capítulo quarenta e um.

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Coringa: bora pra casa?

Sara: vamos comer primeiro - ele balançou a cabeça e deitou no meu peito

Ele ficou mexendo no celular na minha frente e eu vi muitas conversas de mulheres daqui mas todas ignoradas
Sorri satisfeita e peguei o meu vendo muitas mensagens também, mas apaguei tudo pra ter memória e fui ver os status

Vi que Sandra tinha postado umas foto no baile de madrugada e ainda com o Gaspar, respondi pra ela cuidar da Selma e ela respondeu com um dedo do meio

Coringa: porque você não gosta dela? Pegou meu celular entrando na galeria e eu nem liguei

Sara: porque ela é egoísta, não percebeu?

Coringa: mais o que?

Sara: ela sempre teve tudo e cagou a vida dela, ela e o Max nunca foram bons de verdade, por isso eu fui a escolhida do Felipe

Coringa: que bom né, se não fosse hoje você não iria estar comigo

Sara: ah Coringa, vou mentir não, se antes de tudo isso começar eles perguntassem se eu queria passar por tudo isso pra conhecer o amor da minha vida eu ia negar na hora

Coringa: entendo - me abraçou e voltou a olhar as fotos - quem é esse? - mostrou uma foto de um cara de costas e eu ri

Sara: é o cara mais foda que eu já conheci - ele me encarou

Coringa: vai se fuder Sara - eu cai na gargalhada

Sara: é você, idiota - ele fez careta e negou

Coringa: de quando isso? Nós nunca saímos juntos - eu ri e levantei

Fui pra cozinha e me assustei ao ver Isabella chupando o peito da Iolanda
Eu ri e voltei pra sala, olhando a rua pela janela

Coringa: não tá pronto?

Sara: nossas amigas estão excitadas nesse momento

Coringa: você gostou? - encarei ele sem entender - de transar com a Isabella... Foi bom?

Sara: ah, foi diferente mas foi bom - sentei perto dele - não foi bom pra você, com a Iolanda? - ele coçou a cabeça

Coringa: foi estranho, ela parece ser experiente mas ainda tava com medo, então eu fiquei meio preocupado

Sara: entendo, eu acho que a sós elas também vão achar essas coisas mas não vão nos falar - ele riu

Coringa: porra, to com fome - resmungou

Sara: pode me comer se você quiser - pisquei e nós caímos na risada

Coringa: como que vai ser amor? Agora que nós namora vai mudar alguma coisa?

Sara: eu não sei, por enquanto se você não beijar mais ninguém, olhar pra ninguém e nem respirar o mesmo ar que as outras pessoas já ta de bom tamanho - ele deu um tapa na minha coxa e eu ri - tô brincando amor, por enquanto eu não sei

Coringa: isso é tão estranho - encarei ele - você faz eu me sentir mó otário apaixonado - eu sorri

Sara: isso não é bom?

Coringa: é demais pô

Iolanda: vem tomar café - Coringa saiu quase correndo e eu ri negando

Nós quatro sentamos na mesa e começamos a comer, tava um clima bem estranho até que eu tomei frente

Sara: porque vocês estão tão incomodados? Não tô entendendo

Isa: eu não tô incomodada - Iolanda deu um tapa nela - uai, eu também não entendi, tipo, Iolanda tava querendo ter contato com homem mas obviamente não ia me trair mas agora ela tá toda estranha - Iolanda ficou vermelha

Sara: Iolanda, pode falar com nós, somos todos amigos de confiança aqui

Coringa: não precisa ficar com vergonha pô, eu notei ontem que tu tava meio travada, tá pegando alguma coisa?

Iolanda: não, eu não sei, eu tô muito apegada na Isabella e fazer aquilo fez eu me sentir suja, igual quando foi com o Lucas, não é nada com você Coringa

Sara: sabe o que isso significa? Que você tá virando sapatão por completo - ela riu

Isa: tá todo mundo de boa então?

Coringa: eu tô suave - eu fiz joinha enquanto comia e as duas concordaram

Sara: então pronto

•••

Coringa: vai fazer as cobranças? - falou entrando na minha sala

Sara: posso ué - falei me levantando

Coringa: tenho que descer na barreira pra conferir um carregamento

Sara: tá, juízo em - falei pegando a lista da mão dele e dei um selinho nele

Coringa: vou nem render bobo - saí rindo

Cheguei na boca quase de noite já e tava me sentindo imunda, cheia de sangue, eu entrei na minha sala e estranhei vendo Sandra

Sara: do que tu precisa dessa vez?

Sandra: eu vou embora - encarei ela - vim aqui pra você se despedir da Selma

Sara: vai se fuder, vai embora nada - tirei a blusa

Sandra: eu tô indo pra Heliópolis, posso ficar no comando por um tempo e morar na casa do pai

Sara: a resposta é não, o comando é meu portanto a casa também é minha e eu não vou te deixar morar lá

Sandra: eu não posso ficar presa aqui Sara - suspirou - eu deixo a Selma se você me deixar ir pra Heliópolis - eu encarei ela no ódio e virei um coladão na cara dela

Sara: repete Sandra - murmurei prendendo ela na parede pelo pescoço - repete filha da puta

Sandra: pa... Para Sara - murmurou sem forças e eu senti alguém me puxando

Quando vi que ela tava quase desmaiando soltei e ela caiu sentada no chão
Eu Puxei todo o ar possível e me apoiei na mesa sentindo a cabeça doer

Eu olhei pra minha mesa e vi meu casaco com a pistola no bolso, puxei ele e peguei ela, peguei o frasco do remédio que tava por baixo e tomei ficando alguns segundos parada

Coringa: relaxa - falou acariciando minhas costas e tirando a pistola da minha mão

Sara: eu quero você fora daqui Sandra - falei fazendo esforço - eu não quero te ver mais, vai morar embaixo da ponte agora

Coringa ficou comigo até eu conseguir respirar normalmente e eu só fiquei encarando meu celular
Quando tocou eu atendi rápido e o vapor confirmou que pegou a ratinha antes da Sandra chegar

Coringa: o que tu vai fazer Sara?

Sara: eu não sei mas vou dar um jeito, se você não quiser ela lá eu posso arrumar um lugar pra mim

Coringa: tá doida pô? Vai sair lá de casa mais não - eu sorri fraco e apoiei a cabeça nele

Sara: obrigado Charles - ele se abaixou e beijou minha testa

FELIZ AGORA?Onde histórias criam vida. Descubra agora