Rompendo

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Emily entrou no escritório e viu algo que não esperava para esta manhã.

Aaron Hotchner estava sorrindo.

E mais, ele estava sorrindo para um bebê. Sim era um bebê. Tinha um casal no escritório dele, e pela linguagem corporal totalmente confortável eles eram amigos íntimos. Ele ainda estava com o bebê nos braços quando os prováveis pais da criança passaram pela porta, eles ficaram parado no corredor, Aaron brincando com o bebê e roçando o nariz no pequeno que estava em seus braços. Um sorriso involuntário surgiu no canto de sua boca. Aaron Hotchner, apesar de tudo, é um fofo.

Mais tarde ela descobriu, através de seus colegas curioso que não se aguentaram e perguntaram para Aaron, que o casal eram velhos amigos dele do seu tempo de promotoria e o bebê havia chegado há exatos dois meses, e com suas carreiras contubardas o tio Aaron não teve tempo para conhecê-lo, então eles o trouxeram.

Foi estranho. 

Aaron de hoje era completamente diferente do Aaron do dia anterior. 

O que ela esperava afinal? Que ele estivesse caindo bêbado pelas paredes aos prantos ou implorando por ela?

Ele é Aaron Hotchner. O estóico Aaron Hotchner. Ele sabe separar suas emoções, ele sabe quais deixar em casa e quais levar para o trabalho. Ele não a arrastou para uma conversa de esclarecimento como ela achou que ele faria assim que ela chegasse. Ele agiu como agiria em qualquer outro dia. 

Ela tinha que admitir que essa calma dele estava fazendo seu estômago revirar.

Eles não tiveram um caso hoje, foi só papelada. Ele passou o dia no escritório e ela duvidou que ele tenha saído para almoçar. Ela era geralmente a primeira a terminar com a burocracia, mas hoje ela foi a última, todos já tinham ido embora. Agora ela estava subindo as escadas para ir ao escritório de Hotch para entregar os papéis para ele assinar. Ela bateu.

- Entre.- ele falou sem olhar para cima, ele estava realmente concentrado no que estava fazendo, ela teve que tossir para chamar sua atenção.

- Relatórios.- ela falou balançando as pastas no ar. Ela estendeu e ele as pegou.

Quando ela pegou a maçaneta da porta ele a chamou, antes de virar e olhar para ele, ela apertou os olhos e cerrou os dentes.

"Droga! Parece que vamos ter aquela conversa." Ela pensou.

- O está acontecendo?- ele perguntou com uma calma que supreedeu os dois. 

Ela abriu a boca para falar mais não saiu nada. Ele levantou foi até a porta e a trancou e depois baixou as persiana. Ela tremeu, ele realmente estava disposto a receber uma resposta.

- Eu não sei o que dizer.- disse apertando a unha de seu indicado esquerdo.

- Pode começar dizendo porque não respondeu meus recados.- sua voz ainda era calma.

- Eu estava com meu pai.

- Emily, eu sei que a família é mais importante, você sabe que eu sei, mas você não poderia tirar cinco minutos para responder um das toneladas de recados que deixei?

- Aaron...- ela não disse mais nada.

O silêncio reinou no local por algum tempo. Ambos olhando para qualquer coisa que não fosse os olhos um do outro.

- Isso está mais difícil do que achei que seria.- ela quebrou o silêncio.

- Podemos fazer isso, podemos continuar com. O que temos é mais que mera atração um pelo outro. Eu gosto de você, eu gosto de nós dois.- ele pegou sua mão e a puxou, deixando-a bem próxima dele- mas no momento parece que você está se afastando, pela primeira vez em nosso relacionamento você parece está fugindo.

- Eu não posso está com alguém que não confia em mim.

- Você também não confia em mim.- ele foi realista.

Ambos teimosos, nenhum cederia seu lado, nenhum largaria seu osso ou daria o braço a torcer. Ambos tinham um ponto, e ambos o defenderiam com toda força que tinham.

- E com razão. Eu não posso confiar em você se você não me dar razão para isso.

- Eu não posso te dá o que você quer, Emily. Pelo menos não agora, talvez um dia.- ele levou a mão ao rosto dela e acariciou. Ele se aproximou mais um pouco e a beijou, foi o beijo mais doloroso que ambos já deram. Ele sentiu o que vinha a seguir.

- Eu não vou embasar nosso relacionamento em um "talvez".

Ele juntou tudo de si para fazer a pergunta que saiu de sua boca.

- Estamos terminando?- ele não queria perguntar, mas ele precisava saber.

Ela baixou o rosto e não pôde evitar deixar uma lágrima cair. Quando ela levantou o rosto ele não precisava ouvir a resposta, ele já sabia. Mas ela respondeu mesmo assim.

- Sim.- disse em lágrimas.

- Se seu medo é que eu te quebre, você não vai impedir isso terminando, nenhum dos dois vai sair impune disso.

- Eu preciso tentar.- então ela saiu.

Ela conseguiu fazer o caminho de volta para casa sem chorar, mas quando ela chegou em casa, abriu e fechou a porta, ela se encostou na mesma e se desatou a chorar. Ela deixou a bolsa cair no chão e continua em pé com as costas na madeira.

- Pequena, o que aconteceu?- seu pai pergunta preocupado. Ele caminhou até ela.

- Eu terminei com ele.- disse aos prantos.

- Oh, querida...- e a abraçou, ela apertou com força os braços ao redor dele. Joseph continuou em silêncio, não sabia o que dizer para consolar a filha.- Vá tomar um banho frio e...- ela começou a chorar ainda mais, algo que ele pensou que não poderia- querida, disse algo de errado?

Banho frio era a solução para tudo de Aaron. Talvez seja exatamente o que ele esteja fazendo agora, banho frio. Ela pensou que aliviaria a dor e angústia quando terminasse a relação. Hotch estava certo, ninguém ia sair ileso dessa.

- Vá, eu prepararei algo para se acalmar.

Ela fez. Ela tomou um banho frio, sendo impossível não lembrar de Aaron. Depois do banho ela vestiu um short de tecido confortável e vestiu uma camisa de Aaron, meio irônico já que ela estava tentando não lembrar dele.

Ela viu o levantar de sobrancelha do pai quando entrou na cozinha, ele estava colocando a água quente nas xícaras que já estavam com sachês de chá.

- Eu gosto dessa camisa.- ela respondeu a pergunta não feita do pai.

- Você gosta dele.- disse com convicção.

- Papai...

- Certo, ignore os sentimentos como sua mãe. Vocês são mais parecidas do que imaginam.- ela ia falar, mas desistiu- venha para o sofá.- disse carregando as duas xícaras.- Quer conversar?- falou estendendo a xícara para ela.

Ela suspirou profundamente e permaneceu em silêncio.

Joseph não acreditava totalmente era sério até ver sua filha completamente destruída na sua frente. Ela estava verdadeiramente apaixonada pelo homem em questão.

- Por que terminou com ele se gosta tanto dele?- Joseph insistiu.

- Estou me protegendo.

- Você está fugindo.

- Não estou.- disse já em lágrimas.

- Pequena, é notório que você já está quebrada e aposto que Aaron também.

- Podemos não falar sobre isso?- ela implorou.

Ela deixou o chá na mesinha de centro e aconchegou a cabeça no ombro do pai e então chorou até durmir.

Em casa, Aaron estava fazendo o mesmo. Chorando até durmir.

Nosso RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora