Apenas amigos

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A equipe de colarinho branco de San Diego vinha procurando um trapaceiro há cinco anos, ele era cauteloso sabia evitar as câmeras, tudo o que tinham sobre a aparência dele era um retrato falado. O lance dele era fraudes de investimento, usava o visual e o charme para atacar mulheres. Ele já havia fraudado centena de milhares de dólares.

— Pessoal esse é o detetive Ian Doyle da equipe de colarinho branco de San Diego, ele trouxe um caso até nós — diz o chefe da unidade.

— Ian! — Emily disse surpresa e pulou da cadeira e abraçou o amigo.

— Emily Prentiss! Que surpresa. — Hotch os observa. Ele pegou a mão dela e a olhou — sem anel, significa que ainda tenho chances- brinca.

— Vai sonhando — ri enquanto se sentava.

— Deixem para socializar depois — Hotch diz sério.

— Então vamos invertigar um caso de colarinho branco? — questionou Derek, pois não era o tipo de caso que a BAU costumava investiga.

— Não exatamente, sigo esse trapaceiro há cinco anos e duas noites atrás ele matou alguém. Carla Marshall de Miami, ela foi achada morta em casa, a causa da morte foi asfixia por estrangulamento.

— Porque acha que foi o trapaceiro que a matou? — Rossi dirigiu-se a pergunta a Doyle.

— Semana passada Carla acessou uma página de fraudes para denunciar um esquema a queixa foi parar na minha mesa. Nos falamos muito ao telefone, a história dela batia com o Trapaceiro, ela queria confrontá-lo mas pedi que cortasse qualquer comunicação com ele e me aguardasse, eu ia até Miami para armar uma arapuca, mas não foi possível.

— Trapaceiro geralmente não matam, e quando matam é para esconder seus crimes — Emily foi realista.

— Eles veem seus truques como um teatro e a si mesmo como "rei das marionetes". Eles precisam ter o controle total de suas vítimas. E se ele está matando é porque provavelmente perdeu o controle- falou o gênio.

— Este homem é o perigo para todos ao seu edor, mas devido ao seu charme as vítimas não perceberão. Partiremos em 30.- então o chefe levanta e sai da sala de reuniões.

...

Eles já estavam no jato, os Agentes da BAU olhavam os arquivos e Doyle passeava pelo jatinho.

— Não acredito que vocês tenham um jatinho — Doyle falou incrédulo. 

— Nos revezamos para pilotar, quer tentar? — Emily não perdeu a oportunidade de tirar uma brincadeira com o amigo, os outros seguram o riso e Hotch a olha desgostoso.

— Sério?

— Não — sorriu dele e ele fingiu decepção.

— Quando pousarmos Morgan e Prentiss vão para a casa da Carla, Agente Doyle podem ir com eles — Ian olhou para Prentiss e piscou- os outros ficarão comigo para o escritório de Doyle. 

O UnSub estava usando dez alcunhas, e usar todas elas estava começando a desestruturá-lo, Hotch acreditava que ele estava tentando apagar as alcunhas se livrando das vítimas.

Na linha do tempo montada por Reid, eles perceberam que San Diego tinha uma ligação com o UnSub, pois nos primeiros crimes ele ficava em cada cidade numa média de quatorze meses e depois ficou em San Diego por três anos e depois nunca na mesma cidade por tanto tempo. Então descobriram que o motivo dele ficar em San Diego era a família, sua esposa e filho.

— Oi, nem tive tempo para falar com você hoje — disse a morena entrando na sala que estava somente Aaron olhando para o quadro.

— Oi — dá uma olhada rápida e volta sua atenção para o quadro. Foi uma resposta seca.

— Você está me evitando? É por causa da outra noite? — ele não responde finge está concentrado no quadro- É o Ian? Tem algum problema com ele?- continuou em silêncio — vai responder alguma das minha perguntas? 

Ele não estava ignorando-a, só não sabia o que responder. Ele não sabia o que estava acontecendo, estava sentindo uma queimação na barriga, um forte sentimento de raiva por Ian Doyle e suas brincadeiras íntimas com Emily. Parecia até.... ciúmes. Não, não podia ser ciúmes, repetia Aaron para si mesmo. Afinal eles eram apenas amigos.

— É... — procura palavras- estou com alguns problemas pessoais — mentiu não encontrando uma resposta- não estou muito afim de interação social hoje.

— Sei — diz desconfiada — Vem, vamos tomar um café, temos uma grande noite pela frente.

Os amigos veem os dois saindo da sala sorrindo, foi uma surpresa ver os dois tão intímos.

— Olha só, Prentiss e Hotch melhores amigos — JJ comenta com os outros membros — Uau! Ela domou a fera.

— Acho que não tem mais nada que Emily não possa fazer — Morgan enalteceu a amiga.

Depois de dois dias eles resolveram o caso com suas mentes brilhante. Enquanto todos estavam se preparando para voltar para Washington, Emily foi se despedir de Doyle.

— Foi bom te ver, pena que teve que ser assim, nessas circunstâncias- a morena o abraça.

— Foi muito bom mesmo — ele sorrir — Vejo que minhas chances com você acabaram. 

— Do que está falando?

— Há quanto tempo está saindo com o seu chefe?

— O quê? Não! Eu e o Hotch? Não, sem chances — tenta convencer o amigo que a ideia é absurda.

— Qual é, Emily? Vi vocês outro dia, estavam tomando café e rindo bastante. A linguagem corporal de vocês era intíma, é claro que estão apaixonados.

— Somos apenas amigos.

— É assim que começa as grandes história de amor. 

— Ian... você vai encontrar alguém que corresponda seu amor. Você é um homem maravilhoso. 

— Espero que sim. Você e o Agente Hotchner formam um belo par. Tchau, Emily. — beijou a testa dela.

— Somos amigos!

...

Emily

Na volta para casa fiquei pensando no que Ian disse. É certo que eu e Aaron estamos ficando mais próximo, é assim o processo de amizade e também somos uma equipe, nos sentimos a vontade perto um do outro, por isso uma linguagem corporal intíma. 

Ele estava fazendo o relatório, ele gostava de fazer quando ainda estava fresco na memória. Estava a vontade, havia tirado o paletó e a gravata. Também desabotuara dois botões da camisa deixando o pescoço livre. Não posso negar que ele é um homem atraente, mas a probabilidade de sermos um casal é mínima.

Eu nunca sei em que pé estamos, uma hora ele é fofo, gentil e um super-amigo. Em outra ele é distante, frio e sério. Eu ficava um pouco hesitante em me aproximar, mas me aproximava mesmo assim, o durão Agente Hotchner não me assusta.

Quando pousamos fui direto para casa, tudo que estava precisando era um banho e uma boa noite sono. Sérgio ficou muito feliz com minha chegada e eu por ver ele. Como é bom ser recebido assim depois de dias longo de trabalho. Abby cuidou muito bem do meu bebê e da casa, Sérgio estava bem alimentado e a casa estava bem arrumada. Pulei na cama e foi questão de tempo até eu apagar.


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