capítulo doze.

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Fui até a área da piscina e tinha um cara, entreguei pra ele e ele sorriu largo
Assim que eu me virei tinha um bando de policial atrás, tampando todas as saídas da casa

Eu comecei a correr e em um só pulo pulei o muro e depois outro, enquanto falava pelo radinho pro Coringa meter o pé
Assim que consegui pisar na rua fui correndo pro meu carro e o cuzão ainda tava ali

Sara: mete o pé caralho, é a polícia - ele acelerou e eu entrei no meu vendo os policiais cercar

Eu passei por cima de quem não saiu da frente e fui em alta velocidade por outro caminho, tem que ser pelo menos até o coringa estar seguro

Os policiais começaram a atirar em mim a distância e eu só senti meu ombro arder me fazendo perder o movimento logo após

Eu ignorei o sangue que saia pra caralho e dei meu jeito até sair da vista deles
Eu consegui chegar no morro e tava quase desmaiando de tão fraca, quando estacionei parei pra respirar e a minha porta foi aberta com violência

Coringa: cacete! - falou encostando em mim e eu tossi

Sara: sai, eu consigo sozinha - falei empurrando ele de leve

Eu vi a Iolanda de relance e senti alguém me abraçando, eu consegui sair andando apoiada na pessoa e deitei em um lugar macio

Iolanda: ela levou dois - ouvi a voz dela longe e tossi

Sara: puta que pariu - grunhi apertando o sofá enquanto sentia a agulha fechando a ferida

Isa: relaxa porra - falou enfaixando e eu suspirei - agora tem que ficar sossegada

Sara: ta ta - cobri o rosto - onde foi o outro? O outro tiro?

Isa: na cintura mas relaxa que não afetou nada - balancei a cabeça

Sara: valeu - ela fez joinha e saiu

Eu me encolhi e virei pro cantinho onde peguei no sono por conta dos medicamentos

Acordei sentindo alguém mexendo no meu cabelo e abri o olho vendo Coringa sentadinho perto de mim

Sara: tá fazendo o que aqui?

Coringa: vim agradecer - revirei os olhos

Sara: não precisa agradecer nada - ele suspirou

Eu me levantei com dificuldade e tentei sentar mas tava doendo pra cacete
Coringa ficou me olhando e me ajudou a sentar

Coringa: tá doendo muito? - perguntou sentando do meu lado e eu balancei a cabeça

Sara: mais do que eu me lembrava

Coringa: cê é foda, valeu - apoiou a mão na minha perna sem perceber e eu olhei - foi mal - murmurou tirando e eu soltei um riso nasal

Sara: de boa - peguei a mão dele - qual é seu lance com a oxigenada? - perguntei colocando a mão dele apoiada na minha perna e ele me encarou

Coringa: tô de fiel ué - passou a mão livre no cabelo

Sara: porque cara? - ele franziu a testa

Coringa: porque eu curto ela - falou bocejando

Sara: muito? - ele balançou a cabeça - tá cansado? Deita aí

Coringa: vai quebrar uma - se deitou com cuidado no meio das minhas pernas e apoiou a cabeça na minha barriga

Sara: numa escala de zero a dez, você gosta quanto? - perguntei mexendo no cabelo dele e ele riu

Coringa: ta curiosa assim porque?

Sara: nada - suspirei

Eu escorreguei pra baixo até ficar confortável pra nós dois e fiquei quietinha mexendo no cabelo dele
Depois de um tempo eu olhei para baixo e vi que ele tava dormindo

Eu ri e me ajeitei sem acordar ele, ele se remexeu todo e deitou abraçando minha cintura como se tivesse acordado
Eu só apoiei o braço por cima dele e acabei dormindo também

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