Desejo Incontrolável

Capítulo 30

Maxwell

Valentina está sumida há quatro terríveis dias e desde então a minha alma e coração tem estado em ruínas. Meu estado mental não está diferente, sinto que a qualquer momento vou enlouquecer.

Meu estado físico, esse está quase derrotado. Estou muito cansado, embora não consiga dormir. Porque  todas as vezes em que fecho os olhos, imagens dela vem em minha cabeça. Eu não quero imaginar que algo de muito ruim tenha acontecido, fico rolando na cama a noite inteira, ou andando pela casa, como um zumbi, ( que é o que eu estou fazendo no momento)  pensando no que pode está acontecendo, se ela sendo maltratada, torturada ou... Ou se ainda está viva. E eu quero acreditar que ela está, mas é difícil. Choro  tanto durante a noite, que as minhas lágrimas secam e restam apenas soluços. Nunca tinha me sentindo tão destruído como agora.

Se ela fosse um sequestro normal já era pra terem entrado em contato, meus celulares e os telefones da empresa e daqui da cobertura foram grampeados caso ela entre em contato, mas sabemos que não foi um sequestro comum, foi vingança, o silêncio e falta informações só me deixa mais e mais angustiado e pensando no pior.

A única coisa que temos é a imagem das câmeras que conseguimos seguir o rasto da van até certo ponto, pois ela entrou em um túnel e simplesmente desapareceu. Não exatamente o carro foi encontrado no túnel porém vazio, a polícia tem certeza que tinha um carro lá dentro esperando ela justamente pra não ser encontrada.

É horrível não ter nada nas mãos, nenhuma pista concreta, a incerteza e a falta de pistas  estão  me matando.   Ontem resolvi ligar para os meus pais para informar o ocorrido. Eu não queria falar mas Ryan insistiu que era melhor eles saberem por mim do que ser pego de surpresa com a notícia nós jornais. Eles estão voltando pra casa, não queria ligar porque pensei que achariamos ela no mesmo dia.

Por mais que tenham muitas incertezas eu tenho fé que vou encontrá-la, eu sinto isso dentro de mim. Nem estou indo para empresa durante esses dias, mas isso é óbvio, não tenho a mínima condição de lidar com negócios nesse momento. Minha coberta se transformou em uma base da polícia, Jack junto com um dos melhores detetives de Nova Iorque. Estão trabalhando incansávelmente em bucas de rastos, analisando as imagens das câmeras calculando o tempo de cada carro que entrou e saiu do túnel pra tentar descobrir em qual carro ela foi colocada. Mas tá difícil aquela desgraçada planejou muito bem antes de agir.

O rosto daquela desgraçada já foi estampado nos jornais o caso repercutiu bastante nos últimos dias, mas as pistas das investigações seguem em segredo de justiça pra não atrapalhar. Eu já falei uma vez, que por mais que mereça, um homem nunca deve bater em uma mulher, mas retiro tudo que eu disse se tratando dessa mulher em questão. Pois eu quero esganar, torturar, e socar ela até a morte. O ódio que eu tô sentindo é tão grande que sei que não vou ter um mínimo controle se tiver a chance de está frente a frente com ela.

E quem quiser me julgar por isso eu não ligo, e repito se eu me encontrar com ela eu mato com minhas próprias mãos e não vou sentir uma gota de remosso.

Desço as escadas e vou direto pra cozinha, preciso de um café pra me manter ativo, porque apesar de não está conseguindo dormir o corpo e a mente cansam, encho uma xícara na cafeteira e vou pra sala obsevar mais uma vez os primeiros raios solares, pela grande janela da sala. Fico observando e pensando o que está acontecendo com Valentina nesse momento. Se ela está com medo ou assustada, ou com fome e o bebê será que está bem? Dizem que o bebê sente o que mãe está sentindo. Então nenhum dos dois estão bem, nesse momento.

Deus eu só quero trazê-la de volta e o bebê também. Me sinto tão idiota e arrependido quando lembro de tudo que disse pra ela, se eu  soubesse que ela ia sair de casa e se colocar em perigo, eu teria ficado calado por mais tempo e não descarregado tudo em cima dela de uma vez. Fui cruel, insensível e egoísta. Deus eu preciso que ela me perdoe.