A verdade vem a tona

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Anahi: E já chegou a famosa do grupo. - Sai do carro e corri abraçando-as. - Parabéns best, ficou maravilhoso.
- Gracias, Any!
Maite: Sério, ficou muito bom, ficamos muito felizes por você.
- Obrigada, May. - O carro de Christopher foi estacionado e logo que o vi sai correndo para abraça-lo.
Ucker: Parabéns meus amor, ficou simplesmente fantástico. - Disse me abraçando a me dando um selinho.
- Gostou mesmo?
Ucker: Você é perfeita, já te disse isso, acredite pois é a mais pura verdade.
Anahi: Gente parem de ser melosos estamos aqui okay? E o seu parça, vulgo meu namorado onde está? Disse que estava vindo e até agora nada.
Ucker: O meu grande amigo já deve estar por chegar. - Vimos o carro do Alfonso. - Não disse? - Voltamos a nos beijar.
Maite: Gente eu também estou aqui, respeito, por favor. - Christian também tinha acabado de estacionar o carro. - Agora podem continuar, com licença. - Eu ri da cara da May e voltei a abraça-lo.
Ucker: Ontem iria te entregar algo porém acabei me esquecendo.
- O que é? Ah não Chistopher, não venha com mais presentes pois você sabe que eu não gosto de aceitar.
Ucker: É um presente, não se deve recusar. É para comemorar esse tempo que estamos juntos. - ele me entregou e era um colar de coração, não como o outro, aliás bem diferente - Pode abrir. - Ao abri-lo dentro do coração havia uma foto nossa, aquela primeira que tiramos no final de semana que passamos juntos.
- Obrigada. Eu não gosto de ficar aceitando essas coisas porque não estou com você por presentes e sim pelo que sinto, mas já que insiste, coloca em mim? Prometo que o outro ficará guardado e toda vez que olhar para ele vou me lembrar do inicio da nossa história.
Ucker: Eu sei que sim - Virei-me e ele colocou o colar.
- Obrigada mais uma vez, Eu te amo.
Ucker: Eu mais.
- Eu mais.
...

Era mais uma segunda feira como as outras, eu a sentia diferente pois estava tão feliz que nenhuma aula parecia ser tão entediante quanto antes, entramos para a primeira aula e assim foi seguido. Literatura, Matemática e Educação Fisica, a melhor que eu amava. Enfim o fim do dia havia chegado, estava no meu quarto me arrumando sozinha, já que as meninas já estavam arrumadas e desceram para jantar. Terminei de me arrumar e me olhei no espelho.
- Como eu te amo, Christopher. - Disse olhando para o colar e abrindo-o. Falando nele será que já estava jantando com as meninas e os meninos?
Caminhei no corredor e olhei para o andar de baixo e na mesa estava apenas Anahi, Maite, Christian e Alfonso, provavelmente ainda estava no quarto. Caminhei e fui até o quarto dos meninos, um garoto da nossa sala entrou no quarto, me aproximei e a porta estava entreaberta e ele estava conversando com um dos alunos da nossa sala, estranho pois nunca tinha os visto trocar uma palavra. Iria embora pois não queria atrapalha-los até que ouvi dizerem o meu nome.
- Bom já venceu o prazo que eu te dei quando a gente apostou a garota nova e como você ganhou eu vim cumprir com a minha palavra. Você conseguiu, garanhão, parabéns.
Ucker: Eu te disse que conseguia. - Me coração parou, minhas pernas estremeceram. Eu não poderia acreditar, não poderia acreditar que aquilo fosse verdade.
- Não! - Disse alto demais, apenas pude ve-lo correndo até mim. Me tranquei no quarto chorando, parecia que poderia chorar dias e dias que não iria sumir aquela dor horrivel que estava sentindo. Mentira, tudo aquilo era mentira, os presentes, as rosas, os risos, tudo.
- Porque? Porque meu deus porque? Eu não mereço isso, não eu não mereço, como dói... - Batiam na porta gritando o meu nome, depois de alguns minutos, escutei a voz de Anahi, Maite, Alfonso, Christian.
Ucker: Dulce você entendeu tudo errado, não é o que está pensando, me ouça por favor, abre essa porta!
Alguma hora eles conseguiriam abrir a porta do quarto, o diretor provavelmente tinha uma cópia. Fui até o banheiro e me tranquei, peguei o celular e disquei o número da minha mãe.
- Mãe, por favor me tira daqui, por favor mãe.
Blanca: Dulce, por deus o que tá acontecendo? Porque está me pedindo para te buscar, fala devagar.
- Me tira daqui mãe, por favor, me tira daqui!
Blanca: Eu tô indo, calma minha vida. Me diz, onde você está?
- Eu estou trancada no banheiro do meu quarto. Por favor, me tira daqui mãe eu não quero ver ninguem, meu coração tá despedaçado mãe, porque que eu não posso ser feliz? Porque todo mundo pode ser feliz e eu não?
Blanca: Dulce eu estou ficando preocupada.. Benjamim o mais rápido possivel me leva para o colégio... Dulce fala comigo, me explica o que aconteceu.
- Tudo era uma mentira. Ele me apostou mãe. - Disse enxugando as lágrimas que desciam pelo meu rosto. - quiseram me avisar e eu não ouvi, eu não acreditei. Eu quero morrer.
Blanca: Dulce, não faz nada do que você possa se arrepender depois, tá escutando? Pensa em mim e no seu pai. Me espera ai, não faça nada. - Desliguei o telefone e me deitei no chão do banheiro.
Eu não conseguia parar de chorar por mais que tentasse ser forte eu não conseguia, o meu coração tinha sido destroçado novamente, pisado como se não valesse nada e o que eu sentia não importava, nunca importou. Outra desilusão e o que me restava era juntar o que havia sobrado, me reconstruir e seguir em frente como sempre fiz.

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