Quanto vale uma vida? Qual o valor real de bens materiais?
Almos Balthazar, um destemido e frio pirata, capaz de matar qualquer um em busca do poder, sofre sua maior penitência por seus crimes.
Em tempos antigos, quando os piratas e enormes embarca...
- Então me diga seu pedaço de peixe inútil, o quê cargas d'água estamos fazendo neste mar sem fim?
- Sempre tão cego quanto uma pedra. Sabe Balthazar, as vezes sinto pena da sua existência grotesca. - Diz Lumina se mexendo dentro da sua prisão de vidro.
Balthazar coloca a mão sobre sua pistola embainhada, mas hesita por alguns instantes.
- Vamos, FAÇA! Atire! Desconte todo seu ódio por mim com essas atitudes másculas, viris e estúpidas que só homens têm capacidade, que é se defender atrás de armas.
Desta vez, mesmo tentando ele sabe que sua arma não irá sair de seu coldre, pois quanto mais tenta matar Lumina, mais a energia entre eles o bloqueia. Furioso ele senta em seu trono com uma pose digna de um rei mesquinho observando sua tripulação organizando pilhas de joias e bens que chegam a transbordar do navio.
- Você se lembra, não é? - Diz Lumina encostando no vidro enquanto o observa fixamente com um olhar curioso. - Mas é claro que sim, posso ver em suas memórias que se lembra perfeitamente daquele dia...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Há alguns anos durante a criação de um novo continente, com uma nova população, um desequilíbrio inexplicável tomou conta de tudo e uma tempestade escomunal cobriu os mares. A entidade dos mares, Fae Lumina enquanto tentava equilibrar a energia durante sua criação e reparar os danos, se depara com um navio perdido, trazido pela tempestade com uma astuta marinheira e seu filho a bordo.
- Fique atrás de mim filho, ela irá nos ajudar! - Diz a mulher enquanto segura seu filho com um braço e o timão com o outro.
Lumina em sua forma divina, mesmo sem conseguir conter a enorme esfera de energia que parecia ter vida própria sugando tudo ao seu redor, parte para tentar salvar os dois no navio que se aproximava rapidamente da distorção.
- Mamãe, estou com medo... - Diz o garoto aos prantos enquanto se agarra a ela.
- Está tudo bem filho, estarei com você, sempre! - Responde a mãe o abraçando, fazendo com que tudo ao redor parecesse não acontecer.
Antes que Lumina pudesse chegar ao navio, ele é atingido por um raio, partindo-o ao meio enquanto arde em chamas. Os dois caem sobre os escombros quase naufragando enquanto se aproximam ainda mais rápido do vórtice de energia.
- Por favor, salve-o! Não vai conseguir salvar nós dois. - Diz a mulher enquanto segura a mão de seu filho entregando para Lumina.
- Mamãe, não... por favor...
- Seja um bom garoto, Balthazar...
Assim que Lumina agarra o garoto, outro raio atinge o navio fazendo-o explodir enquanto a mulher é sugada para dentro do vórtice de energia que desaparece imediatamente.