Prólogo

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Hemisfério Norte.

19:50.

O gosto metálico do sangue, invadia a boca dos três irmãos ali, iluminados pela lua que parecia derramar-se sobre os ombros deles

Inferno! Estão todos estirados aqui!
— O loiro passa a mão trêmula e úmida por sangue, pelos cabelos com angústia violenta, um rastro de sangue mancha os fios claros e encaracolados.

Os batimentos acelerados, a cabeça atormentada, confusa. A parcela de culpa lhe cai de forma hostil, a vórtice de descontrole faz presença.

Esperava o quê? Somos assassinos, predadores. — Responde o mais velho, ofegante e enjoado, prestes a vomitar, sentindo-se fora de órbita, como o irmão.

O inverno rigoroso dificulta tudo, fazendo as árvores atrapalharem a visão deles, impedindo-os de conseguir ver se alguém se aproxima para pegá-los.

— Tem mais de trinta corpos sangrando nessa porra! O que vamos fazer? Mana, você tem que fazer alguma coisa!
— A percepção de Nikolai o faz dirigir o olhar para a irmã mais nova naquele cenário macabro, buscando entender o porquê daquilo tudo, cheio de sangue, cada músculo do seu corpo dói como se a carne estivesse sendo arrancada.

O apelo quase fez a mulher da silhueta curvilínea se embaralhar mais ainda.

— Quer que eu faça o quê? Amarre vocês em um poste? Você tem que se controlar Nik, se não todos nós vamos ser descobertos. — Relembra ela, a visão turva, as roupas rasgadas e mal cobrindo os corpos nus que tremiam de frio, apesar da quentura extrema que seguia a transformação em lobos.

Vários inocentes mortos, porque cruzaram o caminho deles, nessa noite tão sangrenta de lua cheia.

Todos estavam perdidos, devido ao choque de realidade em ver aqueles que foram assassinados pelo descontrole do labo lobo, sobre a terra molhada pelo sereno da noite.

— Vamos enterrar os corpos, ninguém vai perceber, nossas digitais podem ser apagadas não? — O loiro leva um tapa agressivo na cabeça. Isso foi no mínimo estúpido de se dizer.

Ele sentiu medo daquela situação torna-se ainda pior. A terra lhe cobria os pés, o céu noturno parecia desabar em cima dos três.

— Seu puta estúpido! Como as digitais irão se apagar sozinhas! — O tapa irritou o segundo mais novo de porte atlético, com os pés afundando na camada de grama e garoa, que partiu para cima do próprio irmão sem impedimentos. A irmã mais nova os fez parar com um rosnado feroz para eles.

A transformação dela corre.

Um rosnado estampa o ambiente gélido.

— Ai merda! A polícia está perto, anda logo, vamos! — O garoto brada, exalando preocupação, e eles se transformam, começam a correr rumo a longe das sirenes perturbadoras aos ouvidos.

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Os escolhidos pela lua-Noites sangrentas. REESCREVENDO Onde histórias criam vida. Descubra agora