Capítulo 93

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Não lhe vou falar do preço do anel, este não é o momento. Vou apreciar o momento e agradecer por o ter.

"O diamante pertencia à minha avó. Falei com o meu avô na semana passada e ele mandou-me o diamante que tinha dado à minha avó. Para ti." - ele conta

"Uau!" - não sei o que dizer. Este anel não tem preço. É de família. Pelo menos o diamante. - "Podíamos ir ver o teu avô, depois da Sammy nascer." - proponho

"Na verdade... estava a pensar em convidá-lo para vir cá." - ele pega-me na mão, onde agora tenho o anel de noivado.

Estou noiva! Meu deus.

"Isso é uma ótima ideia, Alex." - sorrio-lhe

"Tenho de falar com ele, ele é casmurro, mas... eu vou convencê-lo."

O caminho de volta para casa foi baseado em eu pedir-lhe para ele me cantar as músicas que estavam a passar na rádio, ele canta as que sabe, fazendo-me a vontade.

"Eu estou noiva!" - agarro a sua cara com as minhas mãos quando ele fecha a porta de entrada.

Ele sorri e beija-me a mão.

"Eu estou noivo. De ti." - ele conclui.

Eu percebo o que ele quer dizer com aquilo, mas não vou deixar os meus pensamentos estragarem a minha felicidade. Não é a primeira vez que ele me pede em casamento, mas honestamente, durante o sexo não é o melhor momento para se pedir uma pessoa em casamento.

Desta vez, ele meteu um joelho no chão, disse-me o que eu precisava de ouvir e eu não tinha outra escolha senão seguir o meu coração. Se continua a ser cedo? Claro! Mas não posso continuar a pensar nisso. Foi tudo muito súbito, mas é assim que o amor acontece, não é? Num dia, a pessoa é apenas um conhecido, no outro, não conseguimos viver sem ele.

"Eu faria amor contigo durante toda a noite, mas estou grávida de oito meses e completamente exausta." - admito, abraçando o seu corpo.

"Assim que essa bebé sair de dentro de ti, vou te contar uma bela história. Durante horas, enquanto vais gritando o meu nome."

"Horas?" - quase me engasgo

"Com intervalos, não sou uma máquina." - ele ri

Quarta-feira, 30 de Outubro 2019

De madrugada acordo de repente com uma forte pontada na barriga. Sento-me na cama e começo a respirar com força. Alex não está ao meu lado, mas aparece antes que o possa chamar, saindo da casa de banho.

"O que é que foi?" - ele apressa-se a chegar até mim e também me toca na barriga.

"Está a doer!" - fecho os olhos

"Vamos para o hospital." - ele salta da cama e vai até ao armário.

Quando volta, ajuda-me a vestir umas leggings e tira-me a sua T-shirt do meu corpo para me por o sutiã, voltando a vestir-me a sua T-shirt e tapá-la com uma das suas grandes camisolas de Harvard. Ele veste umas calças de fato de treino e uma camisola de Harvard também.

Depois de estarmos calçados ele ajuda-me a levantar da cama. Cada passo parece doer mais. Eu respiro e inspiro até entrar no carro e estar sentada.

"Ainda é cedo para nascer." - Alex começa a conduzir para o hospital. Ele tem o pé pesado e tenho de o avisar umas três vezes para ter cuidado.

"Porra, Alexander! Devagar!" - reclamo

Ele solta um suspiro e abranda. Eu solto um grito, assustando-o.

O SucedimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora