☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ 𝑻𝒉𝒆 𝑺𝒕𝒓𝒊𝒑𝒑𝒆𝒓

38 - Questão de conhecer

Pov Natalie

                     

- Quer que eu esqueça Karla Estrabão?
                     

Perguntei a mulher que me encarava de forma paciente e firme.
                     

- Quero que ela exista somente para mim, e logo.
                    

Eu amava aquele jeito possessivo de Priscilla, me fazia gostar mais dela. Mas não entendi onde ela queria chegar com aquilo. Eu já era somente dela.
                     

- O que você quer dizer com isso?
                     

Priscilla respirou fundo e sorriu, levando sua mão sobre a minha que descansava sobre a mesa, onde iniciou um carinho leve.
                    

- Eu quero que você saia da Imperium.
                     

Por alguns segundos eu fiquei totalmente paralisada, tentando saber se eu havia escutado aquilo dela ou simplesmente minha imaginação havia ido longe demais.
                    

- Natalie...- Priscilla sussurrou me despertando.                     

- Está falando sério?
                     
- Sim, eu pensei que bom, agora que estamos juntas você não precisa mais ir para lá. – Priscilla falou calmamente enquanto tomava seu vinho tinto.                     

- Priscilla eu indo pra lá ou não. Não vai interferir no que temos amor. – Falei calmamente.                     

- Claro que vai. Eu não quero você lá, se expondo daquela maneira. – Ela falou seria.                    

- Até uma semana atrás você gostava, e não se importava. – Soltei com indiferença.
                     

A mulher revirou os olhos e bufou.
                     

- Há uma semana você não era minha namorada.
                    

O clima pesou automaticamente, espalhando a tensão entre nós.
                     

- No que isso muda? Apenas estamos juntas oficialmente. Nada vai mudar.                  

- Óbvio que vai, Natalie!                     

- No quê?                     

- Em tudo! Você é minha agora.                    

- E sempre vou ser, Priscilla!
                     
- Não estando lá, dançando para aquelas pessoas. Eu quero que você seja só minha.                   

- Você é minha namorada, Priscilla, não minha dona.
                     

Encaramo-nos quase cuspindo fogo. Incrível como tudo estava bom demais para ser verdade.
                     

- Eu não acredito que está me falando isso. – Ela falou levantando da mesa, e no mesmo instante me arrependi por ser rude demais. Fiquei sentada fitando Priscilla que se servia de um pouco mais de vinho, para logo em seguida olhar em direção ao mar revoltado. Eu me levantei devagar e caminhei até ela.
                    

- Me desculpe. Eu só quero que você entenda, eu não posso sair. – Disse tocando os braços de Priscilla com carinho.
                    
- O que te prende lá?