Meu Eu Em Voce

Parte 32

Depois que Angela foi embora nem precisei perguntar a Luz o que Angela falou porque ela já veio despejando tudo com seu idioma criançes vocês entenderam né, só fiquei preocupada com o fato dela dizer que sua vovó estava no céu e ela não queria conhecer nenhuma outra, passamos nosso sábado em clima de filme da barbie e princesas Disney e muita pipoca, Valu e Agus se juntaram a nós no final da tarde os safado já sabiam que meu lindo homem planejava me pedir em casamento e ficaram bobos com a notícia.
O mês passou voando, e não poderia reclamar a loja esta bombando com novas coleções e eu minha linda sócia não poderiamos estar mais felizes, hoje é a festa de colocação de grau dos garotos e estou terminando de me arrumar com Valentina passamos a tarde no salão nos mimando.
- Uau que gata. Digo e assoviu para Valu que sorrir, minha amiga é linda e eu a amo mais que tudo, ainda me dói pensar que logo não estaremos mais a uma porta de distância, Ruggero vem morar comigo já que meu apartamento é maior e aqui temos o cantinho gostoso da Luz e Agustín pediu a Valentina que morassem juntos assim Ruggero presenteou Agustín e Valentina com seu apartamento quando digo que esse homem é maravilhoso.
- Voce também está uma deusa amiga estou tão orgulhosa de você.
- E eu de você. Obrigado por tudo.
- Eu que agradeço vocês foram minha calmaria no meio da tempestade que é minha mãe. Ela revira os olhos.
- Eu a amo, mais ela não se deu conta que seu jeito de me amar machuca mais que tudo e vocês me deram paz, amor e lugar para chamar de casa quando tudo parecia o fim para mim.
Eu te amo Kah e isso não é um adeus ok estaremos algumas ruas de distância, se Ruggero pisar na bola você vai me ligar e eu venho até aqui chutar as bolas dele.
- Eu ouvi isso hein. Ruggero aparece com Agustín na porta do quarto.
- Isso vale para voce também. Digo para Agus que está com a boca arreganhada babando, mais quando olho para Ruggero a expressão é a mesma eu e Valentina trocamos um olhar e caímos na gargalhada.
- Eles não estão mais nos ouvindo. Fala Valu.
- Os dois aí precisam de um lencinho ou vão continuar babando. Digo e eles parecem sair do transe.
- Uau vocês... Uau estou sem palavras. Ruggero cutuca Agus com o cotovelo.
- É.. Hum... Não vou dizer nada vou beber água a garganta tá seca.
- Aleluia Agustín sem palavras caladinho que milagre.
- Ei malvadinha vamos embora.
Valentina gargalha com a forma que Ruggero me chama e eu reviro os olhos.
Chegamos ao salão de festa com todos os formandos da turma e não poderia ficar mais feliz com essa turma, muitos vem ao meu encontro me abraçam e agradecem pela ajuda e estou tão orgulhosa deles, que decidir vou ensinar, não ficar enfurnada em laboratórios como antes desejava.
- Karol. Professor Jonshon me chama.
- Professor. Ele sorrir e levanta a mão para que bata um cinco com ele, começo a rir ele não é disso mais sei o quanto está feliz.
- Os diretores querem falar com você menina. Fico surpresa e o sigo, Ruggero foi se acomodar na cadeira de formandos.
- Olá Karol, como vai? A diretora geral me cumprimenta.
- Muito bem, e a senhora?
- Me chame de você querida sem formalidades.
- Karol, eu me reuni mais cedo com o conselho, e tendo em vista toda a sua dedicação como estagiária gostaríamos que fizesse parte do nosso time.
- O que? Voces me querem em...
- Sim uma sala de aula só para você, claro por enquanto você continua com o professor mais fazendo parte da grade semanal e não só duas vezes por semana, e assim que se formar teremos você no primeiro ano. E então o que me diz, aceita?
- Oh meu Deus, claro que sim, muito obrigado.
- Voce fez por merecer. Ela segura minha mão e aperta piscando um olho.
- Agora vamos lá a cerimônia vai começar.
Quando me viro para encontra meu lugar ao lado de Valentina alguém segura meu braço.
- Senhor Bruno?
- Posso falar com você um segundo?
Olho para frente depois para ele e aceno, ele indica com a cabeça para que eu possa segui-lo.
Fico esperando que ele fale e o homem parece desesperado.
- Olha se está aqui para me criticar, acabar com a minha raça ok, mais não venha esculachar o seu filho.
Eu não vou permitir.
Ele me olha incrédulo.
- Eu não me importo com a sua opinião sobre mim, mais escutar um pai acabar com a raça do filho sem nem o conhecer não tolero é melhor que vá embora ou não respondo por mim.
Você não o conhece, não sabe o homem maravilhoso que ele é, e não tem nada haver com dinheiro, porque  eu não me importo com a sua conta bancária e sim com o que ele sente e vou fazer de tudo para que ele seja feliz.
- Eu sei...
- Como? Pergunto incrédula.
- Eu sei que vai... Eu disse que conheci seu pai. Ele sorrir e isso me faz lembrar de Ruggero.
- Nos éramos amigos, muito amigos na verdade, eu e minha esposa sua mãe e seu pai fomos amigos inseparáveis na faculdade, antes de me transferir para o Brasil, ele me mandou isso, ele me entrega uma carta.
Mio caro amico.
Acertei acho que ainda não esqueci o pouco de italiano que aprendi com você, caramba que saudade de vocês.
Como estão as coisas aí? E o pequeno Ruggero como vai?
Não vejo a hora de juntarmos nossos filhos Gaston e Karol estão enormes.
Seu afilhado está cada dia mais responsável e espero que você esteja cuidando do meu assim como eu cuido do seu e minha garotinha, a ela é doce amorosa e tão corajosa Bruno, é incrível como tem uma mistura da Caro e da Anto nela, nossas garotas são as mulheres mais corajosas que eu já conheci e isso se reflete na Karol, tenho certeza que no dia que ela se apaixonar esse homem será o mais sortudo do mundo. Amigo nós estamos fazendo um tour comemorando nosso aniversário de casamento talvez poderemos fazer uma passada rápida pela Itália vamos tentar, mande beijos para a família e diga ao meu garoto que o padrinho o ama muito e não vejo a hora de jogar futebol com ele, um grande abraço.
Para sempre seu amigo Javier.

A caligrafia do meu pai exatamente como eu lembrava até parece que estou escutando sua voz, a viajem, meu coração se aperta e um nó parece fechar minha garganta foi nessa viajem que os perdi eu ainda era bem pequena e não entendia muito o que estava acontecendo só lembro de tia Natália nos abraçando e dizendo que tudo ficaria bem.
Olho para o senhor a minha frente com os olhos marejados.
- Me perdoa... Ele começa a chorar e eu fico sem palavras.
- Eu não procurei por vocês eu...
Ele respira e lágrimas escorrem por seu rosto.
- Era minha obrigação eu tinha que ter cuidado de vocês eu devia isso a ele...
Eu fui um covarde e me afundei no trabalho e depois quando resolvi voltar porque Antonella estava doente não os procurei e acabei perdendo minha mulher, nada justifica eu sei mais...
Ele fala tudo de uma vez e toco seu braço.
- Está tudo bem. Falo e ele me olha.
- Não... Não está eu fui cruel a pior pessoa ele contava comigo, Caro contava comigo, Anto contava comigo e eu extraguei tudo.
O homem está desesperado e não sei o que dizer, eu não tenho recordação alguma dos meus pais falando deles também eu tinha 5 anos do que podeiria lembrar.
- Eu errei tanto com o Ruggero Karol, a única coisa que minha esposa me pediu antes de falecer eu não cumpri, me afoguei na dor de não te-la e descontei na única pessoa que eu deveria amar e dar tudo de mim, mais eu não conseguia, olhar para ele era vê-la e isso me matava por dentro, e hoje ele não me quer por perto.
Enxugo uma lágrima que cai.
- Olha, só de reconhecer isso já é uma grande coisa, tenho certeza que vocês vão se acertar.
Ele nega rapidamente.
- Não, não depois de quase obrigá-lo a ir para Boston fazer a residência lá.
Isso me pega desprevenida, Boston, Ruggero iria pra lá, claro seria uma grande oportunidade pra ele como médico.
- Mais ele recusou e sei que se ele não tivesse conhecido você talvez, só talvez ele iria, mais não estou te culpando não é isso, e agradeço por você está na vida dele, se ele tivesse aceitado estaria mais longe do meu filho e teria feito mais uma burrada, está me entendendo por favor, eu sei que fui cruel não estou culpando você de nada e sim agradecendo, obrigado por esta ao seu lado e por favor não o deixe ele ama você eu sei, como ele te olha era o mesmo olhar que eu tinha sobre a minha esposa é o mesmo olhar do seu pai para sua mãe e esse amor é para sempre, cuide dele Karol eu vou estar sempre por perto só queria te dizer isso.
Eu me jogo em seus braços pegando-o totalmente de surpresa e o abraço forte.
- Obrigado por isso, obrigado por ter sido amigo dos meus pais e obrigado por me aceitar e deixar que eu cuide do seu menino, sogrinho. Seu peito vibra e ele rir.
- Acho que isso foi arte do seu pai sabia, ele deve está la em cima rindo da minha cara agora.
- Ah com certeza está. Eu.. Eu não tenho nada que perdoar, não tenho mágoa alguma e fico muito feliz que está aqui para ver seu filho e por ter me procurado. Ele assente.
- Venha tenho certeza que ele ficará feliz em vê-lo nem que seja de longe.
Ele nega e eu faço uma cara feia pra ele.
-Ok, voce é assustadora como sua mãe. Dou risada e passo o braço no seu para que ele venha se sentar junto a mim, não sei o que me deu so não tenho mágoa dele, todos merecemos uma segunda chance e esse pode ser um recomeço para Ruggero e se eu posso ajudar porque não.