Coringa: Que foi? - coçou a cabeça
Micaela: faz tempo que não te vejo - sorriu torto
Eu vi que ela tava passando a mão na barriga insegura e me levantei a encarando incrédula
Micaela: cuidado pra não se morder e morrer com o próprio veneno - sussurrou só pra mim ouvir e eu sai quase correndo
Senti que minha cabeça tava explodindo e me encolhi no chão do primeiro beco que vi pela frente
Pressionei meus ouvidos pra tentar diminuir a dor mas nada tava funcionando, eu senti que o único jeito de fazer parar seria terminando o que comeceiEu tirei minha pistola das costas e destravei apertando a ponta do lado da minha cabeça
Assim que coloquei o dedo no gatilho a arma saiu da minha mão, eu abri os olhos e o Coringa tava me encarando com os olhos cheios de lágrimasSara: tá doendo muito - choraminguei sem forças e ele jogou o remédio na minha boca
Eu senti tudo formigando, minhas pernas tremendo, o ar não ficava no meu pulmão por mais de um segundo
Coringa: calma amor - falou me abraçando e eu fiquei quietinha
Depois de longos minutos abraçando ele eu consegui controlar minha respiração e tudo tava voltando ao normal
Eu encarei o Coringa e ele beijou minha testa
Coringa: vem, vamos pra casa - eu me levantei
Sara: vamos ficar, eu...eu só me descontrolei mas já passou
Coringa: vamos pra casa por favor - sussurrou e eu fiz bico
Sara: eu não entendo - me encolhi no banco do carro - eu juro que não sabia o que tava fazendo, só pareceu a única maneira de fazer parar
Coringa: relaxa - colocou a mão na minha perna e eu suspirei
Sara: o Rei viu? - ele me olhou
Coringa: não mas alguns vapores viram - bati na testa - qual foi?
Sara: ele tá achando que você tá fazendo alguma coisa comigo
Coringa: o que você disse?
Sara: a verdade - suspirei - que você me faz bem e que se tentasse fazer qualquer coisa ruim eu te mataria primeiro - ele riu
Coringa: nós sabemos que é verdade - ri balançando a cabeça positivamente
Sara: a menina contou? - ele ficou calado - já entendi e tá tudo bem - passei a mão no ombro dele
Coringa: não sei se deveria mas eu quero matar ela
Sara: como assim?
Coringa: como ela teve coragem? Era uma criança
Sara: como assim Coringa? O que ela fez?
Coringa: abortou - coloquei a mão na testa
Sara: toma - entreguei minha pistola e ele ficou calado - eu...sinto muito, você tá se sentindo como? - ele me encarou - desculpa, eu não sou muito boa com isso
Coringa: culpado, eu poderia ter evitado muita coisa se tivesse recusado aquela foda - comprimi meus lábios
Sara: eu sinto muito - soltei o ar - você quer ir comigo em uma psicológa amanhã?
Coringa: sim - sorri fraco
*2 meses depois*
Coringa: Boa! - gargalhou
Sara: sua vez feioso - ele riu e mirou acertando todos os pinos
Coringa: chupa essa - mandei língua e ele riu - bora pra outro, você já perdeu demais
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FELIZ AGORA?
Ficción GeneralSara perdeu sua mãe aos doze e após sua perca seu pai, mais conhecido como FP, tornou sua vida um inferno mas o inferno se corrompeu com o que o destino trouxe para Sara