Acasos Do Coração

Hannah Raybell Ross ♡ Capítulo 74

Pai, como eu já era chamado e uma das palavras mais cheias de saudade da minha vida. Perdi meu pai ainda muito novo, quando não tinha maturidade para entender os propósitos da vida e não sei se já os compreendi. Mas foi assim que tudo aconteceu comigo e sei que com milhares de pessoas por todo o mundo. Com base os anos passam os sentimentos como eu deveria ter o amado mais aumentam, e no meu caso acontece isso por meu pai e minha mãe desde o dia que recebi a noticia.

Quando meu pai se foi, ou como minha vó me ensinou alcançou o reino dos céus junto a minha mãe, meus avós fizeram todo o possível para suprir cada mísera coisa que não puderam me ser ensinado como por exemplo: Nadar. Aprendi a nadar tarde, pois por muito tempo liguei água á tragédia que levou meus pais, porém com base cresci percebi que as águas dos mares asiáticos não foram as culpadas.

Aos dezenove anos recebi a noticia que seria pai, e não poderia expressar em palavras como isso me pegou de jeito e me tirou noites de sono, não por ser pai novo. Certo, por isso também, mas não foi a principal causa. Passei meses pensando como ser um bom pai, quando tive tão pouco tempo com o meu, ao mesmo tempo que senti medo de algo me acontecer e o bebê passar por o que passei.

Para quem não gosta de ler, fiz compras on-line de livros e junto a Emma lemos linha por linha desde parto, primeiros socorros, criação, psicologia infantil, e um livro que descrevia muito bem as fases mais difíceis.

Eu sei, são pensamentos confusos demais para descreve-los.

Antes de tudo isso, depois de muito esperar e tentar não idealizar, encontrei a mulher da minha vida e para minha vida. A conheci de verdade de uma forma nada convencional, á beira de um lago em uma madrugada gelada, segurando um copo de sua bebida mais cara. E eu, estava longe de está bem com meu corpo tomado por cerveja e um coração teoricamente partido. Vi sua face frágil e seu humor arrisca ao sentar ao seu lado, mas por algum motivo sua péssima educação não me tirou dali, tinha que acontecer não é?

Ela estava linda, ela sempre foi linda. Seu rosto estava sem maquiagem alguma e suas roupas folgadas e amassadas deixavam claro que não queria nenhuma super produção aquela noite. Seu sorriso era radiante, igual aos seus cabelos naturalmente loiros com algumas ondas as pontas. Naquela noite pude ver de perto seu rosto lotado por sinais quase imperceptíveis e seus olhos verdes tão profundos como as águas do lago.

Não me apaixonei a primeira vista, me apaixono todos os dias e tudo que eu achava ser paixão antes dela, não era. Após nossa noite aleatória a loira do sorriso radiante nunca mais saiu da minha cabeça, e para minha sorte foi reciproco. Nos gostamos, nos conectamos e percebemos muitas faces um do outro, muitos defeitos e coisas nas quais nunca concordaremos. Conheci uma menina forte, decidida, e com o gênio mais arrisco do mundo. Conheci a Emma Cristal por trás de sua aparência de menina intocável e foi por essa menina que me apaixonei, mas como tudo da vida nada foi flores, sempre.

Fomos nos conhecendo mais e mais, aprendendo mais e mais sobre nossos gostos, conhecendo um o coração do outro descobrimos que daquela noite uma vida foi gerada. Hannah chegou pegando a todos de surpresa e foi amada por todos a nossa volta de imediato, Emma conta que renasceu quando descobriu sua existência e dali por diante passou a querer ser a melhor versão de si. E foi exatamente assim, nos unimos e prometemos ser nossa melhor versão para Hannah não importava nossa idade ou se iriamos enfrentar furações. Mas enfrentamos e vencemos, juntos.

Resumir os nove meses de gestação não é tão complicado mas ainda sim não foi muito fácil vive-los. Os primeiros meses vimos os sinais e não percebemos. Quando Emma me confirmou que estava gravida me senti um super homem que poderia enfrentar tudo por aquele bebê, e também sentimos muito medo, sei que Emma sentiu muito mais que eu e até hoje a repreendo por ter passado por tudo sozinha lá no inicio.