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A semana tinha passado como vento e as aulas estavam normais como sempre foram. Desde aquele dia na lanchonete a Day tem falado mais comigo e eu acho isso estranho já que em 4 anos ela nunca nem ao menos dirigiu a palavra a mim, mas confesso que tenho gostado de falar com ela. Ela me chamou pra sair no sábado e bom, hoje é sábado.
Ela não quis dizer pra onde iria me levar e muito menos disse o que iríamos fazer, só disse pra eu me vestida da forma que eu me sentir confortável e a esperar na porta de casa as 8hrs em ponto e foi isso que eu fiz.
Eu coloquei um vestido preto que era colado ao corpo e uma jaqueta preta, nos pés eu usava um tênis preto também e tinha passado uma maquiagem leve. Nunca fui de fazer muita coisa no rosto então aquilo pra mim já estava perfeito, coloquei o cordão que meus pais me deram no meu aniversário e então a esperei na porta de casa. Não precisei avisar a ninguém que estava saindo porque meus pais estavam viajando e a minha governanta não estava trabalhando no dia, ela sempre fica de folga nos finais de semana e eu fico sozinha em casa porque meus pais estão sempre viajando a trabalho.
Vi uma BMW preta parar em frente a minha casa e tomei um leve susto quando vi a Day sair daquele carro que com certeza custava mais do que o meu rin. Eu nunca fui de entender de carros e muito menos de tentar entender de preços de carros, mas eu sei que esse carro é realmente caro e mesmo que a minha família tenha bastante dinheiro eu nunca na minha vida imaginei ver alguém além do meu pai com um carro desses. Eu sei que a família da Day tem muito dinheiro do mesmo jeito que a família do Vitão, da Thay e do Bruno também tem, só não sabia que era tanto.
- Oi - A Day falou e assim eu sai dos meus pensamentos e vi ela perto de mim.
- Oi, carro bonito - Falei sorrindo pra ela que me retribuiu com um sorriso pequeno que não mostrava seus dentes.
-Ah Brigada. Você tá linda - Ela falou e eu senti minhas bochechas queimarem, ótimo, fiquei vermelha na frente dela - Vamos? - Assenti e segui em direção ao seu carro. O carro tinha cheiro de novo e os bancos do mesmo eram preto. A Day assim que entrou deu partida no carro seguindo pra um destino que eu não fazia ideia da onde iria dar, ou seja, se ela fosse uma piscicopata eu possivelmente iria estar indo pra morte, mas enfim.
- Pra onde tá me levando? - Perguntei pra que pudéssemos dar início a algum tipo de assunto ao invés de ficar em um silêncio horrendo ali dentro.
- Você não pode saber ainda - Ela falou sem tirar os olhos da estrada, mas ainda sim dava pra ver que ela estava sorrindo.
- Ei, você deveria me dizer pra onde tá me levando. Vai que você é uma piscicopata que vai me matar, me deixa avisar aos meus parentes pelo menos - Falei em um tom de brincadeira e ela riu sabendo que era somente aquilo, uma brincadeira.
- Calma, eu não sou uma piscicopata. Sou somente uma mulher interessada na sua companhia essa noite - Ela falou aquilo em um tom debochado e eu ri.
- Você falou como se tivesse 30 anos agora - Falei e ela fez uma expressão de quem se sentiu ofendido.
- Nossa Carol, me chamando de velha? - Ela falou e eu ri.
-Você é meio velhinha, Day. Eu tenho só 17 e você 20. Uma grande diferença - Falei e óbvio que era mentira, ela não chegava nem a ser 5 anos mais velha do que eu pra que aquilo fosse realmente uma grande diferença de idade.
- Pelo menos eu já posso comprar bebidas alcoólicas bebê - Ela falou rindo e eu cruzei os braços, não era mentira. Eu realmente não podia, mas isso não me impedia de beber.
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Day tinha me levado a algum tipo de praça que tinha vários bancos, árvores, barraquinhas e luzes. Eu achei aquele lugar lindo, não só por ser um lugar calmo, mas também pela aparência das luzes e dos vaga-lumes que estavam ali também. Eu tava encantada por aquele lugar e também pelas crianças que estavam por ali com seus pais caminhando.
- Gostou? - A Day perguntou me tirando do meu transe e eu sorrindo respondi.
- Claro que sim, esse lugar é lindo. Obrigada pelo convite de hoje, inclusive - Falei e então continuamos a caminhar em direção a um dos bancos.
- Não fique tão encantada, essa é somente a nossa primeira parada da noite - Ela falou me olhando e então eu me sentei no banco e ela ao meu lado.
- Por que resolveu me trazer aqui e me convidar pra sair com você? - Perguntei. Eu podia parecer meio grosseira de perguntar aquilo e sabia disso, mas eu realmente queria uma explicação.
- Não sei. Talvez eu tivesse me dado conta que não fazia o menor sentido fingir que você não existe simplesmente porque não dá pra fingir que você não existe. - Ela falou aquilo de uma forma um pouco triste e com a cabeça baixa - Eu sinto muito por nunca ter cooperado com você durante esses 4 anos, você sempre tentou puxar assunto comigo e eu nem ao menos te correspondia - Uou. Dayane de Lima Nunes me pedindo desculpas, isso é novo, isso é novo de verdade.
- Tudo bem, não custumo guardar mágoas e acho que o importante é ver você tentando se aproximar agora. Podemos ser amigas a partir de agora e podemos sair mais vezes pra nos conhecermos bem - Falei gentilmente e ela direcionou o seu olhar a mim. - Só espero que não tenha me chamado pra sair por insistência dos nossos amigos, se não quiser mesmo e nem se sentir confortável em falar comigo eu te entendo e não quero forçar nada - Falei. No fundo eu queria ouvir que estava louca e queria ver ela dizendo que fez isso por vontade própria, mas eu conheço nossos amigos e eu sei que eles fariam um inferno na cabeça dela só pra ela me chamar pra sair.
- Não foi por insistência deles ou até mesmo porque eles queriam isso, foi por vontade própria. - Ela falou ainda me olhando e eu me senti melhor em saber daquilo, era bom saber que ela estava tentando algo só porque queria me conhecer do mesmo jeito que eu queria a conhecer.
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Eu e a Day saímos do parque e fomos jantar em um restaurante italiano chamado 'Império', eu amo comida italiana e possivelmente a Day perguntou a um dos nossos amigos do que eu gostava pra acabar me levando a esse restaurante que por ironia do destino, é o restaurante favorito dos meus pais.
Depois de jantarmos no restaurante a gente foi pra praia que tinha em frente a lanchonete aonde nossos amigos e a gente se encontrava todos os dias e então ficamos sentadas na areia conversando e olhando a lua cheia e iluminada que tinha no céu limpo cheio de estrelas. A noite estava sendo ótima, nós nos dávamos bem na conversa e eu gostava disso.
Estávamos falando sobre relacionamentos e pessoas, trocando opiniões e mais opiniões enquanto tínhamos uma visão perfeita daquele lugar.
- Como assim gostar não é o mesmo que amar pra você? - Ela perguntou.
- Muito simples. Gostar é algo passageiro e fácil de esquecer, amar é algo que você faz mesmo que sem saber e não esquece fácil. - Respondi. - Chega a ser falta de respeito dizer que gostar é o mesmo que amar.
- Argumento convencente. Você acabou de me fazer mudar minha ideia, meus parabéns - Ela falou rindo e eu a olhei com ar de deboche.
- Parece que eu sou a única a fazer isso, meus parabéns pra mim - Falei e ela riu, e então ficamos em silêncio. Não era um silêncio desconfortável, mas sim um silêncio que falava por si só.
- Quais seus planos Carol? - Ela perguntou quebrando aquele silêncio.
- Depois da faculdade? - Perguntei.
- Sim.
- Quero morar sozinha e trabalhar com algo que eu goste. Não planejo nada além disso. - Falei.
- Sem amores envolvidos nos seus planos? - Ela falou em um tom brincalhão e debochado.
- Exatamente. Amar é complicado e eu prefiro não me complicar por um bom tempo
- Por que acha que amar é complicado?
- Porque quando amamos alguém podemos estar protegidos de ser magoados por outras pessoas, mas não pela pessoa que amamos. Amar significa se entregar por inteiro pra alguém que você não sabe se irá fazer o mesmo pra você e isso tudo é complicado, além do seguinte fato: Somos pessoas diferentes com vidas, histórias, opiniões e desejos diferentes. Se ambos não sabem lidar com esses fatos o amor acaba sendo menor do que o estresse de ambas as partes e desse jeito o amor acaba - Falei sem a olhar, meu olhar estava focado na lua que estava bem a nossa frente.
◯ →˚ The end ₊·🤡 ੭ .
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Sua | ☀︎︎
FanficDayane De Lima Nunes e Caroline Dos Reis Biazin fazem parte do mesmo grupo de amigos, mas mesmo assim não se falam e não ficam juntas. Dayane é uma mulher de 20 anos que faz faculdade de Direito para aprender mais sobre leis, jurisdições e etc, e se...