Capítulo 05

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O anúncio de que haviam chegado as Ilhas Solitárias foi bem recebido no Peregrino da Alvorada, principalmente pelos irmãos Pevensies que estavam doidos por uma nova aventura naquela terra mágica que tanto amavam.

Em botes, eles saíram do navio e remavam rumo ao porto.

— A emoção do desconhecido nos espera — Ripchip fala animado.

— Não podiam esperar até de manhã? — Eustáquio perguntou rabugento para o rato e Edmundo apenas revirou os olhos ao ouvir o primo.

— Não temos tempo, toda informação absorvida logo é mais do que necessária para encontrarmos os lordes Eustáquio — Mila respondeu o menino dando um mínimo sorriso por fim, o suficiente para fazer o garoto ficar vermelho.

— Ele está tão na sua — brincou Áurea fazendo a amiga rir. 

Eram fim de tarde quando pararam no porto, eles amarraram os botes e Lúcia olhava para os lados com um semblante confuso.

— Escutem, onde estão todos?

— Verdade, está tudo tão quieto — comentou Mila vendo que a rua e as casas estavam fechadas — Parece abandonado, melhor verificar Caspian.

Um sino soou no alto de uma torre fazendo todos se assustar, Caspian chegou até mesmo preparar a besta para poder atirar mas tudo que viram eram pássaros fugindo assustados.

— Eu vou com um grupo e você fica com outro aqui no porto? — o rei perguntou para Mila e a garota assentiu — Lúcia, Edmundo e Áurea podem ir comigo, caso não voltarmos até o amanhecer de amanhã vá nos procurar com a tripulação.

— Pode deixar, e tomem muito cuidado.

— Sempre tomo senhorita — brincou Caspian dando um sorriso de lado fazendo Mila revirar os olhos.

— Idiota.

— Você também tome cuidado — Áurea abraçou a amiga assim como Lúcia antes de irem atrás de Caspian.

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— Mila! Mila! Acorde.

— O que foi Ripchip? — a garota abriu os olhos atordoada de sono.

— Já amanheceu faz um tempo, e eles não voltaram ainda.

Aquilo foi o suficiente para Mila levantar em um sobressalto olhando tudo em volta, alguns da tripulação dormiam ainda.

— O que houve?

— Um dos vigias viram escravos sendo levados para o mar, e sumindo em uma névoa verde estranha — explicou Drinian — Parece que o povo está se escondendo para não virar escravo.

— Precisamos intervir de alguma maneira — disse a garota — Chame os outros aqui e acorde todos Drinian, eu tenho um plano. 

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O leilão na praça atraía os olhares de todos, até mesmo alguns moradores se arriscavam olhar para ver quem havia sido pego, e torciam consigo mesmos para não ser nenhum parente ou alguém querido.

— Agora vamos leiloar essa menina — o homem colocou Áurea amarrada e machucada na bochecha e no canto do lábio ao lado dele — Ela é bem valente e forte, será muito útil para qualquer coisa. O lance inicial é de 70, quem dá mais?

— Eu dou 80!

— Eu dou 100!

— Eu dou 300!

— Mais algum lance? — o vendedor perguntou antes de colar a placa "vendida" pendurada no pescoço da loira e jogá-la no canto.

— Me largue! Me solta! — a Dellavita se debatia tentando sair dos braços do homem que a havia comprado e arrastava para um canto mais isolado da multidão..

— Você vem comigo, eu sou seu dono e vou fazer coisas incríveis com você docinho.

Antes mesmo que a loira pudesse fazer algo, o homem arregalou os olhos caindo ao seus pés.

— Esse é dos asquerosos — Mila abaixou a faca olhando para o cadáver no chão.

— Mila! Você veio!

— Óbvio que eu vim, você está bem? — perguntou olhando os machucados da amiga — Onde está os outros?

— Estão ali — Áurea apontou para o prédio da torre do sino — Estão presos lá em cima, fomos atacados e capturados ontem mesmo. Eu estava lá com eles até me buscarem essa manhã, espero que ainda estejam bem.

— Você consegue lutar?

— Consigo, estou bem.

— Então tome — Mila entregou a besta que estava em suas costas para Áurea — Está carregada, tome cuidado e ajude o máximo de pessoas que puder.

— Você também, esses homens não se importam com ninguém exceto com eles próprios.

Mila sorriu de lado ao desembainhar as suas duas espadas.

— Bom saber.

A morena saiu correndo até onde Áurea havia dito, era um local bastante velho e abandonado com rotas de fuga quase inexistentes para um plano muito elaborado.

— Hey! O que está fazendo aqui? — gritou um homem ao notá-la.

Antes mesmo que ele pudesse chamar mais atenção, ela jogou uma pequena adaga nele que cravou no meio de sua testa fazendo-o cair no chão. Em uma rápida revistada, Mila pegou o molho de chaves que o homem carregava.

— Devem ser uma dessas.

A Bianchi subiu correndo até a parte de cima como Áurea havia instruído, e logo após passar por alguns corredores estreitos avistou a cela onde eles estavam.

— Mila? — o rei perguntou surpreso ao ver a morena quebrando o cadeado — O que está fazendo aqui? Como nos encontrou?

— Estou salvando sua pele, já que você não toma muito cuidado…como sempre — ela falou abrindo a cela — Vamos, temos uma cidade para salvar.

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Notas da autora: Hey pessoal, como estão?

Parece que nossa Mila que está salvando a pele de todo mundo né kkkk alguém sentiu um leve levíssimo clima entre ela e o Caspian sobre tomar cuidado?

Me digam o que acharam do capítulo, quero saber tudo!

Até o próximo!

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