thirty five || will

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Hoje era sexta feira e isso é ótimo, essa semana pareceu tão longa. Saímos da sala no último período pra ver algo no laboratório, aproveitei pra sentar no lado de Max e conversar sobre a Nathalia.

— Nossa a mãe do Nathaniel é bem criativa com nomes pelo jeito. — Max diz depois de ouvir a história.

— Pois é, talvez possa ser a Nathalia né? Pensa bem. Nathaniel também disse que ela não gostou muito de vir morar aqui, talvez ela queira se divertir fazendo isso tudo. — Falo.

— Pode ser, depois da aula eu procuro algumas coisas sobre ela. — Max diz e eu concordo.

E então assistimos a última aula da semana, e felizmente depois de cinquenta minutos o sinal bateu. Estávamos livres.

Peguei minha mochila e saí da sala sem esperar ninguém, isso fez com que Michael viesse atrás de mim.

— Ei por que não me esperou? — Ele pergunta.

— Tô com sono. — Falo.

— E eu tô com saudade do meu namorado, será que a gente pode sair juntos hoje? Só nós dois? — Ele pergunta e eu sorrio ao ouvir a palavra "meu namorado".

— Você tem namorado? — Pergunto.

— Claro que tenho, você. — Ele fala e pega minha mão, me puxando pra fora da escola.

Eu estava com vontade de sair com ele então nem reclamei dele me puxar. Michael pediu um uber e disse que iríamos só sair, sem destino.

Quando Michael falou "vá aonde você quiser senhor" para o moço do uber, eu ri. O moço ficou confuso demais, porém obedeceu.

Depois de uns dez minutos o moço estaciona e diz:

— Esse é o meu lugar favorito na cidade, espero que gostem. — Mike paga o moço e depois saímos do carro.

Olhei pra frente e vi um enorme prédio com um letreiro na frente "Teatro". Ótimo.

— Sério? Um teatro? — Pergunto.

— Melhor do que nada Willhelm. — Mike diz e pega minha mão.

Caminhando até o teatro e entramos no prédio, Michael comprou dois ingressos para um peça de conto de fadas que ia ter. Pode ser chato mas eu estava com ele, então tudo bem.

Pegamos nossos lugares na sala da peça e esperamos, antes de começar Michael levantou pra ir no banheiro e eu achei essa a oportunidade perfeita pra acabar com essa história de mensagens.

Peguei meu celular e entrei no meu segundo WhatsApp, quando te tentei mandar mensagem pra ele como o "desconhecido" vi que não deu certo.

Tentei de todas as formas mas aparecia que meu chip não estava inserido, que idiotice. Abri o meu celular pra ver se meu chip estava fora do lugar e percebi que não estava lá.

Mas como assim não estava lá? Eu nunca tiro esse chip do meu celular. Como simplesmente evaporou de lá?

— Tudo bem Willhelm? — Michael perguntou, nem percebi ele chegando.

— Claro...tudo de boa. — Respondo e sorrio.

[...]

A peça inteira eu fiquei preocupada com a história do chip, se eu não mexi alguém provavelmente roubou de mim. Mas por que alguém iria querer isso? Talvez tenha sido o Nathaniel, deixei minha mochila perto dele no dia do Shopping.

— Não foi tão ruim, né? — Michael pergunta assim que saímos da sala.

— Não, foi até que divertida. — Digo sendo sincero.

Tinham partes que foram engraçadas.

— No momento eu estou com fome, o que acha de irmos comer algo e depois eu te levo pra casa? — Ele pergunta.

— Eu acho incrível. — Respondo e ele pega minha mão.

Nunca achei que andar de mãos dadas na rua com alguém era bom, até eu andar de mãos dadas na rua com alguém.

Caminhamos até um Burguer King que tinha ali perto, fizemos nosso pedido e depois sentamos em uma mesa pra comer.

Ficamos falando sobre várias coisas e planejando o nosso próximo encontro, Michael estava sendo bem criativo com essas coisas.

O celular dele apita e ele pega pra ver.

— Acabei de receber uma mensagem daquele garoto que te falei. — Ele diz olhando para a tela.

COMO É QUE ELE RECEBEU UMA MENSAGEM DAQUELE GAROTO SE AQUELE GAROTO ERA EU?????

— É? e o que diz? — Pergunto.

— Coisas ruins. — Michael diz e deixa o celular de lado.

— Coisas ruins? Tipo o que? — Pergunto.

— Ah xingamentos, ele deve estar estressado, sei lá. — Michael não deu muito bola pra isso.

Parece que o "N" está atacando novamente, senhor amado, o que eu fiz pra merecer isso?









Capítulo pequeno enfim

𝗍𝖾𝗑𝗍 | byler Onde histórias criam vida. Descubra agora