Os escolhidos pela lua-Noites sangrentas. REESCREVENDO

O Sentimento

Rosalie.

Emily me disse que um garoto foi até à loja hoje, só que o estranho não foi
isso, afinal, muitas pessoas vão até lá o dia inteiro, o surpreendente é que
ela sentiu o sentimento.

O sentimento que eu digo é aquele de quando a gente sente que a pessoa
não tem energia boa, é como se fosse o sexto sentido.

— No que você está pensando? — Emily me abraça de lado. Sinto que está
altruísta hoje. Talvez tenha acontecido algo, não sei. Ela não revelou nada.

— No que você disse — Respondo, pegando em sua mão. Ela sempre foi
muito carinhosa comigo, como eu com ela.

— Não fica se perturbando com estas coisas, vem, vamos jogar videogame
— Sai andando e me leva junto. Emily e eu amamos jogar videogame. É como uma válvula de escape.

Emily é a mais inteligente de nós duas, fico abismada com a sua
capacidade de pensar.

— Papai, já acordou? — Ela nega, ele está muito doente, não anda mais.
Portanto falamos baixinho quando ele está repousando, saúde muito frágil.

Vamos para o quarto e ligamos o videogame baixinho. Para que o senhor muito fofo deitado em minha cama, não acorde, vulgo nosso pai.

— Ele dorme feito um anjo — Ela se aproxima da cama e puxa o edredom
preto mais para cima, sobre o corpo dele. O homem de barba rala não se
move.

Caminho até o lado direito da cama.

— Ele é um anjo — digo, fazendo carinho nos cabelos grisalhos dele, são
macios como plumas. Se pudesse reagir, com certeza me seguraria pelo
rosto e daria um beijo quentinho em minha testa.

Sentamos na ponta da cama e preparamos os personagens para começar a jogar.

— Como você está indo na faculdade? — Pergunta, focada na tela da
televisão.

— Até que bem, se eu não passar neste semestre, as coisas vão se
complicar para o meu lado — retruco, sendo sincera, pois é Emily quem
administra e paga minha faculdade, usando o seu salário e a aposentadoria
de nosso pai.

Emily é compreensiva, não está desapontada comigo.

— Bem que você podia me ajudar né — Dou um cutucão de leve em seu
braço, com meu cotovelo.

— Não tem problema nenhum, você não ser boa em matemática Rosalie,
ninguém é um Einstein, até porque o próprio Einstein já errou — Emily
ama pesquisar fatos curiosos e que muitas pessoas não sabem, sobre
grandes filósofos.

— Você é incrível, sinceramente — falo, grata por tê-la como irmã, seus
olhos castanhos me encaram com carinho, nos damos muito bem,
raramente brigamos por algo.

Temos muitas coisas em comum, por
exemplo: nosso animal favorito; gato.

A matéria favorita; história. Pintor
favorito; Vincent Van Gogh.

Acho que as únicas coisas que não temos em comum são; gosto musical e a comida favorita. Ela é vegana e eu amo carne, a fruta que temos em
questão é a cereja, amamos.

— Você soube dos assassinatos? A pilha de corpos encontrada na...
Somos interrompidas por um barulho de vidro se quebrando, vindo da
cozinha.

Rapidamente pego meu arco e flecha debaixo da cama e seguimos
até à cozinha com passos cuidadosos, não sinto medo, mas sim fico curiosa
para saber quem ou o que causou isso.