capítulo trinta e sete.

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Coringa: Que foi? - coçou a cabeça

Micaela: faz tempo que não te vejo - sorriu torto

Eu vi que ela tava passando a mão na barriga insegura e me levantei a encarando incrédula

Micaela: cuidado pra não se morder e morrer com o próprio veneno - sussurrou só pra mim ouvir e eu sai quase correndo

Senti que minha cabeça tava explodindo e me encolhi no chão do primeiro beco que vi pela frente
Pressionei meus ouvidos pra tentar diminuir a dor mas nada tava funcionando, eu senti que o único jeito de fazer parar seria terminando o que comecei

Eu tirei minha pistola das costas e destravei apertando a ponta do lado da minha cabeça
Assim que coloquei o dedo no gatilho a arma saiu da minha mão, eu abri os olhos e o Coringa tava me encarando com os olhos cheios de lágrimas

Sara: tá doendo muito - choraminguei sem forças e ele jogou o remédio na minha boca

Eu senti tudo formigando, minhas pernas tremendo, o ar não ficava no meu pulmão por mais de um segundo

Coringa: calma amor - falou me abraçando e eu fiquei quietinha

Depois de longos minutos abraçando ele eu consegui controlar minha respiração e tudo tava voltando ao normal

Eu encarei o Coringa e ele beijou minha testa

Coringa: vem, vamos pra casa - eu me levantei

Sara: vamos ficar, eu...eu só me descontrolei mas já passou

Coringa: vamos pra casa por favor - sussurrou e eu fiz bico

Sara: eu não entendo - me encolhi no banco do carro - eu juro que não sabia o que tava fazendo, só pareceu a única maneira de fazer parar

Coringa: relaxa - colocou a mão na minha perna e eu suspirei

Sara: o Rei viu? - ele me olhou

Coringa: não mas alguns vapores viram - bati na testa - qual foi?

Sara: ele tá achando que você tá fazendo alguma coisa comigo

Coringa: o que você disse?

Sara: a verdade - suspirei - que você me faz bem e que se tentasse fazer qualquer coisa ruim eu te mataria primeiro - ele riu

Coringa: nós sabemos que é verdade - ri balançando a cabeça positivamente

Sara: a menina contou? - ele ficou calado - já entendi e tá tudo bem - passei a mão no ombro dele

Coringa: não sei se deveria mas eu quero matar ela

Sara: como assim?

Coringa: como ela teve coragem? Era uma criança

Sara: como assim Coringa? O que ela fez?

Coringa: abortou - coloquei a mão na testa

Sara: toma - entreguei minha pistola e ele ficou calado - eu...sinto muito, você tá se sentindo como? - ele me encarou - desculpa, eu não sou muito boa com isso

Coringa: culpado, eu poderia ter evitado muita coisa se tivesse recusado aquela foda - comprimi meus lábios

Sara: eu sinto muito - soltei o ar - você quer ir comigo em uma psicológa amanhã?

Coringa: sim - sorri fraco

*2 meses depois*

Coringa: Boa! - gargalhou

Sara: sua vez feioso - ele riu e mirou acertando todos os pinos

Coringa: chupa essa - mandei língua e ele riu - bora pra outro, você já perdeu demais

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