"As pessoas não são quem elas aparentam ser", talvez você já tenha lido ou escutado isso em algum lugar, assim como "segredos unem pessoas" ou até mesmo "situações extremas, requerem medidas extremas". O engraçado dessas frases é que elas se aplicam...
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- Porque tenho a imensa sensação de que ele sabe de algo que sabemos e está tentando nos manipular para contar? - Camilly perguntou para Hugo assim que saíram da sala de interrogatório.
- Porque é exatamente isso que ele está fazendo - O mais velho responde.
- O que será que ele sabe então? - Victoria perguntou baixo, já que todos estavam na sala de espera aguardando a única pessoa que faltava ser interrogada, Isaac.
- Eu não sei, mas sei de uma coisa que eu sei e só poderei contar quando sairmos daqui - Hugo fala já sem paciência.
Minutos se passam, o que para cada um ali pareceram horas, até que o moreno apareceu no corredor e instantaneamente todos levantaram e seguiram em direção a saída. Não se olharam, não se despediram, apenas seguiram, as três para um carro de aplicativo e o restante para o carro de Hugo, assim como fizeram da primeira vez, assim como ainda irão fazer nas vezes que ainda estão por vir, porque uma coisa é certa: O detetive usaria tudo ao seu alcance para descobrir que coisa ligava todos ali, porque ele sabia que não era só pelo fato da sumida ter sumido, havia uma coisa maior e assim que descobrisse iria com toda certeza e sem sombra de dúvidas, usar isso para conseguir toda e qualquer coisa daqueles pobres adolescentes. Adolescentes? não, não.... na cabeça de Brendran Bennett, daquelas pobres crianças, mas será que elas são tão inocentes assim? Algo me diz que não, no futuro algo te dirá o mesmo.
*****
O mais velho havia feito todos se acomodarem no sofá de sua casa e assim que todos estavam devidamente acomodados ele pegou sua carta e leu em voz alta.
- Conseguiram entender? - Perguntou ao grupinho e tudo o que recebeu foi caras de desdém, porque todos ali já haviam lido pelo menos uma vez aquela maldita carta - Nada? - Silêncio.
O mais velho grunhiu em aborrecimento, porque ele se esqueceu que não era todo mundo que tem uma mente igual a sua, uma mente que sempre guarda tudo, tudo que escuta, tudo que vê e tudo que sente. Alice tinha uma mente como a sua, ela simplesmente tenha pegado essa mania pela própria proteção ou pelo simples fato de odiar não ter controle da situação, algo que os dois provavelmente também... talvez tenham em comum.
- Ela colocou horas exatas, não algo como " as cinco da manhã" o que chama atenção, mas tem uma coisa que chama mais atenção ainda - Hugo fala sem tirar os olhos da carta - Ela disse que passou cinco horas e um minuto fazendo trabalhos escolares...
- E todo mundo sabe que a Alice.... - Camilly fala, como se uma lâmpada tivesse ascendido.
- Nunca ficaria cinco horas fazendo seus trabalhos escolares - Todos falam em uníssono.
A sumida poderia passar horas ou até noites maratonando séries e devorando livros, isso era uma das coisas que mais gostava de fazer... isso é o que se não todos, então a grande maioria dos adolescentes amam fazer. Entretanto, Alice era uma garota inteligente que tirava boas notas e se comportava bem, bem na medida do possível.
