A noite fez o poeta
Comeu a bicicleta
E apertou o coração partido
Assim a noite se cortou
Fez um buraco
Inencontrável nessa escuridão
Que ninguém conseguiu fechar
E desde então
A noite manca ensanguentada
Com um rumo tristonho
Procurando alguém que a veja
Ela virou o momento perfeito para os corações quebrados
Encontrou a morte que vive em cada poesia
Não conseguiu ser outra
Precisou virar o oposto
Para ver o dia mudar
E ela se recuperar
Aos poucos sua melodia desmoronou
E no silêncio manco
Ela nos deixou

VOCÊ ESTÁ LENDO
Melancolia - O que tece o turno de sintoma ao taciturno
PoetryDe todos os anos, que se foram, que perdemos. De toda a vida, que escolhemos, que é sabida. De todos os sentimentos, que criamos, que são cinzentos. De todas as tristezas, que não cabem, que são defesas. De todos os sintomas, que escondemos, que vir...