Capítulo 05

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O ultimo do dia,

Tenham uma boa leitura...


Não me pronuncie em vão
Se teu coração ainda está meio partido
Que eu não mereço voltar

Yo no merezco volver- Morat.


- Entra- pediu a mulher, o jogador a seguiu ainda com os olhos sobre a pequena, desviou rapidamente para analisar o ambiente em torno e Luna percebeu que ele se sentia deslocado, Sara encarava a visita intrigada, como se perguntasse quem era.

- Posso...segura-la? -questionou um Paulo inseguro ao analisar a pequena outra vez, ela era linda, definitivamente, bastava olhar e qualquer um perceberia as semelhanças dos olhos verdes, os cabelos castanhos o sinal no canto do rosto, sua filha estava ali e ainda assim parecia irreal, parecia um sonho.

- Claro- Luna respondeu ainda sem saber bem como agir, sabia que eles tinham muito o que conversar, mas entendia o desejo de Paulo naquele momento- Ela às vezes estranha – alertou ao entregar a pequena nos braços do jogador, Paulo a aconchegou e a pequena focou seus olhos nos do jogador, as mãozinhas seguiram para o rosto de Paulo que lhe sorriu, ela pareceu analisar mais alguns longos minutos, quando o jogador foi tomado pelo medo da rejeição ela lhe sorriu e ele sorriu de volta para o sorriso mais bonito do mundo, o sorriso da sua pequena, mas que também era o sorriso de Luna aquele que ela havia dado a ele muitas vezes, ele encarou a mulher um tanto afastada, sabia que ela estaria se sentindo desconfortável, ele também não se sentia em casa, estava tudo uma confusão que ele não sabia quando se resolveria.

- Ela não estranhou você- declarou uma Luna enquanto torcia as mãos e mordia nervosamente o lábio inferior o gesto não passou despercebido por Paulo que respirou fundo se dando conta pela primeira vez que ele sentira saudades dela- Você já jantou? -questionou a mulher e Paulo a encarou por alguns segundos.

- Não- declarou ele.

- Bom- ela respirou fundo, Paulo sabia que ela estava tentando deixa-lo mais confortável- eu ia arrumar algo para mim, você quer? -questionou ela, Paulo decidiu deixar um pouco daquele nervosismo esvair, era estranho que eles que haviam sido tão íntimos fossem agora como completos estranhos.

- Eu adoraria- ele tentou sorrir- Eu posso ficar com ela- declarou sem saber bem o que fazer.

- Claro, ela adora brincar no tapete- Luna seguiu para a cozinha, respirou profundamente soltando o ar quando chegou próxima a cozinha, observou Paulo sentar com a pequena no tapete e desejou que eles conseguissem criar algo ali, sentiu o arrependimento outra vez a consumi-la, segurou as lágrimas antes de pegar algumas panelas e mexer na geladeira, a verdade é que precisava de um pouco de espaço.

Paulo estava concentrado na pequena a sua frente concentrada em seus próprios brinquedos, mas não conseguia se desligar da mulher na cozinha, de vez em quando seu olhar saía da pequena em direção ao cômodo onde ela mexia de um lado ao outro, não evitou o pensamento de que talvez fossem uma família àquela altura, se o tempo fosse outro teria se entregado a isso sem pensar duas vezes, mas a vida tinha seguido cursos diferentes.

Sara lhe estendeu um dos brinquedos, Paulo sorriu apanhando em suas mãos.

- Pra mim? -sorriu radiante, os olhinhos verdes brilharam enquanto ela sorria de volta e ele voltou a brincar com ela, foram longos minutos concentrado em brincar com sua pequena, não se cansava em admirar sua beleza.

Seu celular tocou o nome de Oriana surgiu na tela, ele havia fugido do contato durante todo o dia, não atendera suas ligações na noite anterior, não respondera suas mensagens, sabia que àquela altura a argentina deveria estar furiosa, mas sabia também que ela merecia uma resposta.

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