Só pra castigar

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Kageyama não entendia Hinata. Quando tava perto, fazia raiva. Quando distante, sentia sua falta.

Caçava briga atoa, adora passar raiva. Na boa, Kageyama realmente queria entender o que se passava naquela cabecinha. Ele sempre fazia o que queria, sempre deixando Kageyama a sua mercê.

Até em assuntos nada a ver, Hinata o provocava. Fazendo-o sentir ciúmes de graça. Kageyama não era de retrucar, mas estava ficando de saco cheio. Ele ia descontar naquilo que Hinata mais gostava.

Mudou de posição na cama, agora ficando por cima de Hinata. O ruivo franziu a testa, ele estava planejando ficar por cima hoje. Mas se Kageyama tinha outros planos, ele não iria reclamar.

Não havia parte do seu corpo onde Kageyama não deixou sua marca. Sua pele estava quente, os lugares onde ele tocava formigavam. Quando ele por fim entrou, Hinata gritou, arqueando seu corpo, quase saindo do colchão.

Kageyama não tinha moderação em seus movimentos, sempre deixando ser guiado pelos ''mais forte'' ''bem aí'' ''mais fundo'' de Hinata. Estava dando o seu melhor ali. Não para deixar o parceiro se sentir bem, mas para fazê-lo sentir na pele o que é passar raiva. Kageyama estava apenas esperando pelo momento certo...

Hinata começou a gemer seu nome. Ainda não, Kageyama pensou, indo mais rápido. Divindades e xingamentos começaram a sair dos seus lábios. Os dedos apertando os lençóis, os pés de curvando, as unhas o arranhando, o revirar prazeroso dos olhos.

Então Kageyama parou.

O grito que saiu do fundo da garganta de Hinata foi monstruoso.

— Não ouse parar agora, imbecil — Hinata enlaçou sua cintura com as pernas, numa tentativa de fazer Kageyama se mexer. Mas Kageyama permaneceu no seu lugar. Os braços cruzados sobre o peito, o sorriso perverso moldando seu rosto.

— Só pra castigar — resmungou ele, voltando a se mover, de uma maneira torturante. Tão lento que as tartarugas sentiram inveja.

Naquele dia, Hinata aprendeu uma valiosa lição. 

Só não vale chorar e ligar pro ex depois de beberOnde histórias criam vida. Descubra agora