Capitulo 6 - História Inaudita

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[Em um plano alternativo]

- Lyra ainda está viva!? - Diz Lumina com um vislumbre quase desaparecendo do plano onde se encontra com outros deuses.

- De fato é verdade! - Responde a consciência onipresente. - Todavia, a linha do destino traçada por Aequalitas é incerta uma vez que o equilíbrio deve ser estabelecido.

- Ela está viva, mas não podemos nos comunicar com ela Fae. - Responde Oniris.

Lumina permanece imóvel por alguns instantes, pois sabe o motivo.

- Você sabe porquê não é querida Fae Lumina?

Eridanos surge em meio a chamas azuis surpreendendo os dois. Oniris se enfurece, mas se acalma sabendo que de nada adiantaria sua ira.

- Acalme seus cabelos chamuscados esquentadinho, não vim aqui lhe enfadar. - Diz Eridanos provocando Oniris numa tentativa vaga de não deixá-lo zangado. - Estou aqui por Lumina.

- Então está mais do que óbvio que suas intenções não são das melhores. - Retruca Oniris.

- Lumina, Lumina, Lumina. Algum momento ainda irei entender seu apreço pela vida humana.

Eridanos caminha por entre o plano, observando Fae que permanece imóvel tentando dizer algo, mas sem encontrar as palavras certas.

- Sabe que o motivo de não podermos falar com Lyra é porque deu parte de seu cerne para que ela revivesse, e agora, corrompida por nosso ilustre Almos Balthazar, ela não é mais parte de nós.

- Este é o desequilíbrio causado e que deve ser corrigido. Aequalitas urge por isso. - Diz a consciência.

- Vocês estão me causando sérios problemas com suas almas entrelaçadas entre a vida e Anima Mundi. Sabe que Ziael não é muito paciente quando as almas não ressurgem no ciclo de vida e morte.

- O que está tramando? - Questiona Oniris.

- Fique calmo meu quase querido irmão, não irei interferir em seus deveres divinos, apenas estou fazendo minha parte para cumprir meu papel daquele que se encarrega dos mortos.

Num piscar de olhos, Eridanos desaparece em suas chamas azuis e Oniris por sua vez, se despede de Lumina desejando-lhe boa sorte.

- Engraçado, um deus desejando boa sorte a outro deus. - Observa Lumina.

- Infelizmente você está entre vivos agora Fae. - Responde Oniris se desfazendo em chamas vermelhas.

- Desculpe lhe incomodar vossa deusa, mas por que observa o mar tão atentamente? - Pergunta um jovem tripulante, que teve sua alma tomada por Balthazar.

- Meu caro, eu criei estas águas, desde de tudo que toca o fundo desta terra, até o que corre em suas veias. É meu dever cuidar dele mesmo sem poder. - Responde Lumina.

Com um tiro de sua arma sombria, Balthazar faz o corpo do homem explodir em cinzas, mas que imediatamente se regenera, como se voltasse no tempo.

- VOLTE A LIMPAR O CONVÊS, SEU MONTE DE MERDA!! - Ordena o capitão aos gritos de sua voz corrompida pelas almas. - Já estava na hora de acordar seu pedaço de peixe podre.

Lumina sorri enquanto observa o pôr do sol, pressentindo algo poderoso prestes a acontecer.

- Olha só quem saiu de seus aposentos. Senão é o homem com uma pistolinha medíocre tentando assustar os homens com covardia.

Fae Lumina - A Mãe do OceanoOnde histórias criam vida. Descubra agora