Parte 42

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Vim para Boston distruido, eu disse que iria respeitar e vou cumprir com a minha palavra ela não quis me ouvir e vou aceitar não vou ficar correndo atrás, meu único erro foi não ter ficado atento o suficiente a porta de casa.
A conversão termina e vamos almoçar, depois do almoço estou na área de médicos tentando entender um procedimento que a doutora Camila está me explicando mais meu coração e minha cabeça estão no Brasil, graças a Agus falo todos os dias com Luz, escuto vozes alteradas no corredor e uma voz que...
Levanto e a doutora me segue abro, a porta.
- Senhora não pode entrar essa alla não é permitida.
- Não me interessa meu marido está aí dentro e eu vou entrar.
Se fosse em outra ocasião estaria me acabando de rir porque a situação é realmente louca, Karol está aqui brigando com os seguranças e enfermeiras no seu mais perfeito inglês. Esperem. Karol aqui?
Eeee... Puta merda eu sou o marido.
Me aproximo e ela parece um leão raivoso já vi esse olhar antes amigos ela não vai ceder.
- Está tudo bem pessoal, ela está comigo.
- Voce é o marido? Confirmo.
- Cara coitado de você espero que não tenha feito nada grave demais ela é um furacão.
- Oh amigo eu sei.
- Ei o furacão ainda está aqui. Ele rir e da um tapinha nas minhas costas me deixando sozinho com meu furacão.
Então me viro para ela e espero porque nada no mundo vai fazer eu pedir para ela me ouvir.
- Oi. Ela diz.
- Oi.
- Eh.. Será que podemos conversar?
- Achei que não queria me ouvir?
- E não quero. Franzo o cenho e ela revira os olhos frustrada.
- Eu não peguei um avião para isso  e sim... Meu nome soa nos auto falantes.
Doutor Pasquarelli em pediatria.
- Tudo bem eu vou ficar aqui quietinha não vou atrapalhar.
Faço que não pois não vou deixa-la aqui tiro da minha carteira minha chave do hotel e um documento meu.
- Vá para o hotel e me espere, não sei que horas termino aqui não vou deixa-la vagando pelo hospital.
- Tá me chamando de alma penada? Levanto uma sobrancelha e a encaro.
- Ok mandão eu vou.
Ela pega a chave da minha mão e me dar as costas. Então deixo escapar um sorriso ela não fez essa viajem toda para gritar comigo não é mesmo? Assim espero.
Vou para ala pediatrica e meu treinamento começa a todo gás.
Quando volto para o hotel estou tão morto que quero só um banho e cama mais então lembro de Karol.
Abro a porta do quarto e está tudo escuro entro e perto da janela a luz do abajur está acesa, Karol está deitada no sofá dormindo, preciso de um banho antes de enfrentar a fera e então vou para o banheiro tomo um banho bem quente e relaxante visto uma cueca e uma camisa volto para o quarto ela continua dormindo então a pego no colo e levo ela para a cama, ela resmunga alguma coisa então se aconchega no meu peito e aproveito esse momento de te-lá em meus braços.
Beijo sua e testa e puxo o cobertor vou até a poltrona para desligar o abajur e volto para cama queria tanto abraçá-la mais não quero que acorde me odiando ainda mais.
Só que não consigo dormir me viro de um lado para o outro e então Karol se senta na cama e levanta correndo para o banheiro, fico onde estou o que deu nela.
Quando volta abre a bolsa atrás de alguma coisa, onde está onde está? Resmunga.
- Karol.. Chamo.
- Karol o que houve?
- Eu quero...
- O que você quer?
- Um açaí gigante com morango e muito leite condensado. Ela passa a língua nos lábios como se estivesse desejando muito isso.
- Voce está bem? Quer dizer está acordada.
- Arg. Claro que estou, que merda porque não encontro.
- Não queria te irritar eu só fiquei...
Ela levanta o rosto na mesma hora e como se estivesse se dando conta que estou aqui.
- Oh... Ela deixa a bolsa de lado e se aproxima da cama.
- Desculpe não quis ser grossa não tinha nem me dado conta, que horas são?
- Três.
- Voce está se sentindo bem, correu para o banheiro.
- É minha bexiga está sendo deputadas agora e minha correria no banheiro está mais frequentes... E como se desse conta novamente que está falando comigo.
- O que veio fazer aqui Karol?
- Rugge eu...
- Não me diga que fez essa viajem longa para continuar brigando comigo, eu respeitei seu espaço, não te liguei mais, não vou ficar em cima, não quer mais não quer, não vou mais insistir então o porque está aqui?
- Sinto sua falta. Meus olhos se arregalam.
- Eu amo você Rugge e sinto muito por não te ouvir, por não confiar em você apesar do que eu presenciei.
- Então você sabe que... Ela faz que sim.
- Eu sei de tudo e me sinto um monstro por ter machucado você, ter falo todas aquelas coisas eu sinto muito mesmo espero que consiga me perdoar por isso.
- Como você soube?
- Jennifer.
- O que ela fez? O que aconteceu?
- Bem na verdade o que ela não fez seria a pergunta mais correta.
- Não estou entendendo Karol.
- Ah eu desci o cassete nela dentro do banheiro em uma lanchonete acho que depois disso ela nunca mais vai dar as caras. Fico em chock por um instante.
- Espera ela falou para você...
Ela me interrompe e levanta e levanto juntamente com ela.
- Não importa como Rugge eu sei da verdade e me sinto péssima por não deixar que falasse.
Fico em silêncio e ela me encara.
- Será que... Uma lágrima risca seu rosto. - Voce seria capaz de me perdoar? Seria capaz ainda de me amar novamente de me querer de volta na sua vida.
Um suspiro de alívio sai dos meus lábios e meus ombros relaxam ela me olha apreensiva e eu me aproximo.
- Era tudo o que eu precisava ouvir.
- Eu te amo linda, não deixei de te amar nem por um segundo.
Ela sorrir em meio às lágrimas e seguro seu rosto enxugando suas lágrimas e a beijo em seguida.
Que saudade que estava desse beijo.
Então nos afastamos com selinhos e ela sorrir.
- Então agora eu vou dizer o que vim fazer aqui.
- Estou confuso agora. Ela se afasta e pega uma sacolinha pequena que estava em cima do sofá e me entrega.
Abro a sacola e tiro um sapatinho cor de rosa de dentro. Franzo mais ainda o cenho, então vou me dando conta do que ela quer dizer e meus olhos se arregalam.
- Voce....
- Sim você vai ser pai Rugge... Não deixo ela terminar pego-a em meus braços e giro com ela.
- Rugge vai me diexar tonta. Ela fala rindo.
- Ops, eu... Isso é verdade quando você descobriu?
- Bem isso vai ser difícil mais em minha defesa eu estava puta então não me julgue de qualquer maneira eu iria te contar. Estreito meus olhos pra ela.
- Foi no dia que tudo aconteceu, eu sair dali e passei mal fui parar no hospital e o médico fez vários exames e já veio me receitando coisas para gravidez e eu não tinha ideia que estava, mais eu ia te contar eu só precisava de um tempo para a raiva passar. Puxo Karol para os meus braços e abraço forte sentindo seu cheiro, cheiro de lar porque ela é meu lar.
- Tudo bem linda já passou, mais promete pra mim não vamos esconder nada um do outro e que vamos conversar mesmo que esteja puta comigo.
- Eu prometo Rugge eu não vou duvidar nunca mais do seu caráter foi horrível ficar sem você e não quero isso nunca mais.
- Que bom pois não pretendo deixar você ir, foi horrível a sensação de te perder Karol, parecia que estava me rasgando ao meio e não quero repetir.
- Nunca mais. Ela diz e eu repito.
- Nunca mais.
- Agora será que dar pra fazer amor loucamente comigo estou beirando uma desesperada e esses hormônios não ajudam, preciso de sexo Rugge preciso urgente. Dou risada do seu desespero.
- Seu pedido meu amor é uma ordem.
É não demora muito para que eu esteja dentro dela, no melhor lugar em que eu poderia está longe de todas as frustrações e problemas sei que esse é o meu lugar meu ponto de paz.

Ainda não é o fim.

Meu Eu Em VoceOnde histórias criam vida. Descubra agora