Imundo!

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Aquilo foi o ápice da minha raiva, eu nunca havia explodido daquela forma

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Aquilo foi o ápice da minha raiva, eu nunca havia explodido daquela forma. A hipocrisia da minha mãe e o fato do Kevin se referir a mim como meu amor e ainda por cima se achar no direito de tocar no Bob me irritou muito, existe muita coisa acumulada em mim e eu já não sabia mais como segurar, já estava ficando entalado com tanto ódio dentro de mim.

- Perdoem meu filho ele só está um pouco estressado. - Falou minha mãe.

Eu poderia simplesmente levar essa briga a diante, mas não quero sair como o culpado nisso tudo, então decidi que iria me acalmar respirar fundo e fingir que foi apenas um estresse momentâneo.

- Minha mãe tem razão, mil desculpas Kevin eu fui muito idiota.

- Tudo bem. - Falou Kevin - Você não me deixa irritado.

- Então como eu ia dizendo. - Continuou minha mãe - Você pode deixar o Kevin uns dias aqui sim, uma companhia masculina vai fazer bem ao Luca.

- O quê? - Indaguei surpreso.

- Luca, leva o Kevin até o seu quarto e ajeita um lugar pra ele dormir.

- Mas assim? Como assim você vai ficar aqui em casa? - Perguntei olhando para a mala que Kevin carregava.

- Minha mãe vai sair por uns dias, ela vai pra Eskol, então sua mãe ofereceu sua casa pra que eu ficasse.

- Faz sentido. Está certo então, mas não toca mais no Bob.

Caminhei com Kevin até o meu quarto e lhe ajudei a colocar suas coisas em uma gaveta vazia que eu tinha na cômoda.

- Você é muito ciumento, me encanta isso.

- Para de dar em cima de mim... - Deixei escapar sem querer.

- Você acha que estou dando em cima de você? - Indagou ele com um sorriso cínico

- Não necessariamente. - Falei gaguejando.

- Eu só estou sendo gentil haha - Ele deu uma gargalhada alta - Mas se quiser a gente pode dá uns amassos, mas fica entre a gente.

- Não Obrigado. - falei abruptamente

- Tá certo, mas estou aqui se quiser haha. - Falou tirando a camisa. - Gostou do que viu?

Rapidamente eu desviei o olhar e sai do quarto. Se eu quisesse ver homens musculosos sem camisa, iria até às revistas da minha mãe e olharia a sessão de cuecas. Devo admitir que o Kevin tem um belo corpo, talvez seja por conta dos esportes que ele prática e aquele cabelo loiro com aqueles olhos azuis estão me deixando estranho, o que estou dizendo? Me odeio por pensar nisso. Tenho que mudar essa minha cabeça, não vou mentir que pensei como seria se ele não tivesse usando aquela calça jeans, isso é idiota ou não? O que tem de errado aqui?.

- Luca, você tem alguma cueca pra me emprestar? - Falou abrindo a porta

Eu estava escorado de costas para a porta, com a mão tapando o rosto de vergonha, quando decidi virar para falar com o Kevin.

- Você não tem nenhuma na ma... - Ele estava completando pelado na minha frente.

Eu podia ver seu pênis perfeitamente, mas tentei desviar o olhar, por mais que eu soubesse que ele quisesse que eu olhasse. Não era aquilo que eu queria e eu sabia disso.

- Olha, eu não estou entendendo o porque você tá fazendo isso Kevin.

- Isso o quê? Você tá falando disso? - Ele segurou meu braço e me puxou pra dentro do quarto.

Ele fechou a porta, me colocou na parede e depois fez minhas duas pernas se apoiarem na cintura dele, me deixando encostado na parede. Ele me encarou no fundo dos olhos com a respiração ofegante, aproximou seus lábios do meu e me deu um beijo leve, senti seu membro inferior entre minhas pernas e foi a sensação mais estranha que já senti, mas ao mesmo tempo era boa. Kevin continuou me beijando devagar enquanto eu não tinha nenhuma reação negativa sobre aquilo, eu realmente sentia que eu não queria, mas era tão bom que não conseguia dizer não.

- Eu sabia. - Falou parando o beijo - Sabia que você era um viadinho. Deixa só os meninos ficarem sabendo haha.

- O quê!? - Perguntei empurrando ele

- Ué você achava que eu gostava de você? Eu gosto é de mulher não de viadinhos haha.

- Por que fez isso? - Perguntei com os olhos lacrimejando.

Eu não estava acreditando no que acontecia naquele momento, aquele demônio em forma de garoto estava olhando para mim com um sorriso imundo, ele não parava de rir de mim e por dentro eu mesmo sentia vergonha de mim.

- Olha bebê, não é nada contigo - Falou sentando ao meu lado na cama - É que você é um viadinho muito sexy haha.

- Cala boca, para de me chamar de viadinho seu merda!

- Mas você é. Vem aqui, pega no meu pau! Haha - Falou ele colocando minha mão no pênis dele.

- Sai da minha casa! - Gritei.

De repente eu senti a mão dele segurar minha boca e a outra apertar minha garganta. Logo a voz dele veio no meu ouvido num sussurro falando "Cala boca!", Em seguida ele me segurou e me deitou na cama ao lado dele, eu pude ver o pênis dele ficando ereto, depois senti ele esfregando o seu membro na minha bunda. Novamente ele falou no meu ouvido enquanto eu chorava com ele segurando minha boca "Eu vou fuder essa sua bunda, então cala a boca". Eu queria gritar, mas só podia chorar, também não conseguia resistir ou lutar contra a tremenda força que o Kevin tinha, ele era muito maior do que eu e não me permitia resistir.

Eu não sabia o que fazer, gritar eu não podia e me soltar muito menos, aquela situação só me permitia chorar e esperar que tudo acabasse. De repente talvez por obra do destino, alguém abriu a porta do quarto e acabou vendo nós dois na cama. Era minha mãe ela ficou em choque, mas logo tomou o fôlego e começou a gritar com nós dois.

- Dona Ana a senhora tem que aceitar que seu filho é gay - Falou Kevin com aquele maldito sorriso

- Mãe o Kevin tentou me estuprar! - Falei aos prantos e caindo nos braços da minha mãe.

Erro meu, pensei que ela pudesse me acolher ou quem sabe acreditar na minha palavra.

- Você só me dá decepção mesmo. - Falou ela com os olhos lacrimejando - Kevin querido, acho melhor você ir para outra casa.

- Tudo bem dona Ana eu entendo.

Eu já esperava que minha própria mãe fosse fazer isso, ela não me surpreende mais, já não sou mais nada pra ela a muito tempo. Logo minha heroína fajuta saiu do quarto nos deixando sozinhos novamente. Eu me sentei na cama novamente e comecei a chorar enquanto Kevin se vestia e arrumava as coisas dele, logo ele me encarou novamente e apontou para a parte traseira do meu moletom, ele havia gozado na minha blusa e naquele momento estava rindo dessa situação.

- Eu ti odeio! Kevin se eu ti ver novamente eu vou ti matar! - Falei segurando ele pela manga da blusa.

- E se eu ti ver novamente, eu termino o serviço que comecei gracinha. - Falou segurando meu rosto. - Os meninos vão adorar a boa nova.

- Vou atrás da polícia, isso não vai ficar barato!

- Então vai. Aí todo mundo fica sabendo que você quase saboreou o gostoso e maravilhoso pau do Kevin haha.

Ele saiu do meu quarto com a mala na mão e foi até a cozinha se despedir da minha mãe e a mesma lhe deu um abraço caloroso provando que acreditava nele. Logo em seguida eu corri para o banheiro onde tomei um banho, joguei aquela roupa no lixo e me lavei como se toda a imundice do mundo estivesse em mim. No banho eu chorei, sentei no chão do box e deixei as lágrimas fluírem pelo meu rosto e se esconderem na água do chuveiro, eu estava abalado, não acreditava naquilo, como pude ser tão bobo? Agora todos vão saber que meio que curto garotos e o Kevin quase me estuprou, eu me sinto imundo, inválido, triste, quebrado, eu já não sou mais nada.

Sonhos ConturbadosOnde histórias criam vida. Descubra agora