Paulo e Luna foram melhores amigos na infância, e namorados na adolescência, mas quando Paulo mudou para Itália, muitas coisas mudaram na relação dos dois.
Um relacionamento a distância não é fácil, principalmente entre dois jovens, inseguros, ciume...
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Se me perguntarem sobre você Direi que não é certo Que dói por dentro que você não esteja comigo Te quero comigo
Cuando Nadie Ve- Morat
Luna respirou fundo, era um trajeto de apenas alguns minutos, as ruas de Córdoba estavam cheias como em qualquer dia da semana, pessoas indo e vindo em um constante vai e vem na velha avenida, ela sentiria saudades, constatou.
Estaria de volta a Turim em algumas horas, havia enfim conseguido uma vaga para seu tão sonhado mestrado no exterior, agora lidava com a possiblidade de uma vida em outro país, pela primeira vez em muito tempo longe da mãe e precisava admitir o quanto tudo a apavorava, principalmente por que já não era mais somente com ela que deveria se preocupar.
Acarinhou os cabelos castanhos da pequena dormindo em seus braços, Sara tinha um ano e cinco meses, os cabelos eram iguais aos do pai e ainda que tivesse características de Luna também, qualquer um que olhasse para ela com um pouco mais de atenção saberia que ela era filha de Paulo Dybala.
Depois do término complicado entre os dois, Luna sabia que não havia mais chances para eles, era definitivo, ainda lembrava daquela noite, longas horas em um voo de volta para casa inundada por lembranças dos momentos ao lado do jogador e quando chegou chorou nos braços da mãe.
Decidiu que o melhor era seguir sua vida, se dedicou a sua pós graduação e ao seu trabalho no hospital central de Córdoba como enfermeira, não era como se seus sentimentos fossem ser apagados do dia para noite, mas aos poucos ela conseguia deixar para trás. Paulo também havia seguido sua vida, pelo menos era o que os jornais adoravam esfregar na cara dela a cada nova manchete e ela precisava confessar que algumas haviam arrancando-lhe algumas lágrimas, fazer o certo não significa que não haverá dor, era o que seu pai sempre lhe dizia.
O que Luna não imaginava era que dois meses depois de sua partida de Turim e da vida de Paulo, ela descobriria que estava grávida, que ele havia deixado com ela uma parte significativa dele, era uma tarde quente enquanto passeava com Alba pelas ruas e conversavam amenidades, foram segundos, o mundo escureceu, tudo girou e quando acordou estava sentada em um banco com o olhar de uma amiga preocupada e depois de uma grande insistência da melhor amiga, ela fizera o teste, não é como se àquela altura não já soubesse que as chances de um positivo eram mais que altas.
No início fora um susto completo, ela ficara desesperada, chorou no colo da mãe por uma noite inteira, mas por sorte tinha Letícia ao seu lado, sua mãe havia sido sua companheira em todo esse tempo, a ajudando a cuidar da neta e educa-la da melhor forma possível ainda que sempre se mostrasse contra a atitude da filha de esconder a existência da pequena do próprio pai.
Luna não sabia ao certo porque não contara a Paulo, suas vidas tinham seguido rumos completamente diferentes, ele tinha agora uma nova namorada cujo os jornais gostavam de dizer sobre o quanto pareciam apaixonados, às vezes pensava que não queria reaparecer na vida do jogador como um fantasma e despejar sobre ele uma notícia como aquela, mas a verdade é que ela tinha medo, muito medo e de tantas coisas que ele sempre acabava por vencê-la.