A ᴍᴇʟʜᴏʀ ᴘʀᴇᴄᴀᴜᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴄᴏɴᴛʀᴀ ᴀ ᴘᴇsᴛᴇ ᴇ́ ғᴜɢɪʀ ᴅᴇʟᴀ.
- Dᴀɴɪᴇʟ Dᴇғᴏᴇ.☀︎︎☀︎︎☀︎︎
Nikolai.
Arranjar um motivo para se aproximar de alguém já é difícil, ainda mais quando essa pessoa pode quebrar seu nariz antes mesmo que você abra a boca. Portanto, usarei a minha melhor tática.
Avisto a mulher de cabelos soltos que vasculha a bolsa à procura de algo, está há um quarteirão de sua casa.
A falta de iluminação nesta rua é algo que eu não contava, embora não seja algo que vá me impedir de seguir o plano. Me aproximo dela, Tatiane se vira, como se esperasse minha chegada.
― O que diabos você está fazendo aqui? ― Se vira para mim, se recuperando do susto.
Invente uma desculpa. Invente algo, qualquer coisa!
― Vim te pedir desculpas pelo jeito que tratei você naquela noite no chafariz ― Minto, tentando ser o mais convincente possível.
― Por que eu acreditaria em você? Aliás, o que você quer? ― Semicerra os olhos, colocando a mão no bolso do moletom.
Vejo Elliot dar sinal do outro lado da rua, atrás de um carro preto.
― Acha que eu viria aqui, depois de ter me pego em flagrante por simplesmente... estar entediado ou sei lá qual seja o motivo que estiver pensando? ― Enceno.
Nem eu me convenceria agora. Foi péssimo.
― Pensa que sou tola? Numa noite está invadindo um instituto, na outra está perguntando sobre a minha vida, então me dê um bom motivo para não te colocar atrás das grades agora mesmo ― fala vagarosamente.
Engulo a seco.
Droga!
― Se quisesse me prender já tinha prendido, mas não vai fazer isso, porque...
Antes que eu termine de falar, ela puxa uma arma da cintura e aponta na minha têmpora direita, engatilhando tão agilmente que mal tenho tempo de piscar.
― Não banca o sonso comigo, tem cinco segundos para me falar porque seu irmão está me seguindo feito uma sombra, é bom ser rápido, senão abro um buraco na sua cabeça loirinho ― diz de uma maneira quase sedutora.
Droga! Foi tudo por água abaixo. Só resta o plano B agora.
― Não sei falar sob pressão, acho que uma arma é um tanto confortável para interrogar alguém, doutora ― balbucio, mais trêmulo do que pensei.
Ela curva o canto dos lábios num sorrisinho perigoso.
― Quem são vocês e o que querem? ― Exige uma resposta.
Um ruído a faz virar-se repentinamente, aproveito a distração e retiro um spray do bolso e aperto, espirrando o conteúdo contra seus lindos olhos.
― Filho da puta! ― Grita, levando as mãos aos olhos com desespero. Agarro a arma de sua mão e arremesso o mais longe que consigo.
Deixo-a se contorcendo e gemendo devido à ardência causada pelo spray de pimenta e corro sem olhar para trás.
Foi a única forma de deixá-la vulnerável por tempo suficiente para escapar.
Pouco depois...
Vejo Elliot e Dah vindo, ele simplesmente gesticula e os dois entram no carro, saio acelerando e chegamos em casa.
― Descobriram algo importante? ― Respiro finalmente, fechando a porta atrás de mim.
― Sim, apenas que ela tem um ótimo gosto musical e que adora chocolate belga ― Dakota obviamente está frustrada. Foi tempo perdido.
― Fracassamos... tudo que consegui... talvez tenha alguém morando na casa com ela, mas nem isso posso ter certeza, porque a porta de um dos quartos estava trancada e seria óbvio demais deixar rastros ― Joga as mãos para o alto, desapontado consigo mesmo.
Elliot não aceitar fracassar.
― Tem uma espécie de porão, um outro cômodo trancado, lá deve haver algo, mas não tivemos tempo de tentar ver, o que faremos? ― Questiona, pensativa, gesticulando acima do copo com whisky que segura.
― Boa pergunta ― Devolvo, sentindo a dor da adrenalina tomar os ossos.
― Temos que tirar ela do nosso pé ― diz
Elli com uma firmeza sombria.
Se fosse fácil assim...
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Os escolhidos pela lua-Noites sangrentas. REESCREVENDO
Manusia SerigalaQuando uma família misteriosa se muda para Colorado, uma típica cidade monótona com poucos habitantes, a vida das irmãs Rosalie e sua irmã, muda completamente, do dia para a noite. Com as notícias de recentes mortes pela região, os olhares inevitave...