Do seu cúmulo
Ao meu túmulo
Sou o casulo
A entrada que não existe
A saída que se omite
Sou o ópio
O costume do consórcio
Sou a fuga e a recaída
Viro-me em versos
Para que você tenha uma vida
Sou a lenda
E sem querer
A encomenda
Viro-me em avessos
Para que não reconheça a minha comitiva
Do seu absurdo
Ao meu voo noturno
Sou a veste sem contorno
A abominação sem adornos
Sou o excesso
Indefeso e expresso
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Melancolia - O que tece o turno de sintoma ao taciturno
PoesíaDe todos os anos, que se foram, que perdemos. De toda a vida, que escolhemos, que é sabida. De todos os sentimentos, que criamos, que são cinzentos. De todas as tristezas, que não cabem, que são defesas. De todos os sintomas, que escondemos, que vir...