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41. vomitando a verdade

A celebração do aniversário de Tori estava tão animada que ninguém havia percebido que beirava às onze horas da noite. Porém, mal sabiam eles, que a festa estava apenas começando.

Neville, que estivera tão relutante em não ingerir nenhuma gota de álcool, decidira que iria beber, pelo menos, algumas cervejas-amanteigadas, já que seu teor alcoólico não é tão alto. Agora, estava desmaiado no sofá, ainda com uma das garrafinhas em mãos.

Ellen, que estivera sóbria a noite inteira, sentou-se no sofá e aconchegou a cabeça do menino em seu colo. Assim, aproveitou para acariciar seus cabelos, deslizando os dedos carinhosamente pelos fios, e depois descendo para as bochechas rosadas do menino.

Neville respirava pesadamente, como quem estava sonhando. Ellen se perguntou sobre o que sonhava, e se ela estava em seus sonhos. Desde que o garoto a convidara para o baile, vinha sentindo coisas por ele e se perguntava se era isso que significava estar apaixonada, ou coisa do tipo. Entretanto, ao ver que todas as suas amigas tinham um namorado, entristeceu-se com a ideia de que Neville não sentia o mesmo, afinal, por que não tinha feito nada ainda para provar que gostava dela?

No fundo, sabia o porquê. A verdade é que tudo na vida de Ellen havia mudado bastante aquele ano. Antigamente, ela apenas sobrevivia, andando pelos corredores de Hogwarts completamente sozinha. A rotina que conhecia era a de acordar, se alimentar, assistir as aulas, estudar e dormir de novo, para refazer tudo no dia seguinte... sempre sozinha. Não sabia se era algo do destino ou, como lera em algumas histórias trouxas que ficavam disponibilizadas na biblioteca da escola sobre estrelas, que se desejasse tanto algo, aquilo se realizaria. Desde o primeiro ano, pelo o que lembrava, ela pedia todos os dias por amigos. Pessoas que a entendessem e acolhessem.

Nunca imaginaria que, naquele ano, ela finalmente teria amigos, nem mesmo que estaria no aniversário de um deles. Todos os momentos de diversão e a felicidade que eles trouxeram para sua vida, não saberia nunca como devolver. Sentia-se grata.

Mas, quando se tratava de Neville, ela ainda se sentia a mesma menina solitária e esquisita de antes. Perguntava-se diariamente se, aos olhos dele, ainda era aquela menina.

Absorta em seus pensamentos, não notou a aproximação de Lizz, que sentou-se no sofá em sua frente.

— Por Merlin, ele apagou mesmo — riu a loira. — Não o culpo, ele sempre esquece que tem o estômago fraco. Claro, a bebida é uma novidade...

Os olhos dela estavam zonzos por conta da bebida.

— Sabe, ele vai gostar de saber que você ficou cuidando dele enquanto estava apagado.

PRANKS, TRICKS AND MISCHIEF • fred and george weasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora