Me segurar é pouco eu estou na beira do precipício querendo desmoronar mais não posso, eu tenho que ser o porto seguro dela.
Oh meu Deus me ajuda preciso de forças. Peço baixinho e meu pensamento vai diretamente no meu irmão e em Malena, olho para Luz e vejo os dois ali em um só.
- Meu amor olha você não precisa ter medo ok, aquela mulher é a sua vovó a mamãe da Malena e não importa o que aconteça a mamãe não vai deixar você ir com ela entendeu, eu vou fazer de tudo Luz para que isso não aconteça.
Ela faz que sim e me abraça.
- Agora vamos lá, o juiz vai querer conversar com você e quero que me prometa que vai falar tudo o que quiser certo sem medo algum mamãe e papai vai está ali do lado, não fique com medo de responder.
- Tá bom mamãe eu vou falar com o homi selio. Sorrio pelo modo em que Ruggero descreveu o juiz para ela.
Saímos do banheiro e encontro Ruggero meu sogro e Adrian no corredor me esperando para entrar.
- Karol agora é sua vez, ela já foi ouvida pelo juiz. Assinto e me abaixo na altura de Luz dou um beijinho no seu nariz.
- Já volto. Ela acena que sim e entro.
Me sento onde me orientam de frente para o juiz.
- Bom dia senhorita Sevilla.
- Bom dia meritíssimo.
Ele se acomoda na cadeira na ponta da mesa olha alguns papéis então se vira para mim.
- Me conte Karol como conheceu a mãe da pequena Luz, Malena Ratner.
Então um pequeno e discreto sorriso surge nos meus lábios e agradeço a ele mentalmente por me lembrar dos momentos bons.
- Meu irmão participava de uma associação que dava aulas para crianças gratuitamente como dança, teatro, skate, patins, pintura, ele ensinava a criançada a andar de skate e Malena dava aulas de dança se conheceram ali, eu a conheci na minha casa em um jantar que fizemos especialmente para ela, era a primeira namorada que ele me apresentava e sabia que era especial, nos tornamos muito amigas chego a pensar que nossa ligação foi de irmãs mesmo, pois tudo eu corria para ela e contava e ela me aconselhava ou me dava puxões de orelha ela era incrível.
Solto suspiro e então me dou conta que chorei.
- Desculpe. Falo e ele assente, seco minhas lágrimas rapidamente.
- Nos conte um pouco como foi a vida depois da morte dos seus pais e como foi a descoberta da pequena Luz?
Não consigo não sorrir.
- Eu e Gaston crescemos com nossa tia depois da morte dos meus pais, era nossa parente mais próxima e nos amou muito só tenho a agradecer por tanto amor e dedicação conosco, quando Gaston completou dezoito anos ela se foi parecia até que estava so esperando, então foi a vez do meu irmão cuidar de mim e eu dele e conseguimos, meu irmão trabalhava, descobrimos que papai tinha nos deixado uma casa e titia também então vendemos uma e guardamos o dinheiro para uma emergência.
Meu irmão fazia trabalhos voluntários e sempre me incentivou a estudar, quando descobrimos que Malena estava grávida foi uma grande felicidade para nós depois de tantas perdas um bebê em nossa família era como acalentar nosso coração ferido.
- E como foi com os pais da Senhorita Malena pode nos contar? Faço que sim.
- Eu não estava presente e meu irmão ficou no carro só sei o que ele me disse, ele não era aceito pelos seus pais.
Bem ao menos não pela sua mãe, quando Male descobriu seu medo era esse contar a mãe, o pai era mais tranquilo mais sempre deixava a mãe comandar em tudo.
Escuto um muxoxo nas minhas costas e me viro encontrando Clarissa a mãe de Malena sentada ouvindo me viro novamente para o juiz e ele a olha sério.
- A mãe não aceitou de jeito nenhum e impôs a ela se não tirasse a criança ela iria pra rua, Male não aceitou então a mãe a expulsou de casa, mais não assim com palavras a pegou pelo braço e levou proprio até a porta e a fechou sem dó na cara dela.
Malena não dormiu bem por noites chegamos até a levá-la para a emergência pois a encontramos desmaiada no banheiro, ela não se alimentava e estava muito fraca, foi doloroso vê-la assim, ela aos poucos conseguiu seguir com a vida dela tinha acabado de terminar a faculdade conseguiu um emprego com a ajuda do pai em um escritório de advocacia.
- Então o pai a ajudava?
- Sim, depois de alguns meses do ocorrido ele a procurou pediu perdão pelo que aconteceu por não ter defendido a filha, ele acompanhou o nascimento da Luz e em todas as festinhas ele sempre esteve presente.
- Ela está mentindo. Escutamos a mulher falar.
- Senhora peço que se quer assistir fique em silêncio não vou tolerar interrupções. Fala o juiz e eu abro a bolsa pegando as fotos.
- Se me permite senhor. Ele assente e entrego, são fotos de Male grávida com o pai acariciando e beijando sua barriga, o nascimento da Luz no hospital e de todos os quatro aniversário dela, tudo ali, ele olha com cuidado e as juntas em cima dos papéis.
- Então a avó não conheceu a menina?
- Nem por foto eu acredito, ela nunca procurou a filha quando estava viva e não me lembro de se quer algum telefonema, Luz não a conhece, sabe da sua existência eu sempre falo para que ela não esqueça que tem ainda, mais não, ela não conhece a neta.
- Se tratando de uma criança ela vai te considerar uma mãe para ela.
- Sim, na verdade ela já considera, fomos acompanhada por uma piscicologa assim que eles se foram e ela me disse sobre a figura materna e paterna para Luz.
- E você está bem com isso, digo é ainda muito jovem e ter uma responsabilidade tão grande em mãos que é uma criança?
- Absolutamente, não me vejo sem a Luz, ela é uma parte do meu ser sou sua mãe de coração nunca jamais vou substituir Malena e sempre repito a ela isso ela ganhou mais uma, quero que ela cresça com a pequena memória dos pais e que eles a amaram com todo o ser, e que eu a amo assim também.
- Voce pretende se casar justo?
- Sim, não agora porque quero terminar a faculdade.
- E seu noivo como é o relacionamento dele com a Luz?
- Sinceramente? O juiz faz que sim.
- Temo até que a ama mais do que eu. Vejo um pequeno sorriso se formar no rosto do juiz mais ele logo fica sério.
- Ruggero é um pai tão babão, ele nem se dar conta disso, seu amor por ela, a dedicação ao preparar seu leitinho antes de dormir, ao contar uma história as horas na frente da TV assistindo as princesas e comendo pipoca os passinhos horríveis que eles fazem juntos dançando ou quando ele aparece de madrugada ao sair do plantão so para dar um beijinho de boa noite e velar seu sono para que não tenha pesadelos, tenho certeza que não teria escolhido um pai melhor para ela.
O juiz faz que sim.
- Bom senhorita nós encerramos por aqui, vou ouvir a pequena Luz.
Assinto e agradeço quando me viro não vejo a avó de Luz mais meus olhos param naqueles que me fazem perder o juizo e meu coração da um solavanco, o amor expresso ali me preenche a alma, me aproximo e ele me abraça forte.
- Eu nunca me dei conta de tudo isso que fazia, para mim é tão pouco.
- Voce então precisa se ver pelos meus olhos e tenho certeza que pelos dela também. Ele sorrir e beija minha testa.
- Por falar nela cadê?
- Está com o vovô babão, sério amor ele consegue ser pior que eu, ela faz beicinho e ele não resiste.
- Oh meu Deus estou ferrada com vocês. Na mesma hora Bruno entra com Luz no colo e não consigo me segurar acabo rindo e Ruggero também.
- O vovô não resistiu ao beicinho e te encheu de chocolate não é? Ela sorrir e faz que sim, abro a bolsa e tiro um lencinho de lá limpando sua bochecha cheia de doce.
- Não posso dizer não a minha neta. Estreito os olhos para ele.
- Ok eu vou dizer só de vez em quando.
- Só não compre a loja inteira de doces ela vai ter dor de barriga. Falo sorrindo porque até para mim é difícil negar alguma coisa.
- Está na hora da Luz, vocês podem se sentar vai dar tudo certo.
Assentimos e pego Luz pela mão levando-a para a cadeira e sussurro.
- a dinda está ali. Aponto pra cadeira onde estamos e vejo Angela entrar e sentar do outro lado da mesa ela acena para mim e saiu.
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Meu Eu Em Voce
FanfictionDe repente mae responsável legal por alguém, Karol vai enfrentar muitos altos e baixos para sobreviver e finalmente poder viver um grande amor.