A família Weasley sempre foi bastante conhecida no mundo bruxo, uma das únicas famílias puro-sangue que ainda restava na comunidade, porém também chamados de traidores de sangue por suas afeições pelos trouxas, nascidos trouxas e mestiços, contudo...
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Se alguém pedisse para Rose descrever seus primeiros dias de aulas, palavras como "insuportável", "cansativo" e "desgastante" seriam bastantes usadas. Além de cair em uma casa diferente da de toda sua família, caiu na mesma que Draco Malfoy, o garoto cuja a primeira interação foi ofendendo sua família, então a simples presença do garoto acabava com toda a aura positiva da menina.
Como se não fosse o suficiente com Pansy Parkinson, uma garotinha fútil e mimada, que a chamara de traidora do sangue e insultou sua família diversas vezes durante os poucos momentos que tiveram juntas. Sua paciência estava chegando ao limite, não seria surpresa se aquela pequena menina de onze anos, com seu corpo magro e frágil, entrasse em uma briga violenta com ela.
Tirando as partes ruim, um dia após a seleção das casas, Rose recebera uma carta de seus pais alegando que estavam orgulhosos dela estar na sonserina, falando que iam dar o total apoio para ela. Porém, o que realmente preocupava a menina era seu gêmeo, este havia evitado ela todos os dias após ela ser selecionada para a sonserina, aquilo estava deixando a Weasley extremamente chateada, mas não era algo que ela não deixaria transparecer.
Havia se aproximado mais de Potter, mas o garoto não comentou nada sobre a reação de Ron após ela ter caido na casa da Sonserina. Ao menos ela tinha Fred e George, eles haviam tirado sarro dela algumas vezes por não estar na Grifinória, alegando que ela era medrosa, por isso não tinha ido para lá. Já Percy era o único que agia com indiferença, ele claramente não havia gostado da situação, mas também não fez disso grande coisa.
Quarta-feira à tarde Rose estava passeando pelos corredores do castelo, decidindo ir para a comunal da Sonserina. Ela carregava consigo um livro de romance trouxa que seu pai havia dado para ela, ele era realmente interessante e havia prendido sua atenção.
Um sorriso iluminou seu rosto ao notar Harry virando o corredor e caminhando na direção contraria da dela, o garoto retribuiu o sorriso e apressou os passos para ir de encontro com sua amiga.
— Oi, Rose — ele cumprimentou, ajeitando o óculos redondo que havia escorregado um pouco.
— Oi, Harry — ela sorriu, segurando o livro na frente do corpo. — O que você está fazendo?
— Eu estava procurando o... — o garoto parou de falar de repente, coçando a nuca e deixando os fios de cabelo ainda mais desgrenhados. — Nada de importante. O que você está fazendo?
Por cima do ombro de Rose, ele havia encontrado Ron, o garoto ao notar que seu amigo estava com sua irmã, gesticulou para que ele não a deixasse vê-lo. Ele não estava pronto para o sermão e a agressão que provavelmente iria sofrer por sua atitude nos últimos dias.
— Eu estava passeando — ela disse, os olhos desconfiados sob o garoto. — Você estava procurando o Ron, certo?
— O que? Que nada — Harry balançou a mão na frente do rosto, como se estivesse espantando a ideia. — Na verdade, eu estava querendo te ver.
