Parte 20

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Entro na ponta dos pés para ver como está minha princesa, me abaixo ao seu lado na cama e aliso seu cabelinho ela sorrir dormindo beijo sua testa, não sei explicar o que sinto por essa garotinha sempre gostei de crianças não é a toa o meu desejo por pediatria mais com ela é diferente acho que ela me ganhou muito antes da tia.
Fecho a porta atrás de mim e sinto un cheirinho de comida meu estômago chega a roncar, sigo o corredor até a cozinha e a cena que vejo me faz rir.
- Vou arrancar esse sorriso da sua cara voce vai ver. Tento segurar o riso mais não consigo Karol está em cima de um branquinho tentando pegar alguma coisa no armário e ainda assim não alcança ela fecha a cara e me lança um olhar de vou te matar e me aproximo dela pego-a em meus braços e beijo seu pescoço e seu corpo se arrepia beijos seus lábios.
- Deixa que eu pego pra você minha baixinha valente.
- Ra-ra engraçadinho. Beijo mais uma vez seus lábios e pego o prato que ela precisava.
- Não é justo que você só estique o braço e pegue e eu nem com o banco consigo. Faz bico e não resisto tenho que beijá-la.
- Então nos completamos o que falta em você eu tenho de sobra.
Ela sorrir.
- Que cheirinho bom é esse?
- Lasanha ai esquece de perguntar se você gostava.
- Um eu amo comer.
- É eu sei... Ela rir e dou um tapa em sua bunda.
- Aí.... Só concordei que voce adora comer. Sorrio é ela também.
Nos sentamos e nosso jantar foi regado a conversas aleatórias mãos bobas e muitos beijos e me peguei pensando nunca fiquei com nenhuma garota assim tão livre e espontâneo esse é o efeito da Karol em mim.
Ajudo ela com os pratos e vamos pra cama.
Estamos tão agarrados que não sei onde começo e nem onde ela termina.
- Voce tem contato com seu pai?
Repiro fundo pois falar dele é algo que não gosto.
- Não.
- Desculpa não queria te aborrecer perguntando dele. Aliso sua bochecha.
- Voce não me aborrece, a última vez em que nos falamos foi no meu aniversário.
- Que bom ao menos te ligou para dar os parabéns.
- Na verdade ele gritou um monte de merda no telefone e eu desliguei na cara dele. Ela levanta para me olhar nos olhos por um instante.
- Ele sempre foi assim? Desculpe não precisa responder se não quiser, é só que eu sei pouco sobre você.
- Não se desculpe linda, nós estamos nos conhecendo lembra o que quiser saber basta perguntar não vai me aborrecer ele me aborrece não você.
Mais ele não era assim, ficou depois que minha mãe morreu.
Ela aguarda em silêncio e sei que tenho que contar uma parte minha para ela.
- Eu tinha dez anos, minha mãe morreu de câncer e desde então meu pai se transformou nesse ser frio e ganancioso o mais incrível é que minha mãe parecia conhecê-lo bem pois escondeu dele a sete chaves a herança dos meus avós, depois que ela se foi ele não foi o mesmo, eu não recordo quando foi o último parabéns que ele me deu.
- E a sua mãe como ela era você se lembra dela? Sorrio pois falar na minha mãe traz lembranças maravilhosas.
- Ela iria te amar de primeira e ainda formariam uma boa dupla contra mim. Karol rir que seu corpo vibra.
- Era a pessoa mais doce e amável que conhecia, sempre disposta ajudar a todos.
- Ela parecia ser alguém muito especial.
- Sim ela era, um dia estávamos no jardim como todas as tardes depois que ela ficou doente era o único lugar que conseguia ir, ela segurou minhas mãos e disse Rugge um dia você vai amar alguém mais um amor diferente da sua mamãe, e ela vai te amar de volta e esse amor vai ser tão grande que se tornaram um só.
- Que lindo.
- Eu lembro que perguntei quando aconteceria. Karol me olha com seus olhos verdes brilhando.
- Quando seu coração por um segundo parar de bater e o ar lhe faltar, quando o desejo de vê-la for maior do que tudo, quando estiver disposto a qualquer coisa por ela você saberá que esse amor será o seu para sempre.
Karol ofega e lágrimas escorrem por sua bochecha, ela me abraça forte sentindo o mesmo e agora com todas as palavras da minha mãe viva em minha memória eu sei que encontrei o meu para sempre, aquele que não esperei e nem acreditei que um dia chegaria e então ela está aqui diante de mim e sei que vou amá-la por toda a minha vida.
- Rugge... Ela sussurra, não deixo ela terminar a beijo com tudo que há em mim mostrando em um só gesto tudo o que quero dizer, quando nos separamos ela sorrir pra mim e beijo sua testa trazendo-a para o meu peito e ficamos ali agarrados como se um fosse a tábua de salvação do outro, e quando estava quase adormecendo a porta do quarto se abre e um chorinho nos faz despertar.
- Dindinha, dindinha.
Acendo o abajur e Luz está na porta do quarto com seu coelhinho em mãos e o rostinho vermelho por conta do choro.
- Oh meu amor vem cá na dinda vem.
Ela corre para os braços de Karol que beija sua testa, toco nela para ver se está com febre mais não está.
- Voce está sentindo alguma coisa Luz? Karol pergunta e ela faz que não.
- Teve um sonho mal? Ela faz que sim.
- Quer me contar o que foi?
- Eles folam embola Dinda folam embola.
- Quem meu anjo foi embora?
- Papai e mamãe.
- Voce sonhou com eles de novo.
Não era uma pergunta lágrimas se formam nos olhinhos de Luz e isso me corta o coração.
- Ei princesa que tal o tio fazer alguma coisa para você comer hein o que acha? Ela levanta o olhar e se vira rápido para mim se dando conta da minha presença e sorrir se jogando para os meus braços.
- Xixio Rugge...
- Pronto pequena traidora.
- Ela está com ciúmes princesa.
Agarro Karol pela cintura e coloco ela sentada na minha outra perna.
- E agora minhas princesas o que vamos fazer?
- Letinho. Grita Luz e acabamos rindo da sua euforia.
- Ok que Letinho seja.
Karol levanta e vai até a cozinha e eu vou atrás com Luz em meus braços.
Ela prepara o leite e voltamos para o quarto colocamos Luz entre nós dois esperando que ela termine o leite e apagamos as luzes Luz se aconchegou entre nós dois envolvendo o pescoço de Karol e abracei as duas.
E nunca me senti tão em paz.

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