Novas Descobertas, Novos Mistérios

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Agora, dentro da casa de Alexa, todas nós sentadas no sofá da sala esperando por respostas vindas daquelas cartas.

Alexa, que olha para as cartas am cima da mesinha de centro a nossa frente, bate a perta de forma frenética, olhando as cartas de forma fixa, como se não estivéssemos lá.

- O que diz a sua carta Delilah? - Ela me pergunta séria.

Pego o envelope de cor verde limão, não mais selada, com um pequeno selo no verso feito a mão pela Mary.

Respiro fundo e abro o envelope, pegando a carta com cuidado, sendo embriagada pelo doce aroma de rosas do perfume de Mary, observando aquelas letras de forma única que somente Mary poderia ter.

- Ela me fala sobre quando éramos menores, sobre quando se mudou de Porto Alegre e de como ama a forma que eu amei ela em segredo... Ela diz que eu não deveria ter medo de amar depois que ela foi embora, ela diz que eu... - Respiro fundo e olho para o teto, sentindo meu olho lacrimejar. - Que eu.. Devo isso a ela, já que nunca tive coragem de contar a ela que eu sou bissexual, ela também fala sobre como eu não devo temer o bullying e muito menos o meu padrasto...

Digo por fim fechando a carta e colocando ela perto de meus lábios, sentindo seu aroma mais uma vez e selando meus lábios, sentindo o frio da carta como uma dura realidade, eu nunca poderia beijá-la.

O silêncio entre nós três é desconfortável e agonizante, tudo que eu gostaria naquele momento era que uma das duas dissese algo, uma única palavra seria o suficiente.

Depois de minutos com o som rígido de apenas nossas respirações, Alexa pega sua carta e a abre, respirando de forma pesada e agitada, Helem não êxita em ficar do seu lado a acalmando.

Alexa lê a carta com calma decorando cada palavra, seus olhos se encheram rapidamente de lágrimas e sem perceber, seu rosto era coberto pelas lágrimas que insistiam em cair uma atrás da outra.

Ao fim da carta, Alexa leva a mesma até seu mérito e a abraça com força.

- É como se ela ainda estivesse aqui... - Alexa diz enxugando as lágrimas que insistiam em cair.

Eu não entendia o porquê, era como se fosse um filme e devêssemos desvendar o mistério de quem havia sequestrado Mary, uma fantasia que eu gostaria que fosse real de que ela ainda estivesse viva em algum lugar, mas a cena de seu rosto ensanguentado naquele quarto, olhando diretamente para mim era como um soco no estômago que me trazia de volta a realidade.

- Tudo o que nos queremos entender é o porquê de só agora essas cartas virem parar em nossas mãos... - Helenna diz enxugando as lágrimas de seu rosto.

- Não é só isso né? Não são só 3 cartas, tem mais alguém pra acharmos, mais alguém que a conheceu e que sofreu pela morte dela assim como nós. - Digo pegando a carta sem destinatário.

As duas me olham com curiosidade.

- Como acharemos essa pessoa? Não temos pistas nenhuma de quem pode ser. - Helena diz séria.

Alexa me olha e começa a ponderar.

- Só tem uma forma, vocês sabem disso. - Ela diz séria olhando para nos duas e em seguida para a carta.

- A gente não pode abrir uma correspondência que não é nossa Alexa. - Digo batendo freneticamente meu pé no chão, ansiedade é uma merda.

- Não tem outra forma Lilah, sem ler o que tem aí dentro, nunca saberemos o que a Mary quer de nós. - Helena diz séria, me entregando um abridor de cartas.

Pego o abridor e olho para a carta fixamente, eu deveria? Teria outra forma? Eu não sei, não parece que haveria.

Abro a carta com cuidado, retirando tudo que tinha lá dentro.

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