao dizer isso.
Ele calou, pela primeira vez em muito tempo, sem palavras, e seguiu a menina bar a fora, parando apenas para pegar o chapéu dela no cabideiro. Talvez essa missão fosse mais interessante que esperava.
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TDN - Number Five
FanfictionTERRA DE NINGUÉM Onde Five precisa de uma guia e pede um favor a garota mais conhecida do Oeste. • O mesmo ainda trabalhava na Comissão. • Trechos da música THAT BITCH - Bea Miller