capítulo treze.

5.5K 410 23
                                    


Acordei de manhãzinha e me remexi, senti uma coisa apertar minha barriga onde tava machucado e dei um gritinho sentando

Coringa levantou perdido e me encarou assustado, eu segurei minha cintura de olhos fechados e ele segurou meu rosto

Coringa: te machuquei? Desculpa - falou baixinho

Sara: relaxa - suspirei devagar - me ajuda aqui rapidão - ele se aproximou e me abraçou me puxando pra cima

Coringa: ta querendo ir no banheiro?

Sara: sim mas eu consigo sozinha - ele cruzou os braços e eu fui andando sozinha, depois de muita dor conseguir fazer xixi e fiz minha higiene matinal

Assim que saí e sentei na cama coringa me olhou e cruzou os braços

Coringa: vou chamar a Iolanda pra te dar banho se é sua preocupação

Sara: dá você - ele me olhou surpreso

Coringa: cê sabe que eu não posso

Sara: mas você quer? - ele me encarou

Coringa: não - senti minhas bochechas queimar

Sara: não precisa chamar ninguém, eu consigo sozinha

Coringa: porque eu posso e elas não? Elas são mulheres

Sara: não é questão de ser mulher, é questão de confiança - falei levantando e mexendo no guarda roupa

Peguei um moletom e coloquei na cama, ele ficou me olhando e depois saiu, eu fui pro banheiro com muita luta porque meu braço e minha barriga estão doendo pra porra

Eu tomei o banho mais longo da minha vida mas consegui lavar todos os lugares, sozinha
Prefiri ficar de calcinha e top e deitei de novo onde fiquei mexendo no celular

Iolanda: oi - falou entrando no quarto e eu suspirei

Isa: e aí - sorri de leve

Sara: o que cês tão fazendo aqui?

Isa: vendo se tu tá bem pô - coçou a cabeça

Iolanda: quer ajuda pra se vestir?

Sara: eu tô vestida, só preferi ficar com pouca roupa - falei rindo

Isa: tá querendo alguma coisa Iolanda?

Iolanda: não, foi na inocência, juro

Sara: relaxa, eu sei

Iolanda: Coringa veio aqui? - balancei a cabeça - e aí?

Sara: ele basicamente me chutou e demonstrou que quer se afastar de mim

Isa: tu sabe o motivo né?

Sara: sei bem

1 semana depois

Sara: tá certa - gargalhei

Isa: mas é o papo - riu

Iolanda: não é nada, para - falou envergonhada e eu ri

Isa: é sim amor - riu beijando ela e a Eduarda passou correndo  - qual foi dessa vez em? - falou se levantando e indo atrás

Iolanda me encarou e ficou sorrindo, eu devolvi o sorriso e nós ficamos caladas

Iolanda: como tá a barriga e o ombro?

Sara: tá suave

Iolanda: tá afim de sair?

Sara: pra onde?

Iolanda: hoje vai ter pagofunk

Sara: esses bagulho é mó chato - fiz careta

Iolanda: não é nada - mostrou a lingua e eu ri

Sara: vou pensar - me levantei e beijei a bochecha dela - vou indo, tenho uma meta pra agora - ela me olhou

Iolanda: toma cuidado - beijou minha bochecha e eu sorri de canto

Sara: quando eu chegar ligo falando se vou ou não - ela sorriu e assim que eu virei dei de cara com o Coringa

Ele abriu a boca pra falar alguma coisa mas eu dei a volta e sai com pressa, semana toda nos evitamos e eu nem tava entendendo mas se ele não faz questão eu faço menos ainda

Peguei o pacote e guiei de carro pra casa da amiga que eu vou pra ficar marolando
Nós tem um acordo aí de que eu dou uns bagulho pra ela guardar e frequentar lá com a condição de que uma vez por mês dou uma boa quantia pra ela já que ela tem uns filho que tá na guarda do pai

Cheguei na casa dela e fiquei uns vinte minutos só pra entregar a grana junto com a droga
Ela ficou toda feliz em me ver já que mora sozinha e fica ai o dia todo praticamente

Assim que sai e olhei em volta nem acreditei quando vi o Coringa vindo na minha direção

Coringa: quem mora naquela casa? - segurou meu braço e eu encarei ele puta

Sara: quem você pensa que é quem pra se meter nos meus assuntos? - me soltei dele

Coringa: tá de palhaçada porra? - segurou meu maxilar e eu virei um tapão na cara dele

Sara: você que tá de palhaçada caralho, se não tem confiança em mim me mata nesse caralho

Coringa: tá louca porra? - segurou meu pescoço e eu pressionei as unhas na costela dele

Sara: me solta - falei apertando mais

Ele me soltou me empurrando e eu cai sentada no chão
Eu tossi procurando ar e ele ficou me olhando

Coringa: quem mora ali?

Sara: não se mete, se eu quisesse te trair já tinha te matado

Coringa: se eu entrar na porra da casa vou sair com a cabeça dele - limpei as mãos e levantei, passei direto indo pro carro mas ele me puxou segurando meus braços - fala enquanto eu tô com paciência Sara, não quero te machucar

Sara: é tarde demais pra falar isso, não acha? Você já me machucou pra cacete e nem foi só fisicamente - falei empurrando ele

Assim que entrei no meu carro ele entrou no passageiro e me olhou ficando calmo

Coringa: desculpa - revirei os olhos - não queria fazer esses bagulho aí, só que tem alguém no morro que tá armando contra mim, mas eu não sei quem é

Sara: e achou que fosse eu? Confiança é tudo né

Coringa: não achei mas tinha que comprovar, vacilo vem dos que menos esperamos né?!

Sara: com certeza - medi ele que se encolheu

Coringa: foi malzão - eu fiz joinha - mas o que tu veio fazer aqui?

Sara: visitar uma amiga

Coringa: eu vi a bolsa - cruzou os braços

Sara: é um acordo nosso - suspirei

Coringa: ta ligada que ela pode falar tudo pra polícia e te entregar né? Ainda mais que é da pista

Sara: ela é muda - ele se calou e balançou a cabeça - não precisa se preocupar com meus assuntos, eu mesma trato deles

Coringa: eu sei - abri a porta do carro e ele me deu um beijo na bochecha saindo

FELIZ AGORA?Onde histórias criam vida. Descubra agora