Só não vale chorar e ligar pro ex depois de beber

Me desculpe, mas eu sou fiel

— O que diabos é isso? — Kageyama balançou o pedaço de papel na frente do rosto de Hinata — Não adianta mais me prometer o céu, suas declarações de amor não vão me conquistar. Palavras doce num pedaço de papel? — ele riu, amargo. — Sinto muito, me desculpe, mas eu sou fiel.

Jogou o papel com as palavras de Hinata no chão. O ruivo continuou olhando para ele, em choque. Kageyama continuou a falar, agora que ele começou, ia colocar tudo para fora.

— Você nunca acreditou no meu amor, e eu calado aceitava as suas traições. — Ele mexeu no cabelo, jogando-o para trás. — Eu me apaixonei por outro.

— Do que você...? E nós?

— Nós? — Kagayama riu novamente. — Foi você que escolheu isso, você quem perdeu. Me perdeu.

Kageyama bateu o pé, andando pela casa, pronto para recolher suas costas. Hinata ao seguiu.

— Espera, Kageyama, vamos conversar. Você não pode simplesmente ir embora assim!

— E eu deveria ficar? Você acha que eu ia aguentar tudo calado para sempre? — respondeu Kageyama, sem parar de colocar suas roupas na mochila surrada. — Sinceramente, Hinata. Esqueça. Esqueça meu rosto, e o meu telefone. Não me mande mensagens, esqueça meu nome. Meu corpo, alma e coração já é de outro homem.

Hinata agarrou sua mão, o impedindo de continuar a bagunça o guarda-roupa deles. Kageyama puxou sua mão de volta, em um gesto bruto.

— Como eu posso simplesmente esquecer? — Hinata disse, os olhos confusos percorrendo todo o rosto de Kageyama. — Esquecer tudo? As promessas, o louco desejo? Seu perfume, o gosto do seu beijo? Como pode me pedir isso?!

— Vai ser fácil para você — disse Kageyama, o rosto sério. Jogou sua mochila no chão, decidido a deixar aquilo para depois. No momento, ele só queria ir embora dali e não olhar mais para Hinata. — Afinal, quando estava com ele, você esqueceu de mim, certo?

E saiu, terminando aquela história, em dúvidas se deveria ter aberto aquele livro.