Ll: chegou aqui pagando de doida, querendo subir pra sua casa - chegou perto - e tava armada
Sandra: eu quero minha filha - eu passei a mão no rosto rindo e olhei em volta
Giane tava bem no cantinho me olhando com deboche, como se eu não fosse fazer aquilo
Micaela por outro lado me olhava assustada no meio das pessoasSara: você não tem o direito de chamar ela de filha - me abaixei ficando da altura dela
Sandra: eu quero minha filha agora - falou alto
Sara: você é uma filha da puta Sandra, nojenta, eu tenho nojo de você
Sandra: não interessa o que você acha, eu quero a minha filha
Sara: cala a boca e vai embora
Eu dei as costas e sai andando
Sandra: eu preciso entregar ela, se não vou morrer - gritou e eu parei onde tava e virei no ódio
Eu puxei o fuzil da mão do vapor que tava mais perto e cheguei perto dela, dei uma coronhada na testa dela e ela caiu no chão desmaiada
Sara: joga ela em uma rua qualquer longe daqui - ele balançou a cabeça e eu saí andando bolada
Cheguei em casa e parei perto da piscina, sentei de cabeça baixa e senti a presença do Coringa
Levantei pra encarar ele e ele tava com a Selma no carrinho, eu sorri fraco e ele veio pra perto
Coringa: já fiquei sabendo - me abraçou de lado e eu deitei a cabeça no ombro dele - relaxa, a Selma tá com nós agora
Sara: eu vou embora - ele se afastou
Coringa: porque?
Sara: não é agora - suspirei - eu vou sair do tráfico Charles, vou só organizar tudo em outro lugar e espera a Selma crescer um pouco
Coringa: porque porra? Nós tá tão bem aqui - segurou minhas mãos beijando e eu encarei ele
Sara: eu sei meu amor, mas eu não posso deixar ela viver assim - abaixei a cabeça - eu não quero que ela cresça com o sentimento de que qualquer hora vai nos perder e a vagabunda da Sandra vai ter ela nas mãos
Coringa: tá - coçou a cabeça - vamos pensar nisso daqui um tempo
Sara: promete? Você não precisa ir comigo mas eu gostaria que fosse - ele balançou a cabeça
Coringa: eu prometo que vou pensar - me abraçou e eu encarei Selma que tava rindo no carrinho
Sara: que carrinho é esse?
Coringa: pedi um vapor pra buscar lá, tá ligada que o Max meteu o pé?
Sara: não, quando?
Coringa: nem sei mas deve tá com a maluca lá pô
Sara: hmm - cheirei o pescoço dele - tá gostosinho em - ele riu levantando
8 meses depois
Eu observei todas aquelas pessoas, algumas que eu nem conheço, geral bebendo cerveja com um pagode alto rolando
Entre uma rodinha de vapores tava ele, rindo e andando de um lado pro outro até a Selma chegar perto dele no colo da Iolanda e pular no colo dele que sorriu largo e jogou a latinha de cerveja fora
Eu me aproximei dos dois e ele me beijou abraçando minha cintura
Sara: tá gostando da festa? - ele sorriu
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FELIZ AGORA?
General FictionSara perdeu sua mãe aos doze e após sua perca seu pai, mais conhecido como FP, tornou sua vida um inferno mas o inferno se corrompeu com o que o destino trouxe para Sara