10 ━━ forgiving is not forgetting

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perdoar não é esquecer

O natal já estava batendo na porta da população mundial

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O natal já estava batendo na porta da população mundial. Hogwarts acordara embaixo de mais de um metro de neve macia. Mal podia se ver o verde nos montes e colinas em volta da escola, já que estavam todos cobertos pelos flocos esbranquiçados que caia do céu. O lago negro estava completamente congelado agora, pedaços dele estava tão afiados como a ponta de um espada. Os gêmeos Weasley mais velhos haviam sido punidos por terem enfeitiçado diversas bolas de neve para seguirem Quirrell aonde quer que ele fosse e serem lançadas na parte de trás de seu turbante. Rose ficara chateada por não ter sido chamada para a brincadeira, mas recebeu a promessa dos irmãos que estaria junta na próxima traquinagem.

O fato de que Rose e Parkinson perderam 30 pontos para a Sonserina se espalhou, mas Louis, Theodore e Blaise saíram contando a todos de como quem tinha começado tudo fora a garota de cabelos escuros, até chegar num momento que todos estavam de cara virada para ela. Malfoy não se importou em defender a amiga, já que seus pais haviam falando a ele de como Pansy era uma boa amizade para ele e que seria bom mantê-la por perto. O platinado não era grande fã da ideia, mas não queria desapontar os pais defendendo uma Weasley. Haviam também Harry, Ron e Hermione, que a contaram que Hagrid mencionara Nicolau Flamel no assunto sobre o que o cão de três cabeças, chamado Fofo, escondia.

Os estudantes mal podia esperar pela pequena temporada de férias no natal. A sala comunal da Sonserina já era gélida e fresca, mas com o inverno, estava quase insuportável. Prof. Snape se encarregou de deixar os fogos esmeraldas das lareiras maiores e mais quentes para os alunos, que constantemente estavam ficando mais doentes. As masmorras eram facilmente o lugar mais congelante do castelo, durante as aulas de poções era possível ver uma névoa esbranquiçada sair dos narizes e lábios entreabertos dos alunos, os fazendo ficar mais próximos de seus caldeirões.

– Tenho tantas saudades d'A Toca nesses momentos – Rose murmurou para seu irmão que ocupava o lugar no seu lado esquerdo. – É tão quentinho e aconchegante.

– E os chocolates quentes da mamãe – respondeu o garoto, o nariz e as bochechas avermelhadas por conta do frio. – Com certeza é do que sinto mais falta.

As masmorras estava se tornando um lugar difícil de Rose frequentar, muitas das vezes acabava se esgueirando para a comunal da Grifinória, onde era mais aquecida — a maioria dos alunos não se importavam, já que a maior parte de sua família estava lá. Seu irmão mais velho, Percy, estava a encurralando para voltar a ala hospitalar do castelo para uma consulta com Madame Pomfrey, já que parecia estar adoecendo novamente.

– Tenho tanta pena – disse Draco Malfoy, na aula de Poções – dessas pessoas que têm que passar o Natal em Hogwarts porque a família não as quer em casa.

Olhou para Harry ao dizer isso. Crabbe e Goyle riram, diferente de Rose e Louis, que o repreenderam com dureza. Harry, por outro lado, não deu a atenção que esperavam. Malfoy estava mais carrancudo do que o de costume, desde que a Sonserina perdera a partida de quadribol. Ele até tentara zombar do grifano, dizendo que Harry seria substituído por um sapo no próximo jogo. Ao perceber que ninguém achara graça, pois estavam muito ocupados achando impressionante como o garoto agiu no jogo, ele ficara mais aborrecido. Era perceptível que Malfoy estava com inveja se suas habilidades, então decidiu voltar a perturbar Harry dizendo que não tinha família como os outros.

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