thirty three || will

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O resto da aula foi entediante, quando o sinal tocou eu percebi que estava bem cansado e apenas caminhei pra casa.

Quando cheguei subi para o meu quarto e me joguei na cama, nem lembro quando dormi só sei que acordei só no outro dia.

[...]

Mais um dia tendo crise de ansiedade, sinto que a qualquer momento uma bomba vai explodir sobre minha cabeça e isso estava me estressando mais do que eu gostaria de admitir.

Caminhei até a escola e infelizmente Nathaniel me viu depois que passei o portão, o loiro caminhou até mim.

— Oie Byers, como vai? — Ele pergunta.

— To bem e você? — Pergunto fingindo ter interesse no que ele tinha pra falar.

— Estou bem também, já falei com as garotas, combinamos de ir na biblioteca pra fazer o trabalho, depois da escola. — Ele diz.

— Biblioteca? Por que não fazemos em casa? — Pergunto.

— Porque na biblioteca temos acesso a mais informações do que em casa, e eu preciso tirar uma nota boa nesse trabalho pra continuar no time. — Nathaniel explica e eu apenas concordo.

— Então tá, nos vemos depois. — Digo me afastando dele.

— TCHAUZINHO BYERS. — Ele grita e eu só aceno pra ele.

Caminhei até a sala de aula, quando cheguei vi que ainda não tinha ninguém. Acabei optando por dormir até o sinal tocar.

E foi isso que eu fiz, deu uns 15 minutos de soneca até todo mundo entrar na sala. Mike me deu "oi" e se sentou atrás de mim, ele parecia triste.

— Tá tudo bem Mike? — Pergunto me virando para trás pra conseguir falar com ele.

— To com sono, só isso. — Ele responde coçando os olhos.

Concordo e me viro pra frente de novo, tento manter minha atenção na aula.

[...]

Depois de três horas ouvindo a professora explicar algo sobre história o sinal tocou e ela nos liberou. Max foi a primeira a sair da sala dizendo que estava com muita fome, Jane a seguiu.

Michael estava dormindo em cima de sua mochila, ele estava mesmo cansado. Depois de todo mundo sair da sala eu dou um beijo na bochecha dele e saio também. 

O intervalo passou rapidamente assim como os dois períodos que restavam, quando bateu 12:30 a professora nos liberou para ir embora. Infelizmente eu não iria né, tinha que fazer aquele trabalho idiota.

Nathaniel, Jane, Max e eu nos encontramos na saída e fomos para o shopping. Depois de caminhar por uns 20 minutos chegamos no StarCourt.

Até que Nathaniel não estava errado, conseguimos um monte de informações para o nosso trabalho lendo livros antigos, claro que também pesquisamos coisas na internet mas a maior parte do nosso trabalho foi tirado dos livros.

Já havia se passado duas horas que estávamos sentados em uma mesa da biblioteca pesquisando as coisas, Max parou de ler e começou a bufar.

— Acho que podíamos fazer uma pausa né? Estamos no shopping, deveríamos estar comendo algo. — Max diz, manhosa.

— Aí eu concordo, podemos terminar isso amanhã. Afinal a data de entrega é só semana que vem. — Jane completa.

— Concordo, vamos comer algo então? — Nathaniel se pronuncia.

Tive que concordar, apesar de não gostar da ideia de passar mais tempo na presença daquele garoto, eu estava com bastante fome. Nós guardamos nossos cadernos e arrumamos os livros em seus devidos lugares, depois disso saímos da biblioteca.

Então subimos de escada rolante até a praça de alimentação, no meio do caminho Max decidiu que queria comer cachorro quente e me deixou sozinho com o Nathaniel.

— Eu quero hambúrguer e você? — Ele pergunta.

— Eu também. — Respondo e então caminhamos até o Mc Donalds mais próximo, fizemos o nosso pedido e na hora de pagar Nathaniel não me deixou tirar dinheiro do bolso.

— Tudo bem, eu pago. — Ele diz e eu não o impeço, ele que se ofereceu né.

Pegamos nosso lanche depois de um tempo e nos sentamos em uma mesa lá perto, Max e Jane não deram as caras.

Depois de um tempo jogamos os papéis de lanche no lixo e saímos do shopping, Max havia me mandando uma mensagem dizendo que ela e a Jane já tinham indo embora, fiquei puto mas destracei.

— Você já vai pra casa? — Ele pergunta.

— Aham. — Respondo.

— Quer uma carona? — Nathaniel pergunta.

— E desde de quando você tem carro? — Pergunto.

— Não tenho mas vou chamar um uber e daí posso pedir pra ele pedir lá. — Ele explica.

Dividir um uber com o Nathaniel? Nunca.

— Não precisa, eu vou andando. — Falo.

— Na verdade acho que vou passar no parque que tem aqui perto pra comprar um milkshake, você quer um?

Comida eu não recusava, então acabei aceitando e fomos até o tal parque. Ele me comprou um milkshake de chocolate e ficamos caminhando por ali. Em vez de ficar puto porque Max me abandonou eu pensei que seria um bom momento pra saber mais coisas sobre o Nathaniel.

— Então Nate...por que se mudou pra cá? — Pergunto e tomo um gole do meu milkshake.

— Minha mãe queria recomeçar a vida. — Ele responde.

— Por que?

— Meu pai traiu ela e isso meio que acabou com a nossa família, ela achou melhor nos afastarmos de toda essa bagunça que meu pai fez. — Ele diz.

— Meus pais também são separados. — Eu digo sem pensar, novamente esqueci com quem estava falando mas agora já tinha feito a merda né.

— Sinto muito Byers, essa coisa de pais que só brigam é uma merda. — Ele diz.

— É....

Depois de falar isso percebi que ele ficou meio abatido e depois disso se calou. Nathaniel tem sentimentos?







Ruim, tchau

𝗍𝖾𝗑𝗍 | byler Onde histórias criam vida. Descubra agora