Não sei se é por perder os cabelos
Mas parece que estou perdida nesse tempo
Pode ser a elasticidade que se foi
Mas achei vários conceitos que ficaram
Não sei em qual ponto vou me afundar em insanidades
E quem será a minha consciência?
Alguém notará a minha demência?
Não sei se fará diferença de onde estou
Se perder meu caminho
Nada me garante que alguém vai me achar
Já não sei mais o que vou pensar
Do que vou gostar
Quem vai de mim gostar?
O meu tempo escorre nos meus dedos
Construí coisas efêmeras
Vi tudo ir embora
Restando-me apenas calos
Me encontro frágil
Estou vendo que eu sou mais uma coisa que passa
Um papel que se amassa
E não consigo saber
Quanto tempo ficarei
Até quando vou querer
Esse meu desmerecer
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Melancolia - O que tece o turno de sintoma ao taciturno
ŞiirDe todos os anos, que se foram, que perdemos. De toda a vida, que escolhemos, que é sabida. De todos os sentimentos, que criamos, que são cinzentos. De todas as tristezas, que não cabem, que são defesas. De todos os sintomas, que escondemos, que vir...