Thirty Seven

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Poin't View Anna Julia Oliveira.

Chegamos ao local que eles estariam, era hoje ou nunca. Distribui as funções de todo mundo e pedi para Esther ir comigo, até porque tínhamos um estilo de combate parecido, começamos a espreitar a entrada e ela estava atrás de mim, Kania fez o sinal de que eles estavam lá dentro, começamos a entrar devagar, quando vejo Esther pegando o celular e sua expressão mudou, eu virei rapidamente para trás.

- O que houve? - Sussurrei.

- Temos que sair daqui. - Ela falou e as luzes se apagaram, comecei a ouvir barulhos de carros e sirenes, parece que ele também caiu na armadilha, mas aquela seria a minha melhor oportunidade.

- Sai daqui. - Falei para ela enquanto ia correndo para cima daquele maldito.

- ALECKSEI. - Gritei e ele se virou parando de correr, eu saquei a arma, mas homens do FBI começaram a entrar pelas janelas atirando, Esther chegou por trás me jogando no canto para me proteger dos tiros. - Eu falei pra você fugir.

- Eu não vou deixar você sozinha. - Ela falou segurando minha mão.

- Eu preciso ir atrás dele, essa é a minha única chance. - Eu falei num fôlego levantando e dando alguns tiros.

- Esquece isso Anna, você vai se matar. - Ela me segurou pelos ombros, ela ia se levantar, mas um tanque de gás explodiu por causa do tiroteio, cai em cima dela, uma das formas de protegê-la, vi alguns corpos ali estirados no chão, meu ouvido zumbia, levei uma das mãos a ele e estava sangrando, Esther estava caída, mas não estava desmaiada, puxei ela, o lugar estava pegando fogo rápido demais.

- Vamos, vamos, vamos. - Via que sua perna estava machucada então a apoiei em mim, eu tinha uns pequenos cortes, mas nada demais, quando sai de lá, vi uma guerra entre policiais e os bandidos daquele maldito, comecei a dar a volta com Esther. - Vamos dar a volta. - Avisei a ela, quando vejo Vanessa tomando choque com um taser.

- Temos que ajudar. - Esther falou e eu olhei para ela e sua perna.

- Vai pra lá. - Apontei para o carro escondido, ela foi caminhando e eu corri para ajudar Vanessa, derrubei o homem e ela estava caída. - Vanessa, olha pra mim. - Falei e ela demorou um pouco para recobrar a consciência, a ajudei a levantar. Eu iria correr até o carro para deixar Vanessa lá, estávamos chegando perto, quando o carro explodiu e o impacto fez com que eu e Vanessa fossemos jogadas para trás. - ESTHEEEEEER. - Eu gritei desesperada e tentei correr para perto do carro em chamas, mas senti uma corrente elétrica correr pelo meu corpo, mesmo com aquilo eu ainda consegui me levantar para tentar correr até o carro.

- FICA DEITADA. - Um homem gritou, mas mesmo assim eu tentei me soltar, eu precisava encontrar minha morena, ela não podia ter morrido.

- Aumenta a potência. - A voz grave e firme de um homem foi a única coisa que eu ouvi e o carro em chamas foi a única coisa que eu vi.7

1 mês depois.

Eu passei um mês naquele inferno, o FBI fez uma armadilha para me pegar e o El loco, resumindo fomos presos, inclusive Lud, pelo menos eu e as meninas ficamos na mesma penitenciaria, tivemos brigas, mas no fim aquele lugar não superava o vazio e a dor do meu coração. Eu não dormia mais de duas horas por dia, porque toda vez que eu fechava os olhos eu via o carro explodindo, ela não deveria ter morrido daquela forma, nem pude dar a ela um enterro digno, nem pude me despedir e dizer que a amava, que minha vida sem ela não seria nada. Eu chorava na minha cela, mas ainda bem que a minha companheira de cela era a Lud, mas ela não estava num clima melhor do que o meu, Brunna pediu o divórcio depois do que aconteceu e ela estava mais deprimida do que eu. No começo eu queria culpar alguém só que eu não tinha ninguém para culpar, eu sempre soube que Emily era da CIA, mas ela não nos traiu porque senão ela estaria em uma praia pegando sol e não numa penitenciaria feminina brigando com as pessoas, então eu me culpei, me culpei por ter ficado cega pela vingança, que custou a vida da minha mulher e a liberdade dos meus amigos. A noite inteira eu passei em claro até que uma das agentes penitenciarias bateu com o cassetete nas grades da cela fazendo com que eu e Lud levantássemos assustadas.

The MissionOnde histórias criam vida. Descubra agora