Como assim, um prólogo do DLC?

1K 104 49
                                    

Alguns dos personagens encontrados nesta história e/ou universo não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, criada de fã e para fã, sem comprometer a obra original.

AVISOS: Heterossexualidade, Bissexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Spoilers.

Oi oi! Esta fanfic é tipo um "spin off" de Tudo o que está em Jogo, então, para entender algumas coisas, recomendo que a leia também caso ainda não tenha. Sim, esse é meu nível de oportunismo. Bora lá!



Assim que abre os olhos, Uraraka Ochako toma um susto.

Nos primeiros dias dessa loucura toda, era assim mesmo: ela nunca podia curtir muito a preguiça de despertar aos pouquinhos, ficar um tempo na cama repensando tudo que tem pra fazer no dia, coisas assim, não era possível pois ela sempre se assustava, e seu coração se acelerava ao acordar e se encontrar nesse quarto excessivamente rosa com uma decoração rebuscadamente fofa. Esse não é o quarto dela, esse não é o mundo dela.

É um mundo de video game, um bem específico, no caso. Neste jogo, ela tem cinco pretendentes e precisa conquistá-los romanticamente. Já é bizarro por si só, mas o Bakugou sendo transportado pra esse mundo também e insistindo que ela "jogue direito" consegue piorar tudo.

Porém, ela vem se virando como pode, fazendo as rotas de maneira atrapalhada e não entendendo porque os personagens desse jogo, com aparências idênticas a conhecidos e amigos dela em seu mundo original, alternam entre não ter nada a ver com eles em personalidade e às vezes serem semelhantes até demais. E assim ela segue até que consiga arranjar outra maneira de sair daqui com o Bakugou.

Mesmo com suas trapalhadas, Ochako meio que já se acostumou com a dinâmica do jogo e com a vida que assumiu aqui: estudante do segundo ano, está no clube de teatro, mora numa vizinhança agradável com seus pais, é meio desajeitada e até boba às vezes, mas gentil e sempre disposta. E o quarto, que a deixa desconfortável de tão lindo, torna-se cada dia mais cômodo.

Não hoje, porque Ochako não está sozinha. Assim que abre os olhos, ela dá de cara com uma garota encarando-a. Olhos magenta intensos e um enorme sorriso em seu rosto com formato de coração, suas marias chiquinhas se cascateiam em cachinhos nas pontas de seu cabelo cor-de-rosa, e leva um segundo para processar quem é, não só por conta do susto, mas também porque ela está com uma roupa diferente do costumeiro uniforme escolar de marinheiro. Isso é... uma fantasia de palhaço?

Otoge Sakura, sua assistente no jogo. Sempre que precisa saber de seus status de intimidade com os personagens ou necessita de algo que a ajude a avançar pelo enredo do jogo, é à ela a quem Ochako recorre. Uma NPC que só aparece quando é solicitada e some assim que cumpriu seu objetivo, sendo alguém que não desperta nem simpatia nem antipatia, já que tem uma função muito específica. Bom, no momento, ela desperta certa curiosidade em Ochako, afinal, por que essa garota está no quarto dela observando-a dormir?

— Bom dia, dorminhoca! — ela sorri, zombeteira.

— Hã... bom dia, Otoge-chan. — a morena se senta, esfregando os olhos — Por que você... por que está aqui?

— Espero que tenha tido bons sonhos, pois nos próximos dias você terá apenas pesadelos! — isso é... uma ameaça? — Hahaha, brincadeira! Ou não, não sei... Ei, Ochako-chan, você sabe que dia é hoje?

A data nesse jogo nunca é muito clara. Por ter sempre árvores florescendo, Ochako presume que estejam entre a primavera e o verão, ou seja, provavelmente algum ponto entre abril e agosto, mas muitos personagens citam que o Festival Cultural está próximo, então poderia ser quase novembro, o celular que recebeu nesse jogo não tem data, e os calendários que compõem o cenário são todos borrados e... espera.

De arrepiar!Onde histórias criam vida. Descubra agora